Page 41 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1995

escritório de M iami, sente de um
lado o mercado local e de outro
promove os program as de com ­
putador feitos no Brasil.
0 Programa Softex 2000 conta
com recursos da ordem de US$44
milhões gerados pelas bolsas do
CNPq, PNUD, Lei 8248 de incen­
tivos, além de Finep, Banco do Brasil
e Sebrae (US$3M). Os idealizadores
do Softex 2000 querem gerar 50 mil
novos em pregos qualificados na
área brasileira de softw are, até o
final do século. O Protem, o cére­
bro intelectual do Program a, será
fruto de parcerias e distribuirá re­
cursos entre o m undo acadêm ico
e a iniciativa privada.
Vamos criar a M arca Brasil e
associá-la, do ponto de vista da pro­
paganda, a pontos sérios e positivos
de nossa cultura, como arquitetura,
pintura e m úsica’1, disse Lduardo
Costa para quem nosso País tem lido
sua criatividade visla apenas como
“pitoresca”. A idéia é apresentar os
produtos b rasileiro s na área de
eletrônica e de software cuidando dos
aspectos associados às vendas como
boa em balagem , p u b licid ad e e
presença institucional.
Há nichos de m ercado naturais
para a produção de software no Brasil
como para o reconhecimento da vo/
em Português - um superconjunto do
Espanhol. Tais programas podem ser
rapidamente adaptados ao mercado
hispânico, inclusive nos LUA.
Internet
À rede Internet
- lerá papel importante no desen­
volvimento, teste e na com ercia­
lização do software. Para se tornar
um provedor de inform ações na
rede Internet cerca de US$4 mil
precisarão ser d isp en d id o s pelo
interessado.
Para Ivan M oura C am pos, se­
cretário de política industrial do
M inistério da C & T , p ro fe sso r
titular da UFM g, com doutorado
em Ciência da C om putação, na
UCLA, a G lo b a l In fo rm a tio n
fnfrastructiire é um instrum ento
de penetração in tern acio n al que
é preciso a d m in istra r tal com o
outros program as nosso com o a
Internet, o programa espacial bra­
sileiro e a base de lançamento de
foguetes de Alcântara,” cuja admi­ TCs na BVRJ
nistração deve ser privada”.
— “ A nossa N a tio n a l In fo r­
Para abordar o
m ation In fra stru ctu re é a Rede
impacto das no­
N acional de Pesquisas - RNP. O vas tecnologias e
diretor da Federation o f Advanced
a flexibilização
Network - Farnet, Jim Williams e o
do monopólio da
da N ational Science Foundation, União sobre as
W alter W iebe, elogiaram nossa telecomunicações,
R N P” , afirm ou M oura Cam pos, realizou-se, dia
recém chegado do In et’95, uma 18 de julho, no
reunião anual da Internet Society auditório da BVRJ-Bolsa de Va­
que cuida de assuntos da Internet lores do Rio de Janeiro, o semi­
— a rede que, aparentem ente, nário “O Setor de Telecomuni­
não tem dono”. cações nas Bolsas de Valores
Os M inistérios da C&T e das Brasileiras”.
Comunicações se acertaram quan­ O evento foi aberto por uma
to á p o lítica industrial para o palestra de Luiz Carlos Bahiana,
processo produtivo básico, rela­ presidente da Telebrasil-Associa-
tivo à agregação de valor que os çào Brasileira de Telecomunica­
p ro cessad o res trazem para os ções, que falou sobre o tema geral
equipamentos de telecomunicações. "A Revolução Mundial nas Te­
No caso da Internet, a infra- lecomunicações*', abordando o
estrutura de telecomunicações e a enorme crescimento mundial do
setor.
do sistem a Telebrás e a RNP irá
Inicialm ente, Luiz Carlos
operar um tie seus “backbones” ou
Bahiana chamou a atenção dos
troncos. A RNP só tratara de pes­
ouvintes para uma previsão, feita
soas jurídicas e quer que a empresa
em 1970 prognosticando o ex­
privada m antenham seus acessos
ponencial crescimento do número
e se quiserem seus próprios back­ dos serviços de telecomunicações
bones. “A IBM deverá ser uma das para sc concretizar somente no
primeiras empresas a ter um back­ ano 2000 e que tornou-se reali­
bone e esperam os que em presas dade ainda nos anos 90.
como Sprint e CompuServe, aqui Observou que a intensa evo­
venham fazer o mesmo”, disse Ivan lução por que passa o setor deve
Moura Campos. perdurar por bastante tempo. Sua
() "How to Export Software” teve estrutura todavia, deverá per­
lugar no Teleporto do Rio de Janeiro manecer, baseando-se em quatro
a rede das redes e foi realizado pela RioSoft. o núcleo grandes núcleos: voz, dados, texto
do Rio de Janeiro, do Program a e imagens - “e isso não se mo­
Softex 2.000 e contou com pales­ dificará”, prognosticou.
trantes com o Bill Rose, Michael Do bit ao Gigabit (1 bilhão de
bits) por segundo, Luiz Carlos
Krieger, Dan Janal, David Kaminer,
Bahiana enfatizou que, assim
Tom De Carmo, Joachim Bluhum,
como o número de serviços, as
Peter Elchorst que vieram desvendar
velocidades da transmissão deles
como se vende, comercializa e se
não pára de crescer. Simultanea­
apresenta software no mundo real
mente, isso determina o aumento
e legal das relações in tern acio ­ da largura da banda, ou seja, da
nais. F ábio M arinho, do 1BPI, faixa de freqiiência para essa
C arlos Caldas e Ed Baas, do US mesma transmissão. Em sua opi­
O u tp o st, e C laudia Pavani, do nião, o mundo das telecom u­
Softex, foram coordenadores dos nicações está dividido entre os
quatro dias do evento em que o sistemas “Wireless” (transmissões
em presariado brasileiro começa a sem fio, via rádio) e os que depen­
sair de sua casca e vai à busca da dem de fibras ópticas. (R.n.h.)
competição lá fora. T f