Page 37 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1997
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XXXV Painel
serviço móvel celular' A entrada de novas Telebrasil
operadoras, competindo com as atuais, tem
incentivado a redução das tarifas e da
habilitação, o que amplia mais a demanda
Segundo o presidente da Telebrás. "a 0 futuro do CPqD
privatização, associada ao aporte de
capitais, tecnologias e experiência gerencial Com o tema “As
externa, acarretará inevitavelmente a atividades de pesquisa e
inserção do País no mercado globalizado de desenvolvimento em um
telecomunicações em formação" Este ambiente de globaliza
mercado envolve três componentes bási ção”, o diretor do CPqD,
cos, que são as estratégias empresariais, Helio Machado Graciosa,
as tecnologias e a demanda existente destacou a necessidade
Na área tecnológica, o grande dife de uma forte vontade
rencial da próxima geração de redes de política para que este cen
telecomunicações será a capacidade de tro de pesquisa sobreviva
integração de serviços, pela disponibi dentro de uma política de
incentivo à tecnologia na
lidade de uma rede altamente flexível não
cional Lembra que, em
só quanto a velocidades e tipos de acesso
1976. ao ser criado, o
adaptados às reais necessidades dos
CPqD estava vinculado a política de substituição de importações,
usuários, mas prmcipalmente rica em faci
C Iodou Ido Torres lidades de armazenamento, encaminha tendo desenvolvido mais de 70 produtos para 75 empresas que
os produziram Com a globalização da economta brasileira,a partir
mento e tratamento das informações' Ele
de 1990, desapareceu esta política e o CPqD passou a não apenas
prevê que esta tecnologia virá da área de
desenvolver produtos para a indústria brasileira mas também
teleinformática
softwares para planeamento, fornecer uma consultona tecnológica
Sobre as estratégias empresariais do e atuar em serviços de conformidade Ele passou a atender mais
mercado globalizado, lembra que é preciso ao Sistema Telebrás e a indústria de software e agora, com a
reconhecer as necessidades dos consumi entrada de novas operadoras da band3 B celular e a privatização
dores. que estào cada vez mais exigentes Diz em 1998 do Sistema Telebrás, o papel do CPqD tende a ser revisto.
que as empresas devem oferecer produtos e Graciosa lembra que a lei geral de telecomunicações prevê
serviços que satisfaçam e superem as incentivos para o CPqD e que o orgáo e estratégico para o Pais,
expectativas de seus clientes, para terem ma devendo ter apoio do governo pois não sobrevivera sozinho Este
ior competitividade no mercado Admite incentivo poderia ser através de contratos para desenvolvimento
que na dinâmica de mercado "e inegável a tecnologico Segundo ele, as novas operadoras que substituirão o
Geraldo Lucas vantagem competitiva das empresas já Sistema Telebrás tendem a não ficar ligadas ao CPqD, pois poderão
estabelecidas, que ao seu fluxo de caixa competir entre si, não sendo razoável que um único centro de
podem somar o controle das redes de pesquisa atenda a firmas concorrentes Acrescenta que o CPqD
acesso e portanto a proximidade com os está buscando uma postura mais comercial, estabelecendo preços
para serviços e procurando atender a outros clientes, além do
consumidores” Alerta, porém, que quebrar
Sistema Telebrás. ao qual amda esta vinculado, garantindo verbas
este vínculo não é impossível e que
para as suas pesquisas. 0 órgão |á pensa em fornecer suas
empresas oferecendo soluções criativas e
pesquisas para o mercado externo, pois, num mundo globalizado,
explorando inicialmente nichos de mercado
é necessário buscar novos mercados, e lembra a exportação da
conseguem até mesmo, em prazos relativa-
tecnologia do cartão telefônico indutivo, desenvolvida pelo CPqO
mente curtos, obter participação signifi
Ele observa que o objetivo antenor era evitar a importação de
cativa em mercados maiores tecnologia e agora poderá vir a ser o de disputar o mercado de
Bi&jm anos 90, as empresas provedoras de tecnologia a nível mundial, conquistando espaço em outros países
Ferreira lembra que "até o inicio dos
,Md*e r» Pattaro serviços em âmbito mundial, em particular e obtendo divisas com estas exportações.
Um dos novos atores do mercado, a Stet do Brasil, segundo o
setor de telecomunicações, prestavam seu presidente. Adolfo Rinaldi, não pretende utilizar um centro de
intprna Se aP?an(to em acordos bilaterais entre empresas com atuação
•nternir r ----- uuuiciaia cilucciii|jicoaòtu»*¦ aiua^au pesquisa independente, que poderá fornecer a mesma tecnologia
e5P3|hiri°nal ^°mo as 9ranc*es corporações empresariais estão comprada pela empresa para uma concorrente, pois a tecnologia
necess, por l0íl0 o mundo e demandam soluções globais para suas assume um papel diferencial importante no mercado
a formar3 GS de serv,Ç°s de telecomunicações, as operadoras passaram Raul António Del Fiol, diretor de telecomunicações da Promon,
d e s e ^ r 35 e al,anÇas estratégicas visando fornecer para elas o ressaltou a importância de se cumprir a legislação para de se ter uma
âmbito ,ment0 Este atendimento é a prestação, em política de apoio ao desenvolvimento que acabara apoiando a
^tracorruànfr n a c 10 n a * • de serviços voltados às necessidades manutenção do órgão 0 empresáno José Etos Rtpper Filho, presxtente
tfcpontojj. ^ S‘ « o s através de um umeo ponto de contato, da AsGa Microeletrônica, apresentou proposta de impiantaçao desta
de atendimp °S alrav®s de uma 9erência centralizada de todos os pontos política de incentivo ao desenvolvimento tecnológico, destacando o
ent0 e com alto grau de atualização tecnológica ¦ papel fundamental que o CPqD poderá desempenhar neste contexto.