Page 12 - Telebrasil - Maio/Junho 1989
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para um serviço da camada acima, no procuram seguir, além do (’(’ITT, o mo*
caso seria a de transporte. A camada de delo ISA. D isse R ival Weber que,
cima, por sua vez, sabe que a camada in “atualmente, a Sei encaminha para es
ferior lhe dará o serviço de que neces tudo, na Associação Brasileira de Nor
sita. Uma entidade não tem interesse mas Técnicas (ABNT), dois textos bási
em saber que mecanismo será utilizado cos. Um deles, conta com a participação
pela camada que lhe fornecerá o serviço. da Prólogo e trata da segurança de da
Assim, cada camada pode acomodar di dos no modelo ISA. Outro, com a partici
versos tipos de protocolos, mas suas in pação da UFRGS (Lianne Tarouco), es
terfaces com as camadas adjacentes per tuda o gerenciamento de redes”.
mitirão, sempre, de maneira padroni A tarefa de domar o tigre da padroni
zada, a passagem da informação ao ní zação não é simples e é também um pro
vel vizinho (vide figura). blema político. “As normas básicas ISA,
Kival explicou que os três primeiros por si so, representam mais de 10 mil
níveis ISA (físico, enlace, rede) enfati páginas impressas por computador”, re
zam os protocolos de comunicação, o os vida Kival Weber. E escopo das Normas
três últimos (sessão, apresentação, apli Básicas definir as camadas inferiores do
cação) os protocolos da informação. O ní modelo ISA (acesso a redes de longa dis
vel quatro (transporte) serve de ponte tância, redes locais, interconexâo de re
entre os dois grupos de protocolos. des) e as cam adas superiores (trans
Implantar o modelo OSI requer, em ferências de arquivos, terminais remo
realidade, toda uma estratégia envol tos, aplicações), além de estender a pa
vendo não só a feitura de normas bási dronização do modelo para introduzir
cas (o modelo de referência) e normas itens, tais como, criptografia, serviços
funcionais (perfis padronizados de de de diretório e gerenciamento de redes.
terminado serviço) mas também condu Já as Normas Funcionais deram ori
zir testes, emitir certificados de confor gem a agremiações tecno-políticas des
midade ISA, e manter um diretório in tinadas a defender determinados in
ternacional de produtos, registrando o teresses de padronização. Fabricantes
que pode se ligar a que. A estratégia é Europeus (Siemens, Ericsson, Olivetti e
complementada por uma rede de r&D outros) se reuniram para formar, em 84,
cooperativo ISA, demonstrações de in o Standard Promotion Application's
teroperabilidade, além da disseminação Group (SPAG). Em 87, nascia o Euro
da cultura ISA, por meio de promoção e pean W orkshop for Open Systems
treinamento, disse o conferencista. (EWOS) congregando a Comunidade
Em 1984, o modelo ISA se tornaria Européia de usuários e fabricantes.
um padrão internacional e ainda, no Nos Estados Unidos, a febre associa
Kival Weber, Secretário da mesmo ano, o CCITT lançava o proto tiva pendeu para os grandes compra
SEI, em sua palestra “Status e colo X.200. Em 1987, a OMP (Organiza dores de equipam entos que estabele
Tendências do Modelo OSI - ção Mundial de Padrões ou ISO) e a IEC ceram seus próprios padrões de intero
perabilidade — surgindo o Manufac
(da área eletrotécnica) juntaram esfor
Interconexâo de Sistemas ços no Jom t Technical Committee (JTC- turing Automation Protocol (MAP), da
Abertos” traçou vasto 1). No Brasil, Sei e Minicom criaram o G eneral M otors e o Technical Office
panorama sobre a implantação GT-100 para a integração ISA das TCs e Protocol (TOP), da Boeing. Em 85, fabri
do modelo OSI (Open System da Informática e as Práticas da Telebrás cantes e usuários norte-americanos reu-
Interconnection) ou ISA (uma idéia importada da antiga AT&T) niram esforços no Corporations for
(Interconexâo de Sistemas
Abertos) no Brasil e no mundo.
ISA
O modelo ISA surgiu, em 77, na Or
ganização Mundial de Padrões (ISO) sob
forma do D raft Proposal ISO/7498 que
propôs a criação de padrões tais que
equipamentos de diversas origens pu
dessem se comunicar, com inteligibili
dade. Na concepção ISA, a comunicação
passa por 7 níveis ou camadas lógicas
sucessivas, em cada ponta da ligação fí
sica.
LJm processo funcional ISA (ou enti
dade ISA) de uma camada fornece um
serviço, digamos de enlace, necessário Dirigentes, especialistas,jornalistas, pesquisadores, técnicos, atentos a padrões ISA.