Page 19 - Telebrasil - Julho/Agosto 1999
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A multiplexaçào óptica
(WDM), o Soliton e o
Internet Protocol para
pacotes vão detonar
uma nova rede de
altíssimo desempenho.
menos eficiente, pois cerca de 60% dos bém se referiu ao fenómeno ondulatório
bits são gastos para administrar o tráfe do soliton. Em 1834, o efeito soliton foi
go da rede. observado na Escócia. Uma onda hidráu
Proteger a informação de modo a não lica, de forma especial, percorria um ca
haver erros em seu transporte é algo es nal por vários quilômetros, sem desva
sencial. O que seria do comercio eletrô necimento aparente. Já em 1994, o
nico se houvesse erro nos bits transpor soliton foi utilizado para minimizar a dis
tados? A Pirelli desenvolveu um sistema persão de um feixe de luz, ao caminhar
de proteção no ambiente óptico W DM , por uma fibra óptica.
+ f
utilizando dois feixes ópticos cuja taxa Descobriu-se, três anos depois, que
0 0 de erro é praticamente nula. pulsos gerados por fontes ópticas de alta
E v o l u ç ã o d a s r e d e s potência modificavam o comportamen
to da fibra e compensavam o efeito de
Segundo ainda o ponto-de-vista de
dispersão. Assim, o pulso ótico só pas
Stephen 1 larbour, as redes ópticas vão
sava a sofrer atenuação e não mais dis
passar do atual estágio opto-eletrônico
; • persão.
para o das redes “opacas” - o acesso é
A Pirelli efetuou, em 1998, testes com
f # y óptico, mas o núcleo da rede é eletrôni
WFJTi soliton e fibra do tipo de dispersão
\mr A co - e para as redes completamente es 19
* * # deslocada, numa extensão de 430 km,
i C j L ' f túpidas.
SS"-'' utilizando W DM .
I lá desafios a serem vencidos para se
K Em menos de um quarto de século, as
alcançar essa rede “estúpida *. Dentre eles, Telebrasil
comunicações ópticas desenvolveram
destacam- se como gerenciar a “inteligên
fontes e detetores, amplificadores ópti
cia" na periferia tia rede e como otimizar
cos dopados com érbio e multiplexação
sua topologia.
W DM (pode-se distinguir 256 compri
O obstáculo para se alcançar uma rede mentos de onda numa mesma fibra). Já
? .2 M puramente óptica, o que seria fantástico, julho-agosto/99
£ se fala em velocidades de Terabits.
tem nome. Chama-se roteamento ou co
Estão sendo estudados dispositivos óp
mutação. Por ora, a comutação de feixes
: 1 ^
i' .. v? # ticos de inserção e retirada de sinal, cross-
(cross connect) ópticos é feita por
connectóptico e translações de compri
microdispositivos mecânicos, microes-
mentos de onda por controle de software
pelhos, telas de cristal líquido e coisas
que permitirão chegar à rede totalmente
do gênero.
óptica dentro em breve.
As atuais redes de voz, com comuta
o IP sobre W DM .
ção de circuitos - inclu
O roteamento 1P, por ora, está limita
indo pacotes SDH sobre
do em velocidades de 2,5 Gbit/s
rumando rapidamente para 10 Gbit/s. ATM e sobre W D M -
estão com seus dias con
“Vários desses feixes podem ser
tados. Elas terão vivido de
multiplexados numa simples fibra, utili
1876 a 2005. As redes
zando tecnologia W D M , o que conduz
opacas com núcleo eletrô
a capacidades de até 1 Terabit/s por fi
bra”, precisou Stephen Harbour. nico e periferia óptica vão
Outra opção para a rede óptica é o florescer de 1998 a 2006. I
As redes estúpidas, com j
encapsulamento da informação IP numa
um núcleo total óptico,
célula ATM sobre W DM . Tal sistema,
são esperadas para 2004 a j
ainda que mais caro, é “amigável” para
aplicações em multimídia. Outra solu 2010 c ganharão inteli
ção, com maior grau de encapsulamento, gência após 2010.
e o IP sobre ATM, sobre SDH e sobre Em suas observações,
WDM, que, apesar de popular, é ainda Stephen Harbour tam- a Pirelli é untl das líderes na evolução óptica