Page 10 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1991
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logias estratégicas em m icroeletrôn i- m ais im p ortan te do qu e p riva tiza r” e em tecn ologia local e participarem
ca. softw are, op toeletrôn ica . co m u ta qu e a com p etição, q u em sab e. n ão le de blocos geo-econôm icos, eles nao
ção e tran sm issão sem fio. Q u an to va rá as op erad oras a b rigar por u m a se in tegrarão na economia internacio
ao C en tro Têcnológico de In fo rm á ti fa tia do filé m ig n o n ". nal. m esm o se apoiados em "pseudo-
ca— C TI. de C am p in as, ele foi objeto p roteções nacionalistas".
de elogio por p arte de S a lom ã o W ajn- CPq D “O s m om entos de transição tecno
b ergqu e, no en tan to, ach a qu e o m es ló gica e social (Schum pcter) são favo
mo carece de um m ercad o qu e c o m Para o su p erin ten d en te do C P qD ráveis aos países em desenvolvimen
pre seu s produ tos. da Télebrás. Leôn cio R ezen d e N eto. “a to, qu e qu eiram dim inuir o fosso que
“N esta fase da fa lta d e d in h eiro te com p etitivid ad e das N ações se trad u z os sep a ra das Nações desenvolvidas”
m os qu e fa zer m esm o a o m e le tte . com o a cap acid ad e de crescim en to d isse o palestrante do CPqD lembrar,
em ca sa “ , form u lou o rep resen tan te econ ôm ico, expan são do em p rego, do porém da im portância em ter o
da SN C para ju s tific a r qu e h á que ter do salário real e d a m elh oria d a q u a li País um eficiente sistema de telecomu
ên fase n a p rod u ção lo ca l de bens e dade de vid a de seu s cid a d ã o s” . A n ica ções e de informações para ter
serviços de eletrôn ica. “O G overno m issão das em presas é sa b er p ro d u su cesso económ ico. Porém. hoje. no
deveria in vestir 4.5 bilhões de dólares zir bens e serviços com p ad rões, in te r B rasil as telecom unicações sác ape
nas telecom u n icações m as só con se nacionais. de preço e qu alid ad e e c o m nas vista s com o parte da política in
guiu colocar 2 bilhões no m ercado e petir. m u n dialm en te, é fu n ção de in o d u stria l e de com ércio extenor, preco
assim m esm o p a ra h on rar contratos vação tecn ológica em p rod u tos e no n izad a pelo G overno Collor. para o
firm ados h á dois an os. A A d m in istra processo produ tivo, em segm en tos C om p lexo Eletrônico, que é um seg
ção está. então, recorren do ao setor onde se ten h a vocação in eren te [o u m en to qu e apesar de movimentar
privado, em regim e de plan ta doada, ad quirid a). aqu i. 12 bilhões de dólares anuais t
e abrin do os serviços público restri Leôn cio R ezen d e N eto, va len d o-se en vo lver qu ase um milhar de empre
to e lim itado para poder aten d er à de relatório das N ações U n id as, o b s e r sas . exp orta apenas 5% de sua produ
dem anda existente por m ais telecom u vou qu e são m il em presas tran sn acio- ção.
n icações” . raciocinou S alom ão Wajn- nais qu e detém cerca de 2 /3 d a e c o Por ou tro lado. o empresariado bra
berg. n om ia m u n dial e qu e a d im in u içã o sileiro — pú blico ou privado — náo
Ele lem brou qu e privatização não do in terven cion ism o do E stad o e a está afeito a tecnologias de ponta vis
sign ifica “privatizar a E m bratel” e ab ertu ra dos m ercad os fortalece su a to a escassez de recursos humanos
que o im portan te, sim . é “com p etir” expan são, m esm o em períodos de re q u a lificad os e de produção científica.
para dim inu ir custos. A rede básica cessão econ ôm ica, através de fu sões, F alta, tam bém , coordenação entre
tem qu e ficar com o E stado e p rivati in corporações e com p ras de u n idades as políticas de telecomunicações, ele
zar é apenas d eixar para a in iciativa m enores, con corren tes. A ssim , se os trôn ica de consum o e informática,
privada um espaço que o G overno países do 3Q M undo não in vestirem resp ectivam en te, ditadas pelo ex-Mi-
não con segu e ocu par. Não pode. p o
rém . o G overno su sten tar a posição
de “não fazer e nem deixar outros fa
zerem telecom u n icações. Por qu e a
E m bratel tem qu atro satélites e a m
pla rede de com u n icações de dados
e não podem existir ou tras fa cilid a
des à disposição da com u n id ad e?" in
dagou o representante da S ecretaria
N acional d e C om u nicações. (E—D) George
R espondendo a um a ob servação Zelenjuk,
de Leôncio R ezende N eto. de qu e “com coordenador
as tarifas vigentes as operad oras vão Luciano Coutmho
da Untcamp
ficar apenas com o o sso ” , observou
e Salomão Wajnber-.
Salom ão W ajnberg qu e “com p etir é
da SNC
Nossa política, vista de fora
E dward Roche. da Escola de Adminis com base no similar nacional, visando co (sistemas operacionais e similares'.'
digitais, programas c partes subisídárias)
tração. da Arlzone Universliy, pes
“O contencioso Brasil—EUA foi mar
quisou, detalhadamente, durante 5 anos. deter uma avalanche de produtos exter cado pela Lei 7232 (29 10.64), assinada
a política brasileira de informática. Eis nos que sufocaria uma indústria eletrô por J.B. Figueiredo; pela investigação
os pontos principais a que chegou este nica local, incipiente. Ponto muito positl- ordenada por R. Regan (07 10.91; na po
brazlllanist — scholar, como publicado, vo desta políUca foi o desenvolvimento lítica de informática brasileira, eom ba
em Londres, no ‘The Information Society" da engenharia local que hoje mostra seu se na seção 301 do TVade Act. de 1974
pela Táylor & Francis, 1990: talento em campos diversificados como pelo acerto, em Paris (07.86), entre Ciay-
“A política de reserva de mercado te o do projeto e produção em microeletrô- ton Yeutter e Flecha Lima e posterior
ve sucesso para desenvolver uma indús nlca, software, equipamentos eletrónicos, de proteção ao software estrangeiro pas
tria brasileira de informática, ainda que mecânica fina, sistemas de informática sada no governo Sarney; pela ques’áô
às custas de um sacrifício consciente e de telecomunicações. O setor do com do sistema operacional brasileiro Sisne
do usuário brasileiro — que é um nacio plexo eletrónico cresceu a 30% ao ano. (da S copu s) ser ou não cópia do
nalista — e com problemas de relaciona em média. Em 76. só havia computador M S— DOS (da Microsoft este impedi
mento comercial, externo, com os Esta estrangeiro no Brasil. Em 84. cem em do de entrar no País; pela ret;diaçâ
dos Unidos. A política nacional de infor presas atendiam localmente a 50% de norte-am ericana sobre as exportações
mática originou-se do desejo dos gover um mercado interno de 48 bilhões de brasileiras (calçados); pela aprovação i
nos militares em criar, localmente, uma dólares A IBM veria, em cinco anos da lei de software (22.12.57), cem ve
indústria de informática, lato sensu, pa ( 79/84), seu share o f thc marke.t decres to de J. Sarney à alíquota dc 20C*
ra não tornar o País dependente deste cer de 77 a 53%. sobro o software importado: j>ela tit*
item, considerado estratégico." "Na área de software, o saber local ralizaçáo da informática do governo
"Foi utilizada, como arma principal dominou 85% do mercado de aplicações, C ollor de M ello.“
desta política, o controle de importações adaptando programas estrangeiros, mas Síntese m ais imparcial ruí o poderia
de bens de informática (equipamentos ficou apenas com 20% do software bási ter sido feita. Nem aqui