Page 5 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1991

editorial

E m b u s c a d a m o d e r n i d a d e

U m profissional de telecom unica­ diais, redes internacionais de servi­

ços e até m esm o canais de TV de
ções, que tenha se ausentado do

setor por algum tempo, se sentiria âm bito mundial. Form am -se blocos

com pletam ente perdido se retom as­ econômicos multinacionais e libera­

se contato. Conceitos, siglas, produ­ liza-se o com ércio internacional.

tos, form as de operação alteram-se Tudo isto exige serviços de com uni­

com im pressionante velocidade. V eja­ cações eficientes e em nível m un­

mos algum as dessas mudanças: dial. As telecom unicações são fator

essencial no fenôm eno da globaliza­

• Caem os m onopólios e abrem -se ção política e econômica, confundin­

as possibilidades de privatização do-se causa e efeito dessa evolução

de serviços. Mesmo antigos pilares, constante;

na tradição dos m onopólios esta­

tais de exploração das telecom uni­ • Surgem redes alternativas para tele­

cações, adm item a abertura para fonia e dados, sejam redes com er­

a presença de entidades privadas ciais para uso público ou redes pri­

Luiz de Oliveira Machado *
na prestação de serviços; vadas de fins específicos. Tais re­

des passam a ser a espinha dorsal

• Inovações tecn ológicas ocupam de corporações ou de entidades

m aciçam ente feiras com o a recen­ m ultinacionais;

te Telecom, em Genebra, colocan­

do-nos frente a produtos e solu­ • No Brasil, as cham adas “Plantas

ções que, para nós desconhecidos, Com unitárias" ganham im portân­

são apresentados pelos fabricantes cia com o alternativas à expansão

com o coisas Já triviais. Todos os fa­ tradicional das redes, pelas opera­

bricantes im portantes expuseram doras. Alguns estim am que mais

na Telecom seus terminais m ulti­ de 30% de expansões da rede brasi­

mídia. seus com utadores assíncro­ leira, no próxim o ano. será provi­

nos dc alta velocidade — os ATMs da por este novo m ecanism o;

— próprios à com utação dc faixa

larga, as novas hierarquias sín cro­ • Autom atizam -se escritórios, fábri­

nas de transm issão — Sonet ou cas e residências. Os cham ados

SDH — que criam condições para prédios inteligentes integram v á ­

a transm issão em faixa larga por rias tecnologias paira se obter um

preços m uito mais econôm icos; conjunto de recursos mais ágil e

eficaz do que com tecnologias tradi­

• Viabilizam -se novos recursos co ­ cionais.

mo fac-sím iles coloridos, TVs de

alta definição e videofones. As ch a ­ O cam inho da m odernidade passa

m adas Redes Inteligentes associam pela reform a das instituições, pela in ­

as tecnologias de com putação e te­ ternacionalização, pelo uso adequa­

lecom unicações para oferecer vas­ do das novas tecnologias, pelo au m en­

ta gam a de novos serviços, com o a to da com petitividade. Im porta discu ­

tarifação pelo núm ero cham ado, o tir o tem a em profundidade, para que

telefone pessoal com num eração suas aplicações sejam bem entendi­

única e individual, as redes priva­ das e para que possam os colocar es­

das virtuais e outros. Consta que te arsenal de novidades a serviço do

as indústrias teriam investido a l­ desenvolvim ento da m elhoria da qu a­

go com o 500 m ilhões de dólares lidade de vida. Este é o nosso papel,

nesta Feira, o que não seria absu r­ com o profissionais de telecom unica­

do considerando-se que está em ções. A isto dedicam os o XXIII Painel

disputa um m ercado calculado em TELEBRASIL de Florianópolis, SC.

500 bilhões de dólares neste ano;

• D esvanecem as fronteiras entre os (*) Presidente da TeJcbrasll cpresidente da Stan­

países, criando-se produtos mun- dard Eletrônica.

teleb

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