Page 45 - Telebrasil - Julho/Agosto 1997
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geral. Inovações tecnológicas, varia Júlio Monteiro de Barros
ção nos custos e nas demandas por ( B N D E S ) — O Banco não pode fi
serviços, podem transformar um mo nanciar toda a privatização, incluin
nopólio natural, num regime con do rodovias, energia, ferrovias e
correncial. Há que cuidar que uma TCs. É preciso haver outros inves
agência reguladora pode ser “capta tidores. As taxas do BNDES —
da" pelos regulados. Deveria ser ins juros em torno de 10%, encargos de
1.5 a 3% e taxa de risco de 3% —
tituída. no serviço público, a carreira
são competitivas.
de regulador.
Yvonne Saraiva (BNDES) — 0
A visão da Banco reservou recursos para os lici
operadora estatal tantes vencedores e para os fornece
dores da Banda B.
Fernando Xavier (Telebrás) —
O acionista controlador da Telebás é A visão da
o Ministério das Comunicações. Qual indústria privada
será o futuro da Telebrás é uma ques
tão complexa e não há ainda respos Pier Luigi Déclesia Farace
ta. O Ministério está contratando con
(Victori) — A privatização das TCs
sultores internacionais para resolver c necessária para aumentar o atendi
esta questão. mento à demandas reprimida, de for
io d a m a i o r i a d o C o n g r e s s o N a c i o n a l
ma rápida. O Governo e a empresa
A visão privada, na área de satélites, devem
natória, bem como será limitado o do BNDES ser aliados, frente ao competidor es
número de concessões por concor trangeiro.
rente.
Esteia Palomlxx b n m :s ) o
Carlos de Paiva Lopes {Abi-
processo de privatização começou nos
João Carlos Albernaz i a H h í nee) A reserva de mercado, no
anos 80. A retirada da atuação direta
c o m ) Em lermos cie política m passado, produziu empresas mas
do Estado começou pelos setores si
dustrial, a Lei Geral das TCs quer baixou a produtividade. O modelo
derúrgico, de fertilizantes, petro
aumentar a competitividade global pecou por excesso de proteção. O
químico e cie mineração. Uma segun
cios bens e serviços produ/idos no setor brasileiro das TCs gera, em
da fase, em 1.905, incluiu o setor elé
Brasil. O BNDES promove linhas de sua totalidade, algo como cem mil
l rico e ferroviário. Agora o listado
financiamento a longo prazo para l a empregos. Mais de trezentas empre
passou a ser investidor e regulador
brieação local de equipamentos e ser sas contam com o certificado da
da atividade produtiva.
viços técnicos especializados. I louve ISO 9.000.
Até agora, 53 empresas foram
adequação das alíquotas de importa O mercado brasileiro das TCs de
privatizadas gerando US$25,6 bi
çfio entre produtos acabados e com verá absorver US$90 bilhões nos pró
lhões, incluindo US$8,6 bilhões em
ponentes de TCs. ximos sete anos. As metas do PAS
dívidas diferidas. A privatização de
Preve-se um Fundo para o desen TE já resultaram em encomendas sig
oito empresas de siderurgia gerou
volvimento de tecnologias para as nificativas. O Brasil não poderá im
S$8,2 biliões: as 27 cie petroquímica,
TCs brasileiras. O CPqD poderá ser portar tudo. É preciso estimular a fa
incorporado a uma nova empresa de US$3,7 bi; as quinze cie fertilizantes, bricação e o desenvolvimento local,
economia mista ou ser uma Funda US$4,9 bi: as duas de energia US$3,4 com o compromisso de fortalecer as
ção Governamental, pública ou pri bi: as cinco de ferrovias US$ 1,5 bi; e exportações.
vada. a única de m ineração (CVRD), Software ainda não é considera
US$7,2 bilhões. do mercadoria e é mais complicado
A visão O BNDES dá o suporte técnico à controlar seu desenvolvimento e
privatização. O convênio entre BNDES transporte. Setenta por cento dos
do Cade e M.C. é cie fevereio de 97. Á licitação atuais produtos de TCs foram de
da Banda B, cie abril de 97. Os próxi senvolvidos há, apenas, dois anos.
José de Oliveira Gesncr F" mos passos incluem a Lei Geral, a de A criação do fundo de Tecnologia,
{(ade M. Justiça) O ( ade de finição cio modelo e a realização cia com recursos arrecadados das con
fende a concorrência de um modo venda do sistema Telebrás. cessões é importante. TT