Page 16 - Telebrasil - Julho/Agosto 1999
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Conjuntura
R u p t u r a o c o r r e n a
t e l e f o n i a t r a d i c i o n a l
Novas tecnologias digitais, fibras ópticas e novas aplicações
estão mexendo com a telefonia tradicional. A indústria está
ansiosa para fornecer soluções às operadoras.
João Carlos Pinheiro da Fonseca
“O tempo médio das chamadas no bril que possui em Santana do Parnaíba no de 2015. Por ora, o alto custo dos com
PSTN (Public Service Telephone NetWork), (SP). Para Otávio Nascimento de Carva ponentes ópticos inviabiliza tal solução.
graças à Internet, pulou de três minutos lho, da Alcatel, nos próximos meses a Al - I Ioje, mudou o conceito dos negóci
16 na década de 80 para 48 minutos, na dé catel Cabos estará cm condições de abas os. A empresa quer atuar com mais força
cada de 90. As operadoras estão migran tecer o mercado para O PG W (Optical na área de transporte ou de acesso? As
julho-agosto/99
do para infra-estruturas centradas em da Ground I Vi re). grandes operadoras estão adquirindo sis
dos, com base em tecnologia de pacotes”. temas de faixa larga e as empresas de ener
Esta observação
F u r u k a w a gia investem em telecomunicações. No
quem fez foi o dire Brasil haverá um investimento adicional,
- Novas sinergias estão acon
tor da Alcatel caso as redes de tevê a cabo queiram ser
tecendo em telecomunicações:
DennysTaylor. voz sobre IP (Internet Protocol), bidirecionais. A rede por assinatura da
Telebrasil sua opinião, essa tevê pela Internet, set-top box ou Globo não está preparada e a TVA, em
De acordo com a
São Paulo, não é rica em fibra, disse
digital web-tv, Internet pelo ce
nova infra-estrutura
pode se conectar com lular e a multimídia, via cabo. Shaikhzadeh.
Um grupo mais do que centenário, o
Reinando absoluta, as fibras
as redes existentes Furukawa Electric fatura na faixa de USS
ópticas devem subir de 49 mi
PSTN quanto ao 6 bilhões. A partir de 1995, a empresa
lhões km de fibra em 1999 para
acesso, sinalização e mudou seu enfoque como fabricante de
88 milhões, em 2003, observou
serviço. As redes es cabos, passando a prover sistemas com
Foad Shaikhzadeh, diretor da
tão migrando para o pletos para os mercados de energia, in
Furukawa Industrial, acrescen
uso de IP sobre . . , , formação e de faixa larga. Atuando há 25
tando que a demanda para fi
A TM . “A evolução De""ís Taíl°'' dflAlt<"cl anos no Brasil, a empresa tem duas plan
bras começa a ficar maior que a
irá ocorrer nas redes tas industriais e 1 mil funcionários.
oferta.
de forma gradual, com base na sinaliza A Furukawa for-
Segundo o executivo, a so
ção por canal comum, tipo número 7”. neceu o sistema para
lução para o mercado brasi
Segundo Taylor, a estratégia no cresci a Cemig Infovias,
leiro de faixa larga é o uso da
mento das novas redes é introduzir uma interligando 12 ci
tecnologia H FÇ (H ybrid
camada intermediária entre as camadas de dades em Minas
Fiber-Coaxial) com interliga
acesso c de serviço. A fase subsequente Gerais, numa estru
ção à rede regional SD H
será a introdução da telefonia utilizando tura de até 125 aces
o protocolo IP (Internet Protocol). (Synchronous Digital Hierachy) sos por nó de rede
A Divisão de Cabos da Alcatel, no Bra e com gerenciamento de rede. (quanto menos assi
sil, está investindo US$ 15 milhões na Quanto à fibra dirctamente na nantes por nó mais
compra de máquinas e laboratórios de residência, esta será uma ten distribuído é o sis
controle de qualidade para a unidade fa- dência a ser alcançada em tor- tema).
Foad Shaikhzadeh, da Furukawa