Page 18 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1989
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HISTÓRIA DOS INTEGRADOS NO PAÍS militares e que, de acordo com a tese de
utUAUA u t ou
DECADA DE 60 — Entrada das multinacionais Ibrape, subsidiária da Philips (60); Philco (65); Semikron Domício Proença Jr., da Coppe/UFRJ,
(67); e Icotron (69), da Siemens. Na parte de transistores, a Ibrape apenas faz montagem e teste no Brasil. reflete o afastamento castrense das polí’
Na parte de potência (diodos e tiristores), processo físico-químico, também é feito aqui.____________ tica nacional de informática, tal como
DECADA DE 70— Em 72/73 se interessam para montagem e teste no Brasil de transistores, led, displays, vista pela SEI, preferindo a área militar
diodos as multinacionais norte-americanas Rohm, Texas, Fairchilde as japonesas Sanyo (transistores) e adotar mecanismos independentes vi
NEC (transistores e CIs). O ano de 1978 é marcado pela aquisição do ciclo completo de híbridos, da GTE,
pela Multitel. A Politronics surge apenas testando, no Brasil, led, displays e acopladores ópticos, que sando dar suporte à crescente sofistica
aqui c o m e r c i a l i z a . _______________________________________________________ __ ção da indústria bélica nacional.
DECADA DE 80 — Em 82/83 surgem a MC (led, display); a Aegis (ciclo completo de diodos de potência); e O B rasil se situa, razoavelmente
a Heliodinàmica (células solares — exceto projeto). bem, na área de projeto de circuitos de
Em 83/84 é a vez das iniciativas nacionais lideradas pelo CTI da SEI (CIs cerâmicos, projetos de CIs), pela dicados, tal como acontece com o CPqD
Itaucom (todo ciclo do Cl, exceto difusão) e pela ABCXtal (ciclo completo de híbridos e fabricação de da Telebrás. Já o CTI, da SEI, em Cam
fibra óptica). Nasce, a Elebra Microeletrônica (em 88, em processo de fusão com a Itaucom). Nasce, tam
bém, a SID Microeletrônica apresentando o ciclo completo para transistor e Cl lineares e Cl digitais (estes pinas, ultima preparativos para o forne
últimos, sem o domínio do processo físico-químico). cimento público do serviço ae máscaras.
Em 85/86 surgem a Tecnowatt (fotorresistores, varistores, mas sem o processo físico-químico); a Vórtice Fica, portanto, o item da difusão CMOS,
(empresa nacional adquirida pela SID para projeto de CIs); e a Newtronics (chave optoeletrônica — só como o último elo do ciclo do silício que
testa e marca).
falta ser implementado, até 1990. Mas
Em 88, a destacar o processo de fusão Elebra e Itaucom e o surgimento da Alfacom (LCD) e da Autelcom os investimentos necessários, da ordem
(híbridos). O que esperar para 89?
de 100 milhões de dólares e o grau de
risco inerente ao projeto de alta tecnolo
gia, fizeram com que as indústrias sele
incentivos extendidas pela SEI, para cionadas pela SEI ainda não concreti
iniciativas nacionais. zassem passos definitivos visando a con
Em termos rápidos, existem metas secução da letra D, do artigo 3f, da Re
definidas pelo Conin (Conselho Nacio solução n" 23/86 do Conin: “implantar
nal de Inform ática) para se alcançar até 30 de junho de 90, difusão a 2 micra,
uma fundição CMOS (Complementary para 20 mil lãminas/ano”.
MOS)y com tecnologia de 2 micras até Fernando Vieira de Souza, da Tele
1990 e com capacidade produtiva de 20 brás, observa que a falta de uma Silicon
mil waferslano (pastilhas/ano). Por ora, íbundry no País atrasa todo o ciclo do de
apenas a Sid Microeletrônica possui, em senvolvimento de chips para o setor de
Contagem (MG), uma linha de difusão TCs, cujos projetos do dPqD precisam
do tipo bipolar, linear, para componen ser remetidos para o exterior a fim de se
tes de baixo nível de integração que são obter os protótipos físicos para teste. E
empregados principalmente na eletrô incisiva dá sua opinião:
nica de consumo. Das três empresas — O modelo industrial brasileiro,
selecionadas pela SEI para implantar para a área de microeletrônica, precisa
uma indústria completa de microeletrô ser urgentemente revisto para sairmos
nica no País duas têm protocolo de in desta íase marcada não só pela falta de
tenção para unirem suas unidades fa capital e pelo medo de investir devido à
b ris— a Sid e a Elebra Microeletrônica pequenez do mercado interno, mas tam
— ficando independente a terceira, a bém pela miopia de alguns empresários
Itaucom. Por fora, corre a Avibrás, cujo que só querem viver à sombra ao benefí
interesse em microeletrônica é para fins Roberto Spolidoro, Secretário Adjunto da SEI. cio de incentivos.
Empresas
O grupo M athias Machline, um gaú
INSUMO + LOGICIAL PRODUTO cho radicado em São Paulo, teve origem
em 61, com uma empresa de comerciali
zação de periféricos para computadores.
Especificação + Simulador Diagrama de Marcaram a carreira do grupo a conces
de circuito funcional blocos funcional são obtida para distribuir os produtos
japoneses da Sharp, em 69, e a implan
Diagrama de . Simulador Diagrama tação, três anos mais tarde, de unidade
blocos funcional lógico lógico fabril na Zona Franca de Manaus. Em
78, nascia a Sid Informática, em Curi
Diagrama Simuladores Diagrama tiba, e em 84 o grupo adquiria as ins
lógico elétricos elétrico talações fabris da Phibrase, nascendo
assim a Sid M icroeletrônica. Por sua
Diagrama + Parâmetros = Layout vez, as origens da Phibrase remontam
lógico elétricos às instalações que a Philco americana
im plantou no Brasil para encapsular
dispositivos de pequeno sinal e que
Verificador Gerador de
Layout +
de Layout máscara foram adquiridas, em 74, pela RCA e
posteriormente transformada na joint-
venture RCA/Philco. A Sid Microeletrô
Gerador de Parâmetros do Fita de
máscara + processo instrução nica seria complementada, em 85, pela
aquisição da Vértice, uma empresa para
projetos de CIs.
Fita de Processo Pastilha
instrução + físico-químico (Wafer) A única empresa que atua na área in
dustrial de processamento físico-quími
co (tecnologia bipolar a 5 micra), a Sid
Montagem e Produto
Pastilha + Microeletrônica conta hoje com cerca de
teste final
1.200 empregados, possui 23 mil m2 de
instalações em Contagem (MG), situa
das no distrito industrial de Belo Hori
A produção de chips tende a ser cada vez mais automatizada com o emprego de computadores. zonte, e que são munidas de salas lim-