Page 26 - Telebrasil - Julho/Agosto 1991
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Novos Modelos institucionais
20 e 21 do Mwo
Maceió — Alagoas
Estrella e Pradal:
Diminuir a presença do Estado
Vista p arcial do salão de C onferências
Na sua exposição, o ex-consultor jurídi País, iniciado na década de 30. foi um mode A seguir, o ex-consultor jurídico to
co do Ministério das Comunicações (de 79 lo populista, mas estatizante, que cresceu com explicou que o Código Brasileiro f.
a 85) e atual presidente da Dirtel Consulto através de um modelo de substituição de im TCs (Lei 4117/62) foi fruto da Consttixçã:
ria de TCs, e diretor da Associação Brasilei portações. de 46 que atribuiu aos Estados e Munopw
ra de Listas Telefômcas-ABL, Helio Estrella, "Já o regime militar de 64. e de acordo competência para conceder à empresa pm»
criticou a presença do Estado-Empresáno com Roberto Campos, em Aiém do Cotidia da os serviços telefônicos. A Consfctuçãc
na economia e preconizou a revisão do atual no, ele foi anticomunista, porém predispos de 67, porém, deslocou para a União a c r
modelo das telecomunicações, a seu ver. to ao dirigismo estatal e ao paternalismo so petência para a exploração direta dos re*?
esgotado. Após conceituar que “o Estado é. cialista", prosseguiu Hélio Estrella afirman dos serviços. Começou aí o processo da es
em essência, um equilibrador do convívio so do que, hoje, "o corporativismo estatal se tatizaçáo das nossas TCs. que culminou xr
cial, através da ordem jurídica, nas socieda voltou para uma pregação socializante". a aplicação da Lei 5.792/72, que criou a \
des democraticamente organizadas", o pa lebràs. Tal lei previa as figuras de empes
lestrante analisou o monopólio que ele vè, associada e subsidiária da Tetebrás nas
mas em teoria apenas, "destinado a corrigir prática, apenas esta última foi utilizada e &
desigualdades na distribuição de rendas e sim o Estado restringiu uma abertura Que i
até a prover a segurança do Estado" e que,
Constituição dava à empresa pnvada oara i
na prática, acaba contrariando os interesses exploração dos serviços de TCs.
do cidadão.
"A solução estatal, de inicio, teve émc
pela dedicação de um grupo fechado e coe
Estatização
so que deu às TCs suas energias vnras. s-:
criatividade e seu idealismo. Foi porém c
Disse Hélio Estrella que a herança cultu prio Estado que. ao desviar os recursos x
ral do País, desde as Ordenações Manueli Fundo Nacional de TCs-FNT para outros r»
nas e Filipinas, foi rumo ao Estado patrimo- resses governamentais, precipitou a ¦?*:¦
malista que. através do direito administrati ència do Sistema Telebrás". lembrou o core
vo. criou uma sociedade burocratizada orien rencista observando que se a Tetebrás nã*
tada para a cooperação, ao invés da obten tivesse abandonado, à época, a versão pn:*
ção de objetivos individuais, pelo exercício tista que lhe era facultada, ela tena se n r
da competição. Disto resultou que "o indiví tido como holding, tena recursos e fcJ«
duo é dependente frente ao Estado, e a livre preservado o comando sobre a potoca s
iniciativa foi desestimulada". enfatizou o pa setor".
lestrante. Hélio Estrella previu que o sistema es*
Continuando com sua análise sobre a pre H élio E strella. da D irte l tal de TCs, ao transformar o m o n p ó fc r s
sença do Estado em nossa sociedade, afir fim em si mesmo, terá dificu-dade em soí*
mou Hélio Estrella que o Estado é omisso, O conferencista citou o crescimento das viver. Ele citou que o sistema estala de T‘'-;
ao tratar de Saúde ou de Saneamento, mas estatais que, ao final da década de 30 eram discrimina o assinante de ba xo tráfegc: •
é omnipresente ao intervir na vida econômi apenas 25, já alcançando 300 ao término considera marginai, mas ao mesmo teme-'
ca e no processo produtivo do País Ele lem dos anos 70 e explodindo para 560 no co recusa serviços verticais que lhe auna
brou que o processo de industrialização do meço dos anos 80. riam a renda, por achar que estes ràe *
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