Page 20 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1989
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clução em massa de CIs de uso geral com necessidade de empregar componentes
distribuição internacional (micropro dedicados e semidedicados, ao invó» Ue
cessadores e memórias) e que exige in componentes padrão, se quiser sobrevi.
vestimentos da ordem de 200 a 800 mi ver". No novo cenário, visualizado por
lhões de dólares, do modelo de fábrica Rinper, a obtenção de um circuito dedi
flexível para circuitos dedicados e semi- cado será simplificado pela utilização de
dedicados. Para ele, a vocação do Brasil compiladores de silício, que permitirão
não é a da mega-fábrica e se alguma em adaptar a maioria dos projetos, rapida
presa estrangeira estiver interessada mente, aos requisitos do usuário e das
em produzir (não estão interessadas, Silicon fuundrios.
acrescenta logo o Secretário Adjunto da Neves da Rocha, da Itaucom, opina
SEI) memórias de 1 Mbits, até em re cjue deve existir toda uma política tec
gim e de jo in t-v e n tu r e serão bem- nológica a ser posta em marcha e que
vindas. “Por que a NEC irá querer im y . i vai desde insumos, até programas de
plantar aqui tal fábrica se já produz me P&L) junto ás Universidades. Quanto à
mórias de 4 Mbits no Japão?”, interroga Á política de investimentos, ela deve in
Spolidoro. Eugênio da Roc/hi, dti ItâUCOJn. cluir recursos do ( Inverno, capitais na
Acba ainda o representante da SEI cionais e estrangeiros, estes a seremob-
que os incentivos governamentais para tidos no que ele concorda com Fer
a implantação de uma fábrica, em tec nando Vieira de Souza, da Tolebrás —
pliaition Systems Integnitod ( 'ircuit *
nologia CMOS, que considera algo fun sempre que for necessário suprir fabri viu joint venture se esta for a melhor
damental para o País, são inadequados cantes de relógios, radios, telefones e m an eira p ara se obter tecnologia.
e que o Governo brasileiro, a exemplo do para a industria automobilística Quanto a polít ica de mercado, a mesma
que acontece em outros poises, deveria José Uinper V . da Elebra, concorda deve protoger a industria nacional,
ciar apoio mais direto ás indúst rias que com Spolidoro v opina que para os com compatibilizar produtos com as necessi-
desejam im plantar tal tecnologia. p o n en tes que exijam produção »un mas dades do Puís e também deve visar a ex
Acba Spolidoro que, no caso de cir sa basta comprar o componente no ex portação. I
cuitos dedicados para unlicaçôes espe terior e efetuar no Pula an npei açoen de Mas o Brasil não fica só na discussão
ciais, o único desafio e o ife encont rnr ni montagem, encapsulamento o teste. Se teórica cl«- modelos industriais para mi-
chos de mercado que justifiquem inves gundo relatório da Frost A Sullivan tre croeletrónica Muita coisa está em an
timentos da ordem de 20 a 200 milhões presentadas no Brasil por Scldochauer damento, como o projeto de máscaras do
de dólares, num esquema competitivo & Associados) somente o mercado euro (T I (vido prúxinw nrtigo), os circuitos
caracterizado por uma multiplicidade peu de equipamentos automáticos para integrados sendo desenvolvidos pelo
de pequenas e medias empresas aqui efetuarem tais operações entá avaliado <Tqí) da T elebrás e o projeto Para
instaladas. Vò o dirigente da SEI um em 81 milhões de dólares. digm a, que 6 um program a latino*
tipo de fabricação modular, do tipo flexí Porém, diz Rinper, será necessário americano pura o desenvolvimento de
vel, que possa ser reformulada rapida que a indústria brasileira de equipa projetos de chiptt utilizando recursos on
mente para produzir novos ASU 's t.V/>- mentos "comece a se conscientizar da line. *
GAP decola no mercado de consultoria
A GAP-Engenhnria e Instalações, empre mento. conforme explica Palha Neto. cita-se Para 1989, além de solidificar sua atua
sa de consultoria da área de telecomunica o atual papel no mercado de uma empresa de ção no mercado de redes, u GAP pretende
ções e informática, com sede em Belo Hori consultoria, portadora de uma nova mentali também fazer a instalação de equipamentos
zonte, apesar de contar com apenas dois anos dade e dirigida no sentido de ser um prolon de energia, tanto para as operadoras do STH.
completos de vida (foi criada em 1986', teve gamento da capacidade de trabalho da em- quando para as próprias indústrias, vistoque
um impulso relevante nesse período, que presa-cliente, oferecendo-lhe. nesse sentido, projetos para a área de instalação ela já efe
cumpre destacar. Seu faturamento no final instrumentos de ação. tua. Nesse sentido, encontra-se em fase de
do primeiro ano foi de 14 milhões 372 mil cru Os contratos de negócios fechados pela negociação junto à Induco Comércio e Indús
zados. Já em 1987. ela atingiu a ordem de 101 GAP são com as operadoras, basicamente na tria para que esta lhe transfira a instalação
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milhões 109 mil cruzados, e em 1988 o fa área de projetos de redes, como é o caso da dos equipamentos de energia constantes em
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turamento da GAP chegou a 215 milhões 394 Telma, Telpe. Telemig e Telerj. Destaca-se o sua linha de fabricação. “Inicíalmente,
mil cruzados, valores esses calculados sobre último, da Velerj, que segundo Palha Neto é seriam apenas os equipamentos contratados
a OTN de dezembro. A previsão de fatura um contrato de cerca de US$ 1 milhão, “mui em Minas. Futuramente, a missão se esten
mento para o novo ano que se inicia, segundo to importante para o porte de nossa empresa, deria por todo Brasil”, informa Américo
um dos sócios. Américo Palha Neto, é de 718 próximo aos contratos que mantemos com a Palha.
milhões 633 mil cruzados. Os outros dois só Telemig”. Consta de 68 mil homens/hora, Ainda ent re os planos da GAP para o novo
cios da GAP são Guilherme e Galvani Luppi. com duração prevista de um ano e meio, e ano, está o de aproveitar no setor de informá
De acordo com Palha Neto, fatores inter visa a ampliação da rede para permitir a b- tica a oportunidade aberta com as recentes
nos e externos contribuíram com essa posi ação de novos terminais nas cidades de medidas do Minicom que permitem a divisão
tiva “performance” da empresa. Entre os in ámpos, São Pedro de Alcântara, São Gon- de alguns serviços de dados, entre a Kmbra-
ternos. ele cita, além da experiência profis çalo, Arraial do Cabo, Petrópolis, Teresó- tel e as empresas-póio. “Talvez as concessio
sional de cada um dos três. o moderno concei polis, Fnburgo, Três Rios, Nova Iguaçu, Bel- nárias tenham necessidade de recorrer a um
to de administração da GAP, onde as funções ford Roxo e Queimados. planejamento externo a fim de dimensionar
nervosas centrais são exercidas de forma suas reais necessidades na comunicação de
colegiada entre eles, os dirigentes. “As vezes dados”, informa o dirigente.
também sentamos na bancada para elaborar Também na área de desenvolvimento de
alguns projetos, cujo desenvolvimento de equipamentos a empresa revela grande
pende de nossa bagagem”, acrescenta o exe know-how, e o coloca à disposição das indús
cutivo. trias que queiram atuar nesse sentido. “Um
Além disso, um conselho representativo, de nossos sócios, inclusive, o Galvani, foi
eleito entre os empregados, participa da dis diretor de tecnologia da Batik”, revela
cussão de todos os problemas da empresa Américo, que faz questão de acrescentar:
junto aos diretores, aesde admissão e demis — A pretensão da GAP é de caminhar no
são de pessoal, elaboração de propostas em sentido de uma empresa bem estruturada e
concorrência, até retiradas e honorários dos sólida, abrangendo um campo amplo de tra
sócios. Os empregados também recebem uma balho que inclui as telecomunicações e tele
participação dos resultados da empresa. mática. Queremos estar preparados para dar
Entre os fatores externos que acolheram Américo Pulha Neto, um dos dirigentes da respostas rápidas ao cenário-ambiente que
a GAP num ambiente favorável a seu cresci GAP, em entrevista à Revista Telebrasil. estivermos vivendo. ir