Page 10 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1990
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A  infra-estrutura  de  Ozires








                     O  ex-militar,  ex-empresário  e  agora                                                                              o  “ Muro de  Berlim” .


            Ministro da Infra-Estrutura, Ozires Silva,                                                                                             Referindo-se ao Brasil, o Ministro Ozi­


            tem  idéias  bem  definidas  em  relação  ao                                                                                  res Silva disse que “ a eleição do Presiden­


            momento em que vive o País.  “ Nos apro­                                                                                      te Collor indicou,  com  clareza nas urnas,                                                                                    EMBRATEL


            ximamos do Segundo Milênio com algum                                                                                          que  o  País  tinha  de  ser  modificado” .  O                                                                                                                               Presidência: Carlos dc Pai­


            atraso  econômico  em  relação  aos  países                                                                                   desafio da  infra-estrutura é,  por sua  vez,                                                                                                                                va  Lopes  (Presidente); Ha-
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       roldo  W.  Cruzeiro (AEP),

            desenvolvidos. Tivemos uma fase em  que                                                                                       imenso,  admite  o  Ministro.  Na  década                                                                                                                                   Mário F. Cabral Jr  (ACS);


            o  Estado  foi  a  base do  setor produtivo e                                                                                 de 80, caiu a eficiência das comunicações.                                                                                                                                  Antonio  G.  Tettamanzi


            na época do milagre foram criadas as  in­                                                                                     Na  área  de  energia  triplicou  a  produção                                                                                                                               (ASJ); Geraldo C. de Araú­


            fra-estruturas  de  Correios,  TCs,  energia,                                                                                 de  petróleo,  mas  a  prospecçâo  de  novas                                                                                                                                jo  (APC);  Afonso J. Maia


            rodovias, necessárias ao desenvolvimento.                                                                                     fontes teve que diminuir como consequên­                                                                                                                                    (AUD).



            Os  choques do  petróleo  não  permitiram,                                                                                   cia da inflação. Nos transportes, 50% das                                                                                                                                    D iretoria de Administração


            talvez,  a  inserção  do  Brasil  no  contexto                                                                               rodovias requerem manutenção e  14%  re­                                                                                                                                     Augusto  Cezar  G.  Ribas
                                                                                                                                                                                                                                                                       (DA);  Edineide  F.  da  Silva (ADA); Abílio P
            da economia  internacional.                                                                                                  construção. “ É um trabalho ciclópico que                                                                                     Anguiano  (DSA);  José Brancato (DAM); An­


                    A transição política levou praticamen­                                                                               o  Governo  Federal,  sozinho,  não  poderá                                                                                   derson  M.  Portugal  (DAR); Eduardo A. Pon­


            te  10  anos  e  agora  vivemos  num  regime                                                                                 fazer.  A empresa  estatal  flexível,  compe­                                                                                 tual  (DDH);  Antonio José A. Portilho (DSE);


            político aberto e queremos nele viver, gos­                                                                                  tente,  da década de 70,  está lutando com                                                                                    Gil  Soares Jr.  (DRT);  Dalton Pereira (SGE)


            tosamente,  para  sempre.  Infelizmente,  a                                                                                  um  excesso  de  legislação  que  lhe  tira  a                                                                               D ire to ria   de  Desenvolvim ento:  Francisco dc»


            década de 80, para nós foi perdida e num                                                                                     produtividade.  Queremos ter um  País di­                                                                                    Santos  P.  Albuquerque (DD); Mario Cesar P



            momento  em  que  o  mundo  se  transfor­                                                                                    verso do que o de uma estatocracia encas­                                                                                    de  Araújo  (ADD);  Martins  F.  Melcop (DPL).

                                                                                                                                                                                                                                                                      Thales J. Simões (DCT); Guilherme C. Metello
            mou,  tanto na área de tecnologia de pro­                                                                                    telada em Brasília. É preciso libertar a ca­
                                                                                                                                                                                                                                                                      (DTC);  Amâncio  F.  Pulcherio (DTS); Gilber­
            dutos, quanto na área social e na abertu­                                                                                    beça  do  estereótipo  de  um  modelo  que
                                                                                                                                                                                                                                                                      to Vianna F. da Silva (DTT); Ricardos C. San­
            ra  da  democracia  econômica.  Foi  o  grau                                                                                 não  mais  funciona.  Vivemos  num  País                                                                                     tos (DIE);  Júlio Gheventer (CDD).


            de  liberdade  atingido  pelo  conhecimento                                                                                  de  140 milhões de brasileiros e não quere­                                                                                  D ire to r  E conôm ico-Financeiro: José Maria S


            e pela tecnologia,  bem como o livre aces­                                                                                  mos  legar  para  o  futuro  uma  legião  de                                                                                  Adeodato (DF); Luiz Carlos J. Ferreira (ADFi


            so ao mercado, que derrubaram, de fato,                                                                                     perdedores” , conclui  Ozires Silva.                                                                                          Walter  B.  Ferreira  (DCO);  Franklin M. Luzes



                                                                                                                                                                                                                                                                      (DEC);  Antonio Fernando P. de Melo (DE0)

                                                                                                                                                                                                                                                                      Thomas  Déniant  (DIN);  Fernando Carlos C


                                                                                                                                                                                                                                                                      Filho (DFI).


                                                                                                                                                                                                                                                                      D ire to ria   de  Operações  Internacionais: Edson

                                                                                                                                                                                                                                                                      Soffintti  (DI);  Daltron José R.  Magalhães (A


                                                                                                                                                                                                                                                                      DI);  Inácio P.  Pessoa (CDI); Gustavo D  San­


                                                                                                                                                                                                                                                                      tos  (TDD;  José  Luimar  dos  S.  M.  Amonm

                                                                                                                                                                                                                                                                     (111).  Hamilton  N.  Junior (SI).


                                                                                                                                                                                                                                                                      D ire to r  de  Operações:  Romeu Grandinetti Fi­


                                                                                                                                                                                                                                                                      lho  (DN);  Carlos  A.  Paiva  (AEN); Tadeu R

                                                                                                                                                                                                                                                                     Corseuil  (COP);  Luiz  Ricardo  P.  Prates


                                                                                                                                                                                                                                                                     (COM);  Izaquiel Gielman (CL);  Hugo José P.


                                                                                                                                                                                                                                                                     B.  Quevedo (CLRJ).





                                                                                                                                                                                                                                                                     SIGLAS:






                                                                                                                                                                                                                                                                     AHP  (Assist.  1  xcc.  do  Presidente); ACS (As

                                                                                                                                                                                                                                                                     ses.  de  comunicação);  ASJ  Asses.  Jurídica.


                                                                                                                                                                                                                                                                      APC  (Asses, de Planej. e Controle); AUD(Au­


                                                                                                                                                                                                                                                                     ditoria);  DA  (Diret.  dc Administração); ADA


                                                                                                                                                                                                                                                                     (Asses, do Dir. de Administração); DSA (Dept


                                                                                                                                                                                                                                                                     dc Scrv.  de  Apoio);  DAM  (Dept, de Adm.de

                                                                                                                                                                                                                                                                      Material);  DAR  (Dept,  de  Adm.  de Rec. Hu­

                                              Ornes;  “É preciso libertar a cabeça do estereótipo de um modelo que nào mais funciona "
                                                                                                                                                                                                                                                                     manos);  DDH  (Dept,  de  Dcsenv. de Rec. Hu-


                                                                                                                                                                                                                                                                     manos);  DSE (Div. de Seg. Empresarial); DR1
                                                Os por quê do  Plano  Brasil  Novo                                                                                                                                                                                   (Div.  de  Rel.  do  Trabalho);  SGE (Secret  Ge­



                                                                                                                                                                                                                                                                     ral);  DD  (Dir.  de  Desenvolv.);  ADD  (Asses


                                                                                                                                                                                                                                                                     do  Dir.  de  Desenvolvimento);  DPL (Dept, de
                          Marcos  Gianetti,  Secretário  Nacional                                                                     no ou  emite ou  vai  ao  mercado  financeiro

                  dc Planejamento, explica a visão do Gover­                                                                          para  tomar  recursos  e  assim  gera  a  ciran­                                                                                Planej.);  DCT  (Dept,  de  Comut. Telefônica);


                  no em  relação ao  Plano  Brasil  Novo.                                                                             da  financeira.  A  demissão  de  310  mil  fun­                                                                                DTC  (Dept,  de  Serv.  Telemát.  e  de Com. dc

                          “ O  Brasil  tem que resolver seus proble­                                                                  cionários,  ainda que medida amarga,  é  ne­                                                                                    Dados);  DTS  (Dept,  de  TVansm.  de Satélite).


                  mas  pelos  seus  próprios  meios.  Terá  que                                                                       cessária para colocar o setor público na pers­                                                                                  DTT  (Dept,  de  Transm.  Terrestre);  DIE (De­

                 haver  o esforço  de  toda  a  sociedade e nào                                                                       pectiva correta.”                                                                                                              part.  de  Infra-Estrutura);  CDD (Dept, de Co­


                 apenas  do  Governo.  O  problema  da  dívi­                                                                                  “ As  medidas de  privatização  e  tributá­                                                                           ord.  da  Área  de  Desenvolvimento);  DF (Dir.

                 da  externa,  aqui,  é  um  problema  fiscal  do                                                                     rias  visam  impedir  que  o  Governo  recorra                                                                                  Econ.  Financeiro); ADF (Asses, do Dir  Econ


                 setor público. Mas o déficit fiscal afeta tam­                                                                       ao mercado  de capitais.  A  prioridade  n°  1                                                                                 Financeiro);  DCO  (Dept,  de  Contabilidade);


                 bém  países  desenvolvidos,  como  EUA  e                                                                            é  o  equilíbrio  do  setor  público.  Dentre  os                                                                               DFC (Dept, de Fatur. e Cobrança); DEO (Dept

                 Alemanha,  refletido  nos  desequilíbrios  da                                                                        problemas em  aberto  na  economia,  encon­                                                                                    de  Econ.  e Orçamento);  DIN  (Dept, de Infor­


                 economia  mundial  e  na  alta  taxa  alcança­                                                                       tra-se  a  questão  salarial  cujas  reivindica­                                                                               mática);  DFI  (Div.  Financeira);  DI  (Dir  de

                 da  pelos  juros  internacionais.”                                                                                   ções,  às  vezes  muito  elevadas  e  ratificadas                                                                              Op.  Internacionais);  ADI  (Asses,  do  Dir  de


                         “ A  projeção  do  orçamento  fiscal  no                                                                     por  livre  negociação  ou  sentença  judicial,                                                                                Op.  Internacionais); CDI (Dept, de Coord. In­


                 Brasil  (expresso  em  percentuais  do  PIB)                                                                         geram  pressões  inflacionárias.  Outra  ques­                                                                                 ternacional);  TD1  (Dept,  dc Texto e Dados In­

                 previa  uma  receita  dc  7,4%,  a  que  devem                                                                       tão é a da  liberdade comercial  para  o exte­


                ser  subtraídos  4,7%  de  encargos  ditados                                                                          rior  que é  inevitável  para  aumentar a com­                                                                                 ternacional); TFI (Dept. Telef. e Transm. Inter­

                pela Constituição e Previdência Social, além                                                                          petição e a modernização de uma economia                                                                                       nacional); SI (Superint. deOp. Internacionais);


                dc 4,7%  dc  juros a  serem  pagos  pelo  Go­                                                                         viciada  por  décadas  de  protecionismo.  O                                                                                   DN  (Dir.  de Op.  Nacionais);  AEN (Asses, do


                verno.  Assim,  antes de pagar qualquer fun­                                                                          Plano Brasil  Novo, em suma, não é apenas                                                                                      Dir. de Op. Nacionais); COP (Dept, de Coord

                cionário ou  fazer qualquer  investimento,  a                                                                         de  caráter  econômico  e,  sim,  sobretudo,                                                                                   de Operações); COM (Dept, de Coord. Comer-


                máquina governamental já  parte de um dé­                                                                             de mudança cultural.”                                                                                                          cial);CL  (Reg.  de  Op.  Centro-Leste);  CLRJ

                fic it de  2,0% do  PIB.  Resultado:  o Gover                                                                                                                                                                                                        (Dist.  de Op.  Rio de Janeiro).
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