Page 28 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1990
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Serviço: M Hz na recepção e 824.040.970 na trans tátil é um pouco menor. O portátil potfo
missão — e é a potência do sinal recebi rá não falar em toda a região do Rio,
do que transfere o controle de um termi mas já existem empresas pensando em ofe
recer um “ booster” , adicional, para forta
C a r i o c a j á c o m p r a nal de uma célula para outra vizinha. Tb- lecer o terminal portátil.
da ERB é interligada à central de comuta
Prevendo o mercado futuro as empre
T e l e f o n e M ó v e l ção e controle (CCC), situada na estação sas que oferecem terminais são todas cre
Arcos da Tfclerj e daí para o sistem a telefô
nico tradicional. denciadas ou em processo de credencia
Dois tipos de terminais estão previstos m ento junto à Telerj. São elas: a CGei
A Têlerj promete que até o fim do ano no projeto do sistema celular da Telerj: Instala, que representam a NEC; a Teletec,
•^•estarão circulando os primeiros veícu o veicular e o transportável, ambos com com tecnologia da Philips (Austrália); i
los dotados de telefone. Usuários terão
potência de transmissão de 3 watt. O vei Equitel com versão portátil de 700 gra
desembolsado 710 mil cruzeiros a título cular, com o o nome indica, é instalado mas e 3 horas de autonomia; a ViUaro
de participação financeira e que lhes terá Control, com tecnologia Motorola; e i
no veículo, ao passo que o transportável
dado acesso ao serviço, mas não ao apare
é para ser carregado com o uma maleta M ultitel, com tecnologia Uniden (Cana
lho de telefonia móvel celular. Até o m o de mão pesando, por causa das baterias, dá). Custos e condições podem sofrer al
mento de feitura desta matéria o custo cerca de dois quilos. Encontra-se no mer guma variação. O custo dos modelos vei
do serviço não havia ainda sido definido, cado um terceiro tipo de terminal: o por culares (a valores de setembro) têm fica
mas chegou a se falar em cifras de 21 mil tátil, que pesa muito menos (meio quilo), do, em média, na faixa de 250 a 350 ui
cruzeiros mensais, para 270 minutos de mas cuja potência cai para 600 miliwats. cruzeiros, devendo ser acrescido de 30 a
conversação ou três chamadas/dia. A autonomia do transportável é de 4 a 5 35 °7o para os transportáveis.
O sistema celular sendo instalado no
horas continuadas, ao passo que a do por- O tipo de consumidor esperado são em
Rio com tecnologia AM PS, pela NEC,
presários, profissionais liberais, ciaste ri
constará de 31 células de comunicação, ca, mas também haverá consumo por ra
implementadas em três fases: 17 células
zões de status e de quem não possui telefo
no Rio de Janeiro, até ao final do ano; ne comum. O fenômeno do status aio i
8 células em Niterói e na Baixada, até só brasileiro: no exterior vendem-se t á
março de 91; e o restante depois, nas vias carcaças imitando o aparelho real. Apare
de acesso ao Rio. Segundo José Chamai,
lho contrabandeado falará? Impossréd.
da lélerj, o sistema prevê 10 mil assinan
Ele terá que passar pelo processo de gra
tes, com reserva de mil para atender aos
vação de senha em PROM que é guarda
terminais em trânsito. Para cada célula
da na central da Tfclerj. No processo, a
existe uma estação rádio base — ERB ins
senha do usuário é misturada com um al-
talada, de preferência, em dependência goritimo (supersecreto) do fabricante, a
da Tfclerj já existente.
que só revendedores autorizados tem aces
O sistema opera na faixa de 800 MHz so e assim mesmo através de uma K J » £
— mais precisamente 869.040 a 893.970 Ozires Silva aparentemente gostou. preta.
Liberalização: mil decretos e que necessitam ser consoli ação junto ao público” . Ele revelou que
dados por área de atuação. a estratégia sendo adotada é a de simplifi
Segundo Piquet Carneiro, o importan
P i q u e t f a l a d e te é simplificar o processo “ lá no manual car pequenas áreas, de mais fácil modat-
ça, do que tentar, de saída, fazer ptua
que orienta a ação do funcionário na grandiosos de mudança. Assim, por exem
d e s r e g u l a m e n t a ç ã o plo, dentre as áreas específicas que já fo
ram simplificadas citam-se o mercado do
C r is e d e 4 0 0 a n o s trigo, cuja comercialização rão depende
João Geraldo Piquet Carneiro, mem
“A maior dificuldade para desregula- rá mais da intervenção estatal e do canio
bro e consultor da Comissão Especial de mentar o País é sua herança ibérica que va mineral cuja importação e comercializa
Desregulamentação do Governo Federal, loriza um Estado onipotente e onde as ati ção já foram liberadas.
distingue: prívatizaçio (alienação da parti vidades econômicas têm que ser permitidas. Dentre os princípios adotados parada-
cipação estatal num empreendimento), A organização deste tipo de Estado enfati regulamentação estão o de presunção di
desburocratização (minimizar a tramita za a crença no que está escrito. Este é um
aspecto cultural do Brasil que data da épo veracidade (tem-se fé no indivíduo até pro
ção burocrática visando facilitar a vida
ca de Tbmé de Souza que veio para o País va em contrário); da substituição da pro
do cidadão) e desregulamentação (liberali
já munido do respectivo Estatuto. Hoje va documental, prévia, pela fiscalização
zação de regras visando obter maior efici
convergem três crises que tomam a desregu dirigida; e da prevalência das regras de
ência do sistema econôm ico). A privatiza lamentação essencial: 1) - a falência regula- econom ia de mercado (à exceção das tnpá
ção e a desregulamentação são medidas mentória do Estado, que perdeu identida teses previstas na Constituição). O Progra
relativamente recentes, ao passo que a de e fronteiras; 2) - a ambiguidade de uma ma Federal de Desregulamentação, que e
desburocratização ocorreu, entre 79 a 85, Constituição não regulamentada; 3) - a cri subordinado diretamente à Prcsidêadi
tendo sido iniciada pelo ex-Ministro Hélio se de ineficiência do setor público por fal
ta de atualização gerencial. da República, tem como órgão básico
Beltrão e m otivo, até, do 4° Debate Tfcle-
O Estado, de trinta em trinta anos, tem uma Comissão Especial constituída de re
brasil, em junho de 1981, sobre “ A s Tele
procurado melhorar sua eficiência através presentantes dos Ministérios e das Secreta
com unicares e a Desburocratização” .
de reformas administrativas, como as de rias Nacionais. Ela recebe sugestões de
No Governo Sarney abandonou-se a des 37 e 67 e agora em 90. Hoje, o Governo pessoas e entidades, das quais mais de
burocratização. Federal perdeu sua capacidade de regula 600 já foram convidadas a opinar.
O atual programa de desregulamenta mentar com racionalidade. Há certos problemas, porém, cosw o
ção do Governo Collor já gerou um total A desregulamentação é sobretudo um da desregulamentação dos transportes t
de 14 Decretos, 2 Circulares e 52 Porta fenômeno cultural traduzido por um cho do preço dos combustíveis que, por sat
rias, visando simplificar a vida econômi que entre uma velha ordem (cartorial, buro- extensão, estão merecendo estudo e trata
cratizante) com uma nova ordem (moder
ca do País e diminuir a ingerência do Es mento especiais. A Comissão estuda a des
na) de uma economia liberal de mercado).
tado. regulamentação da Pequena e Média Em
Existem, porém, condições de sucesso pa
Um dos maiores entraves para simplifi ra manter um processo permanente de des presa, hoje, quase sufocada por um esct>
cação da vida econômica do País é a per regulamentação: há vontade política do Pre so de regulamentos. E as tekcomaáre-
manência de códigos comerciais e jurídi sidente da República; há necessidade econô ções? “ Bem este é um assunto compkw
cos, desatualizados, que geram um emara mica de modernização; e há o esgotamen e que ainda não subiu à Comissão Espe
nhado de leis e portarias de difícil apüca- to da capacidade regulatória do Estado, cial de Desregulamentação” , confxkaài
afirma objetivamente Piquet Carneiro.
ção prática. O Brasil possui mais de 100 Piquet Carneiro.
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