Page 15 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1991
P. 15
te detectar a extensão da ocorrência.
• Giroscópio: E equipamento essen
cial à navegação para aeronaves, em
barcações e mísseis. Os primeiros gi-
roscópios foram do tipo inercial. A se
gunda geração se valeu de raios laser
(muito sensíveis a variações térmicas).
A nova geração utiliza rolos de fibra
montados em carretéis móveis sobre
um eixo e percorridos por um raio la
ser. Com o movimento, gira o rolo
de fibra e ocorre variação de fase no
sinal ótico que é recebido. Monitoran
do a variação de fase do pulso de luz
final dá para calcular a variação angu
lar do rolo. Com o emprego de três
rolos ortogonais, associados a um mi
croprocessador, se obtém um giroscó
pio óptico, para navegação.
• Rede Óptica de Assinantes: A
idéia é ter a cidade percorrida por ar
térias de fibra óptica transportando
milhares (20 mil) de canais de infor
mação de comprimento de onda dife
Estrutura da futura rede do assinante.
rentes, em uma mesma fibra. Poderá
ser utilizada uma modulação FDM
do tipo de coerente, carreando 600 ótico, gerada a laser de alta energia • Fibras: Novos materiais e modos
Mbit/s. Uma derivação numa artéria, e trazida ao amplificador por outra de fabricação de fibra óptica estão sen
permitirá a cada usuário, dotado de fibra independente. A central telefôni do pesquisados, como é o caso do Sol-
um receptor operando a laser, selecio ca conterá os lasers e os equipamen Gel e da sinterização de vidro, esta
nar o canal que contém a informação tos necessários à multiplexaçfio dos última levando a fibra de pior qualida
que lhe convém. A rede ótica poderá sinais. A modulação também poderá de, porém mais barata do que a fibra
ter amplificadores ópticos, de 20 em ser do tipo WDM (Wawelength Do clássica. Fibras de plástico também
20 km, com alimentação de bombeio main Multiplexing). estão sendo pesquisadas.
Espectro: edição de 1990. publicado pela SNC, indi do à telefonia móvel celular, salvo se ne
ca que estas freqüências são compartilha gociações ou "barganhas” acelerarem o
das, ainda, pelos serviços de radiodifusão processo. O espectro nominal da telefonia
(canais de tevê UHF de 73 a 76 e 80 a 83) móvel celular é no sentido móvel-ERB
Chehab organiza e por outros serviços. "Nem toda região de (825/835 e 835/845 MHz), para as sub-
do País apresenta o mesmo grau de con faixas A e B e no sentido ERB-móvel de
telefonia celular gestionamento do espectro para uso em (870/880 e 880/890 MHz), para as subfaixas
telefonia celular", comenta Lourenço Che A e B. A existência das subfaixas A e B
hab, que cita São Paulo, Curitiba e Rio implica em que poderão coexistir, em da
de Janeiro (este último no olho de um triân da localidade, dois sistemas móveis celula
A telefonia móvel celular se baseia gulo das Bermudas) como lugares difíceis res, competindo entre si, com 10 MHz ca
no uso do rádio para a comunicação entre e outros como Santa Catarina, livre de da um. O sistema A operaria com os ca
Estação Rádio Base (ERB) e terminal mó problemas. nais rádio de 1 a 312 ficando com os ca
vel. Todo projeto procura reutilizar, ao Chehab explica que a largura de fai nais de 313 a 333 para controle. O siste
máximo, as frequências disponíveis — um xa disponível para a telefonia móvel celu ma B, por sua vez, ficaria com os canais
bem escasso — em células não vizinhas. lar irá sendo ampliada ao longo de 5 anos rádio de 355 a 666 e com os canais 334 a
Não obstante, o espectro de frequências de 7,5 MHz (locais críticos) para 10 MHz 354 para controle.
disponível, em dado sistema, é o que limi- (nominal), até 12,5 MHz (futuro). As esta Em regiões mais congestionadas, co
a o número máximo de usuários de um ções interferentes têm até cinco anos pa mo no Rio, o espectro móvel-ERB ficaria
?
sistema celular. O espectro rádio é regi ra se retirarem do espectro que é reserva- limitado a 828/835 e 835/842 MHz e o es
do internacionalmente pela UIT e mais pectro ERB-móvel de 873/880 e 880/887
ispecificamente pelo CCIR (Comité Con MHz, para os sistemas A e B, com o que
sultivo Internacional de Rádio) e pelo só se terá usuários correspondendo a uma
I
FRB (International Frequency Registra- largura de faixa de 7 MHz. A existência
ion Board). No Brasil, a tarefa cabe à Se de dois sistemas independentes ocasionou
cretaria Nacional de Comunicações (SNC) a velha discussão se a telefonia móvel ce
itravés do Dep. Nacional de Administra lular é uma extensão do serviço público
rão de Freqüências, chefiado por Louren- de telefonia ou se é de uso público-restri
;o Chehab. to, vale dizer, se à luz da Constituição,
os sistemas A e B podem ou não ser ex
P o r ta r ia s plorados pela empresa privada. Já o assun
to do trunking, isto é, de uma ERB multi-
As Portarias da SNC 06 e 07, de canal, ser compartilhada por usuários de
16.01.89, fixam para o serviço móvel ter diversas entidades, está regulamentado
restre celular, no Brasil, os intervalos de pela Portaria 057, de 05.09.90, que atribui
H25 a 845 MHz (no sentido móvel-ERB) e a faixa de 460/467 MHz, para uso trun
870 a 890 MHz (sentido ERB-móvel). Lourenço Chehab. da Secretaria Nacional de king, em correspondência privada oficial,
O Mapa de Atribuições de Freqüências, Comunicações. ficando em estudos a faixa de 806/821 MHz.
13
relebrasil. Jan./Fev./91