Page 42 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1997
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Abeprest
XXXV P ainel
______Telebrasil 0 papel das
Empresários estão prestadoras de serviço
apreensivos
Ademir Castilho Pes
queira, presidente da As
0 mando que estava procurando emprego, numa alusão aos sociação Brasileira de Empresas
empresário Jose Ellis Ripper Filho, presidente da AsGa
Microeletrômca. bem humorado, abriu a sua palestra afir
Prestadoras de Serviços em
Telecomunicações — Abeprest
efeitos que a entrada de novos e fortes fabricantes, apoiados pelas observou que o setor de ins-
operadoras que irão atuar na banda B e nas teles privatizadas, irá
talaçao e serviços técnicos tem
provocar nos fabricantes de menor porte do setor de teleco
um papel fundamental em todo
municações Segundo ele. as compras globalizadas decididas no o processo do desenvolvimento
exterior terão um forte impacto junto a estes fabricantes, como já
das telecomunicações no Brasil.
foi comentado por outros participantes do XXXV Painel Telebrasil Fornecendo serviços de
Para não repetir as reclamações dos fabricantes locais, ele
optou por apresentar propostas para resolver um dos problemas da instalação e testes dos equi
pamentos das operadoras,
globalização, que é o desestimulo ao desenvolvimento de uma
tecnologia nacional de telecomunicações Segundo Ripper Filho, e projetos de sistemas, projetos
necessária a existência de uma política tecnológica para que o Pais de instalação, manutenção, for
necimento de materiais de
tenha competitividade a mvel internacional neste mercado
globalizado Lembrou que as instalação, as empresas fazem
operadoras estão se insta também gerenciamento de
lando no Brasil principal- implantação de vários subsistemas.
mente devido ao seu grande Segundo ele, metade das 40 empresas do ramo
mercado interno msuficien associadas é pequena e tem faturamento até USS 5
temente atendido, mas que milhóes/ano; e a outra metade tem receita entre USS 20
eventuais operadoras brasi milhões/ano; a USS 30 milhões ano, apenas com os serviços
leiras que surjam da privati citados, já que algumas delas são também fabncantes de
zação das teles não terão equipamentos que têm uma dnnsáo voftada para instalação
condições de competir em de seus produtos. Ele comenta que praticamente tudo o que
outros países se não detive foi instalado para o Sistema Tefebrás operar foi instalado por
rem uma tecnologia própria empresas brasileiras, o que demonstra a capacidade delas
A política tecnológica Até a década de 80 a indústria de instalação estava
serve também para assegurar a atrelada aos fabncantes de equipamentos, quando surgiram
qualidade dos serviços que as pnmeiras empresas independentes do ramo. Enfatiza que
serão oferecidos pelas novas as instaladoras estão atualizadas com as modernas
operadoras para os 'famosos tecnologias de telecomunicações e podem atender
usuários ", além de gerar em- José n tlis R ipper F ilh o perfeitamente às novas operadoras que irão surgir no
pregos de qualidade e funcionar mercado com o novo cenáno desenhado para o setor
na redução do déficit comercial do País Lembrou que os paises sénos do Na década de 90, pressionada para reduzir os custos,
mundo tèm uma política de forte apoio estatal ao desenvolvimento cresceu a terceirização, com instaladoras maiores
tecnologico Citando os EUA. lembrou que o governo apóia laboratórios contratando firmas nos locais onde seriam instalados os
especializados, como os Bell Labs, que na prática são senru-estatais. como equipamentos, para realizar os serviços sob a sua super
a AT& T Outro apoio governamental nos EUA é a contratação de empresas visão e testes. Considera positivo o processo de terceirização
para desenvolver determinado produto 0 governo norte-americano
e diz que o mercado de instalação está maduro hoje, com
também apóia o desenvolvimento tecnológico nas universidades, tem um os fabricantes e integradores contratando as maiores fumas
fundo tecnológico para incentivar as pesquisas, formado por recursos de instalação, que gerenciam e repassam serviços focais
oriundos das concessões para operação de serviços, e apóia programas para firmas menores mas capacitadas a realizaremas
específicos Ele amda apóia a homologação de produtos das industrias, instalações em diversas regiões que conhecem melhor. Para
dá incentivos financeiros e políticos para a exportação de produtos e serviços
e tem um programa de prioridade para pequenas empresas de tele- o futuro, lembra que existirão vários clientes e não apenas
comincaçoes que tenham capital controlado por norte-amencanos Em 1993, o Sistema Telebrás, com diferentes opções de contração.
os EUA tiveram os seguintes gastos de P&D US$ 18,5 bilhões nas Defendendo que a instalação seja feita por f|r,1ia
universidades, US$ 16.6 bilhões em laboratórios governamentais e USS nacionais, observa que estas detém conhecimento 3
31 bilhões na contratação de empresas Ele apresentou ainda proposta regiões, recursos humanos qualificados e relacionamen o^
de política tecnológica para o Brasil que apóia o CPqD, como previsto com microfornecedores locais, que ajudam a reduzir
na lei, que também prevê um Fundo de Desenvolvimento Tecnológico custos A manutenção das instalações, por exigir mato
e que a homologação de produtos seja ferta pela Anatei prazos, tende a ser feita também pelas empresas loc
para reduzir os custos.
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