Page 53 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1996
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graças ao crescen
te uso da Internet.
“Vamos fazer do
computador pes
soal um dos pontos
da convergência
entre computação
e telecomunica
ções", prometeu
Paul Otellini.
Visto como mais
um eletrodomés
tico, a venda do
computador pes
soal, cresce a um
rimo de 20% ao ano
e tem uma taxa de
penetração de 40%
nos lares norte-
americanos. Isto é
muito mais do que
conseguiram apa
relhos de videocas
sete (10%), telefo
nes celulares (8%) e
secretárias eletrôni
cas (3%). Em 1995.
os EUA tinham um
total de 64 milhões
de computadores,
ultrapassando o nú
mero de automó
veis existentes. Nos
em problemas de padronização de chip. O Intel 386 fez florescer os edi anos 80, o PC’ foi quase visto como um
modo a criar uma arquitetura aberta que tores de texto; o 486 a interface gráfica hobby, passando depois para o mundo
possa equipar máquinas de diversos de janelas (Windows); e o Pentium as dos negócios e explodindo, agora, no
fabricantes, ‘investir ou morrer \ é o aplicações multimídia e as comu mercado doméstico.
lema da Intel resumiu o vice-presidente nicações. Ao planejai um novo chip, Mais capacidade do processador
executivo, Paul Otellini. equipes de hardware, software e de gera mais aplicações e vice-versa.
aplicações trabalham juntas para Segundo Paul Otellini. a computação
Concorrentes de olho otimizar o produto. visual a três dimensões, a videocon
A Intel não está sozinha no mercado Fabricantes de computadores são ferência sobre linha telefônica e a in
de microprocessadores, mas sua ar grandes montadoras agregadoras de terfaces de voz irão preferir o poder
quitetura vende mais do que a dos valor ao processador central sob forma computacional dos novos chips P6 e
outros concorrentes, como o Mac, da de memórias, sistema operacional, P7, da Intel, que inicialmente serão
Apple (8% do mercado); OHP-PA da equipamento periféricos, arquitetura introduzidos para máquinas servi
Helwett-Packard; o Sparc da Sun; o de sistemas além de detonar seu po doras. O governo norte-americano
Risc/ 6000 e o Power PC’ da IBM; o der de marketing e de canais de dis fechou contrato com a Intel para
Alpha da Digital e o MIPS. Um dos tribuição. A IBM tem sua própria linha construção da primeira máquina com
maiores concorrentes da Intel é a de chi ps Power PC, a Digital, a linha um Terabit (um trilhão de bits) de
American Micro Devices, da Coréia, Alpha e a Apple chips da Motorola e capacidade. Este supercomputador
mas seu chip não é arquitetura aberta da IBM. Segundo Paul Otellini, essas permitirá, inclusive, simular uma
explosão atômica e poderá utilizar até
Intel. A Cyrix, criada por engenhei empresas vão ter que decidir se vão, mil processadores P6, em paralelo.
ros da Texas Instruments, tem ar no próximo passo, utilizar, ou não, a Dentre os países em expansão, como
quitetura Intel, produz486e vai lançar linha P6 da Intel. China, Coréia, Taiwan, Argentina,
o Ml, duas vezes mais rápido que o Quanto às telecomunicações, a in índia e Rússia, a Intel distinguiu o
Pentium. “A indústria de computa dústria deposita grandes esperanças na Brasil como local de interesse especial
integração do micro pessoal com a
dores pessoais está, porém, construída linha telefônica. O correio eletrônico por ser uma das economias que mais
sobre nossa arquitetura", aí irmou com cresce no mundo. No Brasil, a Intel
(E-Mail) já manipula, nos Estados
orgulho Paul Otellini. Unidos, mais mensagens do que os 100 pretende dar o suporte de seus chips a
O grande jogo de negócios cha bilhões de objetos anuais do correio fabricantes locais de computadores,
mado microeletrônica se completa convencional. Outra tendência é o uso como no caso da Itautec e vai aumentar
com a indústria de fabricantes de do microcomputador on-line para de 3 para 10% a parcela do faturamento
computadores e agora com operadores nrestar serviços de consulta e de venda local a ser investida em merchandi:ing
local a ser m
de telecomunicações. A indústria de L ^nnuimidor e que estão crescendo e marketing.
software é associada à evolução do