Page 40 - Telebrasil - Março/Abril 1999

0 p e r i g o d a f r a u d e central, é importante checar esta opera­

ção com a base informatizada que a em­

r o n d a a t e l e f o n i a c e l u l a r presa deve manter sobre seus clientes.

Os dispositivos de concentração de

tráfego de várias centrais, bem como o

processamento de mensagens antes do

ioào Carlos Pinheiro da Fonseca
faturam ento são estágios excelentes

para a ocorrência de fraudes sofistica­

das. Esses pontos devem ser sempre

A fraude é um grande inimigo da boa receita da checados também com consulta à base

de dados de clientes. O r o a m i n g é ou­

telefonia celular. Ela ocorre de várias formas e tro ponto sensível e as relações inter-

operadoras devem sempre ser audita-
deve ser prevenida de forma sistemática, ao

das e monitoradas.

ongo de toda a operação da empresa. A detecção de fraudes nem sempre é

fácil, concedeu Jim Reeves. E preciso mo­

nitorar o perfil normal da utilização do ser­

viço pelos clientes e verificar qualquer

desvio. O cliente excedeu o limite decha-

J im Reeves, especialista na pre­ sa identidade ou um falso endereço ao das estranhas? Também é preciso “cote­

madas pré-estabelecido? Houve chama­
venção de fraudes em sistemas
postular o serviço, já sem intenção de

celulares da Arthur Andersen, re­
pagar as chamadas que irá fazer, "Esta é

comendou que a prevenção contra frau­ uma fraude do tipo l o w t e c h , mas que jar" as informações obtidas nas centrais

des ou chamadas indevidas que não gc pode chegar a h i g h t e c h quando o frau- e na rede com os arquivos do faturamen­

ram receita para a operadora deve ser de dador começa a mexer com cartões de cré­ to e cobrança da empresa.

âmbito total e cobrir todas as fases da dito", observou o técnico, acrescentan­ Procedimentos de auditoria opera­

operação. do que é preciso estabelecer limites até cional devem ser estabelecidos como

— Todo mundo, em tese, e suspeito para as chamadas pré-pagas. medidas de rotina. Nada custa verifi-

de fraude até prova em contrario —, dis­ As fraudes de ativação, mais compli­

se o técnico, que é de cadas e h i g h t e c h do

opinião que prevenir a K que as fraudes de subs­

fraude custa muito me­ crição, mexem com oco-

nos do que remediá-la ração da rede e com os

Prejuízo de
depois de implantada. sistemas de cobrança e

Fraudes, em geral, faturamento.

não só causam proble­ milhões, fruto Já houve casos

mas para a operadora em que quadrilhas es­

junto a terceiros, como de quadrilhas tabeleceram verdadei­

também desviam ener­ ras companhias celu­

gia gerencial da opera­ organizadas lares piratas, utilizan­

ção normal para seu sa­ do a central de comu-

neamento. Em Singapu- __________ ___ tação da operadora le­

ra, uma quadrilha che­ gal. Estas fraudes

gou a lesar uma opera­ nada mais são do que

dora celular em mais de US$ 25 milhões. a versão celular das velhas fraudes que

Reeves alerta para a existência de dois ocorreram (ocorrem?) nas operadoras te­

tipos principais de fraudes nos sistemas ce­ lefônicas tradicionais.

lulares { v i d e a i l u s t r a ç ã o M o d e l o d a O p e r a ­ A fraude de ativação pode ter inicio

ç ã o C e l u l a r ) e que são classificados de acor­ no setor de vendas, com pessoas pro­

do com o momento em que eles ocorrem no curando obter serviços da companhia.
/

fluxo de operação da empresa. São eles: as E essencial, nessa fase, levantar o ca­

fraudes de subscrição c as de ativação. dastro do cliente e sua história credití-