Page 48 - Telebrasil - Julho/Agosto 1994
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P a i v a L o p e s : " O " E s t o r n o s n o B r o s i l h á 7 0 a n o s . E
B r a s i l s ó t e r i a a d o q u i n ã o q u e r e m o s s a i r . A E r i c s s o n
g a n h a r c o m a é , n a v e r d a d e , u m a e m p r e s a q u e q u e r
a b e r t u r a d o t r a b a l h a r s e g u n d o a s r e g r a s q u e
m e r c a d o " f o r e m d e t e r m i n a d a s p e l o P a í s . A q u i
f a b r i c a m o s e c o m e r c i a l i z a m o s p r o
d u t o s e s i s t e m a s d e P r i m e i r o M u n d o .
S o m o s c o m p e t i t i v o s e m p r e ç o , q u a
l i d a d e e t e c n o l o g i a . O s p r e ç o s d o s
p r o d u t o s E r i c s s o n n o B r a s i l t ê m c a í d o ,
s e m p r e e d e m o d o s i g n i f i c a t i v o , em
d e c o r r ê n c i a d i r e t a d a e v o l u ç ã o
t e c n o l ó g i c a . "
C om essas palavras, o pre
sidente da Ericsson Teleco
municações S.A., engenheiro
Carlos de Paiva Lopes, sintetiza sua
visão sobre o papel da empresa no
Brasil. Segundo Paiva, a Ericsson
prepara-se para o ambiente de
competição crescente que já
prevalece no mundo e que,
certamente, deverá chegar ao Brasil
em breve.
Nesta entrevista, suas informações
completam o retrato da Ericsson
brasileira.
P- Em r e la ç ã o a o s p a ís e s do
C o m p e t i ç ã o P rim e iro M u n d o , q u a l é o n ív e l m undo, há pelo menos duas empresas
competindo na área celular.
tecnológico d a Ericsson no B rasil?
é o c a m i n h o R- No Brasil, nossa tecnologia equivale P- A Ericsson e s ta ria p rep arad a
praticamente à tecnologia Ericsson oferecida p a ra a co n co rrên cia?
______ p a r a em qualquer parte do mundo. O que nos R- Evidentem ente que sim. Estamos
diferencia da Suécia, Estados U nidos, p re p a ra d o s p a ra p ro d u z ir em prazos
a m p l i a r o Japão, países do Sudeste Asiático e dos curtíssimos centrais digitais públicas ou
mercados emergentes da América Latina p riva d a s. Mas a co n co rrê n cia exigirá
m e r c a d o não é a sofisticação dos produtos, mas o competência não apenas na produção do
tamanho do mercado brasileiro. hardware, mas tam bém na implantação
b r a s i l e i r o eficiente e veloz e na operação do software.
P- Q u a l s e ria o m e lh o r cam inho Fabricar aqui em 12 minutos um telefone
p a ra a u m e n ta r esse m ercado? celular de bolso de últim a geração, que
R- Mais investimentos, o que pode ser tem capacidade computacional de 30 a 40
conseguido, por exemplo, pela competição. MIPS (milhões de instruções por segundo),
Assim, na telefonia celular, não há um único depende fundam entalm ente de escala de
país im p o rta n te onde prevaleça o mercado. A rapidez, somada à sofisticação
monopólio. Em quase todos os países do tecnológica, virou rotina em todas as áreas,