Page 43 - Telebrasil - Julho/Agosto 1994
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INFORME PUBLICITÁRIO
ERICSSON
No final da II Guerra Mundial, a Ericsson Uma visão retrospectiva irá constatar que, no
incorporou à sua personalidade o sotaque exato momento em que o programa oficial
brasileiro. Passou a chamar-se Ericsson do começou, as centrais produzidas em São José
Brasil Com ércio e Indústria, nome que dos Campos já exibiam nacionalização de
traduzia, com fidelidade, o vigor dos seus 22%, índice pioneiro no setor, que chegaria
novos laços com o País. Estava conectada com a mais de 96% nos anos 70. Também, quase
toda uma estrutura nacional, através de atuante toda a matéria-prima usada na fabricação
rede de filiais e, com a decisão de dar suporte de produtos era brasileira.
à política brasileira de substituição de
importações, preparava-se para instalar uma Conquistando o Brasil — Nessa busca de
unidade pioneira de produção. identidade com a política nacional de
telecomunicações, a Ericsson daria passos cada
C onquistando São P aulo — Já na vez mais consistentes. O desafio era formidável.
década de 50, a Ericsson decidiu plantar raízes O Brasil, quarta nação do planeta em superfície
no estratégico mercado de São Paulo, onde já e oitava em população, ocupava em 1965 a 26a
contava com sua fábrica e para onde transferiu posição no ranking dos 2 7 países que dispunham
sua sede em 1969. Na origem dessa mudança, de mais de 500 mil telefones. O déficit de linhas
estava um fato memorável: a assinatura em girava em torno de um milhão. Por toda a parte,
1967 do m aior contrato da história da o nome da Ericsson do Brasil se consolidava como
presença marcante, com um total de 250 mil linhas
de telefonia da capital. Em 1971, a empresa distribuídas por 300 municípios.
participa com metade dos fornecimentos do No início daquela remota década de 60,
prim eiro plano de decolagem das tele no vasto e isolado território brasileiro, que
comunicações brasileiras, o Plano de Um ainda não conhecia o satélite de teleco
M ilhão de Telefones da CTB, a antiga municações, a Ericsson fazia a conexão de
Companhia Telefônica Brasileira. 15 capitais com o mundo. Em Brasília, a
A fábrica de São José dos Campos, que recém -inaugurada capital federal, era
começou a operar com uma centena de operários, sinônimo de suporte para o funcionamento
imprimiu nova dinâmica à Ericsson no Brasil. do serviço público desde os tempos pioneiros.
Inaugurada em 1955, às margens da Rodovia A primeira central telefônica da cidade, uma
Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de ARF da Ericsson, com capacidade inicial de
Janeiro, foi o ponto de partida para a produção 2.600 linhas, foi inaugurada em 1959 pelo
em larga escala e a conquista de crescentes então Presidente da República, Juscelino
posições no mercado. No espaço de apenas Kubitschek. Um ano mais tarde, Brasília falava
uma década, a fábrica foi ampliada três vezes. através de cinco mil linhas.
A essa altura, vale lembrar que nos anos No ABC paulista, região que nos idos de
60 e 70, im pulsionado pela política de 1960 já despontava como a maior con
substituição de im portações, o governo centração de fábricas da América Latina, com
brasileiro passou a colocar em prática um um milhão de habitantes, a Ericsson, de
plano, com alvos muito bem definidos, para form a pioneira, introduziu as ligações
nacionalização dos equipamentos telefônicos. interurbanas automáticas, sem intervenção de