Page 12 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1990
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A u t o m a ç ã o :
T e l e c o m u n i c a ç õ e s e I n f o r m á t i c a
r e v o l u c i o n a m b a n c o s e c o m é r c i o
• Jenner de Paiva
Enquanto a automação bancária sultoria e Marketing Ltda. realizaram, no fi prador e “ colocado” , em tempo real, na con
e comercial já estão abrindo cami nal de setembro, no Hotel Maksoud Plaza, ta do vendedor, ou seja, a própria loja. Esse
em São Paulo, a 2a Conferência Internacional sistema de cartão magnético já é utilizado por
nho para as exportações de alguns de Automação Bancária e Comercial, tendo algumas redes varejistas brasileiras.
fabricantes brasileiros, o cartão in como tema central “ A transição para os anos O assunto diz respeito aos dois grandes la
90: Desafios e Oportunidades” . dos envolvidos na questão: os bancos e o co
teligente, os discos ópticos e o pro mércio. “ Os bancos precisam se reunir e defi
cessamento de imagens já estão Conferencistas nir um padrão de utilização compatível entre
sendo usados nos países mais de si” , disse Niederkorn. Ele ilustrou sua argu
O evento reuniu nos dois dias cerca de 400 mentação com dois exemplos: No Canada es
senvolvidos e, brevemente, serão participantes, 30 conferencistas e 4 debatedo- sa “ compatibilização” foi realizada. 0 resulta
importados pela indústria privada res. Na palestra de abertura, Paulo Cândido do é que, com apenas um equipamento-padrào
nacional, a fim de adaptá-los a de Oliveira, diretor-executivo da ABBC — As instalado na loja, os comerciantes podem acei
sociação Brasileira de Bancos Comerciais e tar cartões de qualquer banco. Nos Estada
nosso mercado. Múltiplos, disse que a década de 90 “ será o Unidos, segundo o conferencista, isso nâoacon
período de implantação e consolidação dos teceu, e os usuários são obrigados a andar cocn
bancos múltiplos” . Um banco múltiplo é um
A utomação é a palavra de ordem do mo tipo de instituição bancária que pode realizar diversos cartões dentro do bolso.
mento. No Brasil, ela já é uma realidade,
principalmente nas áreas bancárias, comercial diversas funções (comerciais, de investimentos,
e industrial. Os bancos contribuem com cerca de seguros, de corretagem e distribuição de títu
de 15% (em torno de USS 1 bilhão) para o fa los no mercado de capitais, etc.), sem que se
turamento do setor de informática no País. E ja necessário criar várias empresas. Múltiplas
esse processo parece não ter fim: ao mesmo funções são exercidas pela mesma pessoa jurí
tempo em que se promove a automação de dica, daí o nome de “ banco múltiplo” .
quase todas as agências, inicia-se o ciclo de re Marco Aurélio Silveira, diretor de opera
novação dos equipamentos e a implantação ções do Bamerindus, falou sobre a experiência
de novos serviços e sistemas “ visíveis” aos clien da instituição no projeto “ O banco dos ban
tes, como as consultas de saldos, extratos e sa cos” . O objetivo é integrar vários bancos, múl
ques automáticos, popularizados pelos caixas tiplos ou não, cm parceria com o Bamerindus,
eletrônicos. Segundo estimativas do setor ban que se encarregará de compartilhar com eles
cário, de 25% a 30% são consumidos na con alguns serviços.
cepção e implantação desses sistemas. O canadense Jeffrey Nicdcrkorn, consultor
Por sua vez, a automação comercial está da NCR, explicou sobre a expansão das redes
começando a equipar as grandes lojas e redes de transferência de fundos na Europa. “ Ao in
de supermercados brasileiros. A tecnologia scan vés de pagar cm dinheiro ou cheque no caixa
n e r para leitura óptica do código de barras pre de uma loja, usa-se um simples cartão magné
gados nas mercadorias é a mais nova tendência tico, ou d in h e iro p lá stico , como preferem al Term inal D igirede P D V 8260 pode ser conccu-
tecnológica em substituição à caneta óptica. guns. O termo transferência eletrônica dc fun d o um co n cen tra do r compatível ao 1BM-PC,
E foi com a finalidade de mostrar c discutir dos (TEF) é usado para designar o processo o u a um superm icro Digirede 8000.
novas tecnologias de automação que as empre pelo qual, no ato da compra na loja, o valor
sas paulistas DIB & Associados e RPM Con da transação seja “ tirado” da conta do com- “ Automação de Hotéis e Reservas Interna
cionais: Uma Experiência Brasileira” foi o te
ma escolhido por Juan Luis Pascua Fanas, su
perintendente da Rede TYopicais de Hotéis, en
quanto Francisco Sanchez, presidente da
CBPR-Brasil falou sobre o Pay by Phone Bm-
k in g . Já Angel M. Rodriguez, diretor de opera
ções do M a ste rC a rd, EUA, deteve-se na expan
são dos cartões de crédito no mundo, fazen
do ver a importância dessa tecnologia
Convidado para falar sobre a infra-estrutu
ra dc comunicações do novo governo, o presi
dente da Embratel, Carlos de Paiva Lopes, pre
feriu mudar de tema e fez uma retrospectiva
até os dias atuais da empresa estatal que está
comemorando, em 1990, 25 anos de criação
ifo : i a
(vide Revista Tclebrasil S/0-90, págs. 26 e 27).
No início da tarde, Roní Silveira, diretor de
automação bancária da Edisa Informática, cha
mou a atenção da platéia com o tema “Auto
mação Bancária e Comercial: As Vantagens
dos Sistemas Abertos” . A Edisa está determi
nada a buscar maior participação no mercado
de automação bancária e seu último lançamen
V to é uma rede privada de pacotes que reúr.e
placas produzidas pela Hewllett-Packard e os
7a/
T
micros 386-VIX-3 atuando como concentrado
res. Segundo Roni Silveira, a rede obedece ao
O te rm in a l padrão X.25, fixado pela CCITT, mas suaadap-
de C aixa D edicado tação no mercado brasileiro exigiu que ela acei
T C D S ID 116 (com vídeo tasse protocolos de mais baixo nível, como o
dc 5 polegadas) fo i co n stru íd o BSC-3 e o Pool Select, que estão em desuso
sob uma p la ta fo rm a de hardware e no exterior, mas aqui são uma realidade. "Com
software aberta e p a d ro n iza d a com a lin h a P C -IB M . isso, assegurou, qualquer equipamento produ-