Page 15 - Telebrasil - Julho/Agosto 1999
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E v i t a n d o a b a l b ú r d i a d o D D D
Roberto Kresch
passado nos traz lições, e po
O chetes de jornal e de tevê. como se pode notar.
Quem sabe podemos aproveitar essa
Por que digo tudo isto? Eu quero ape
deremos ter perdido algo
oportunidade - e todos aprendemos al
nas enfatizar que a separação das em
com o fim da Telcbrás. Não.
Não se trata de saudosismo, como a in em unidades diferentes (e, por guma coisa neste momento - para pro
presas
trodução poderia insinuar. Eu me con vezes, concorrentes entre si em outras mover uma nova organização, uma nova
sidero uma pessoa do operações) exige, como (aliás, como já disse anteriormente, nem
tempo presente - em dia contrapartida, o estabe tão nova assim) maneira de promover
com as novas estruturas, "Com a existência lecimento de alguma o desenvolvimento das telecomunica
organizações, tecnologias entidade ou órgão de ções no Brasil, de forma mais coorde
c mercados. Mas há coi de uma entidade planejamento indepen nada.
sas difíceis de esquecer. dente, centralizado, que Isto seria feito sem deixar de atender
Uma delas é que uma planejadora central, possa olhar o panorama aos legítimos interesses daqueles que
das fortes razões do su geral e orientar as ações investiram grandes somas em suas con 15
cesso da rede brasileira de não teríamos a grande dos diversos participan cessões e na implantação dos meios que
telecomunicações foi a tes do sistema nacional viabilizarão esse desenvolvimento, mas
harmonia e a coordena- balbúrdia do novo de te 1 ecom unicações que talvez necessitassem de alguma aju Telebrasil
ção existente entre as para um objetivo co da para fazer isso tudo convergir na di
operadoras estaduais c a DDD e DDI no Brasil" mum, acima e além das reção do interesse geral.
Embratel, sob a orienta táticas de marketing que Se falta alguma coisa em nossa es
ção da Telebrás. visam apenas os resulta trutura setorial, vamos implantá-la - tal
Se não tivesse existido essa coordena dos dc cada empresa. como já foi feito em outra época - e julho-agosto/99
ção, nós não teríamos algo de que muito As concessões obtidas de serviços dc preparemo-nos para o próximo DDD/
nos orgulhamos hoje: o roatning auto telecomunicações são, cm ultima análi DDI de maneira mais harmônica, pla
mático nacional na telefonia celular (algo se, um bem comum e pertencem à soci nejada e coordenada.
que países bem mais adiantados, como edade e aos seus interesses devem ser A T E L E B R A S IL , dentro de sua
os EUA, ainda não conseguiram). vir. missão estatutária em con
Periodicamente, a Telcbrás reunia os Arrisco-me a dizer que, tribuir para o desenvolvi
responsáveis pelo planejamento c pela com a existência de uma mento das telecomunica
operação das teles e realizava encontros entidade planejadora cen ções brasileiras, está exami
de planejamento c coordenação - os tral, não teríamos, pelo nando a matéria em pro
CRCPs (Ciclos Regionais de Coorde menos no nível a que se fundidade e quer propor a
nação e Planejamento) - que permitiam chegou, a grande balbúrdia retomada dos ciclos de pla
a manutenção de uma forma harmoni da introdução do novo nejamento e coordenação
zada de atuação das operadoras, com o DDD e DDI no Brasil. integrados, para o que po
menor tumulto possível para as mesmas Alguém que se preocu derá servir de elemento ca
e, principalmente, para os usuários. passe em saber, de forma talisador, com todo o peso
Dessa forma, foi possível completar a neutra, sem defender os in de sua representatividade e
introdução do DDD e do DD I, assim teresses da telecom A ou Roberto Kresch experiência.
como a telefonia celular, cm todas as lo da telecom B, se os testes Sem saudosismo, mas
calidades do País, sem grandes terremo já foram feitos, se as centrais já foram com visão e preparação.
tos - alguma dificuldade sempre haverá, preparadas, se o público já foi correta * V -* dB* * •/ ¦. '
Roberto Kresch é gerente de Marketing para o Brasil da
pois os usuários precisam rever sua ma mente instruído e se todas as providên
Iridium SudAmerica, coordenador do Conselho Editorial
neira de executar tarefas já habituais e cias necessárias já foram tomadas antes da Revista TELEBRASIL e cx-secretário de Planejamento
quase automáticas - c sem grandes man- do dia D, seria mais do que necessário, e Tecnologia do MiniCom.