Page 30 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1988
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Seminário em BH
Naja de Paula
A fase de transição porque passa Planejamento da Telebrás, as providên tir de 1988, fosse somente em tecnologia
o atual sistema de comunicações cias visando a digitalização da rede já digital. Centrais de grande porte (ou de
trân sito ) que ainda tivessem capaci
brasileiro — de analógico para começaram desde 1981, através de gru dade de expansão, quando chegasse a
pos de estudos específicos, e que ainda
digital, além da introdução de existem. "Foram necessários quase 5 1990 as expansões deveriam ser con
novos equipamentos, técnicas e anos para que se atingisse a formulação geladas.
serviços — vem estim ulando a de uma política conseqüente para o se Até 1984 se contratou basicamente
troca de informações entre os es tor, que levasse em consideração desde Trópico. Há um percentual aproximado
da ordem de 70%, daquele ano para cá,
pecialistas da área. aspectos industriais até de recursos hu
manos, sem esquecer o Brasil do futuro, de que o to tal de contratações foi de
dando-se especial atenção em identifi CPA-T, equivalendo-se a um total de
O seminário intitulado "Tendências car as necessidades de telecom unica term inais entre quase 2 milhões, infor
Tecnológicas em Telecomunicações”, ções que poderiam estar sendo deman mou Luiz de Mattos.
realizado de 25 a 26 de julho, em Belo dadas após o ano 2000”. Na área de transm issão, os entronca
Horizonte e contribuiu com essa troca. Das diretrizes imediatas que estão mentos entre centrais, também a partir
Promovido pela Sociedade Mineira de sendo cumpridas, vale enfatizar as re de 1990, deverão ser feitos através de
Engenheiros — IETEC, e patrocinado ferentes à comutação, entroncamento, cabos de fibras ópticas, muito mais eco
ela Embratel, Batik Equipamentos e
nômicos e eficazes quanto à qualidade
Ç terurbano. do serviço oferecido que os convencio
linha de assinantes, entroncamento in
élemig. Paralelo ao seminário houve
exposição técnica de produtos. nais cabos metálicos, tornando-se alta
Segundo avaliação dos expositores, o Diretrizes mente competitivos e convenientes em
desafio do Sistema Telebrás (STB) si serçm utilizados na rede urbana.
tua-se, na verdade, no descongestiona No que tange à comutação, o Mini A medida em que se instala um sis
mento da rede telefônica (cerca de 9 mi com levou à emissão de uma norma de tem a óptico, hoje com capacidade, por
lhões de terminais) e de telex (100 mil que a aquisição de novas centrais, a par exemplo, de 480 canais, ele pode sofrer
term inais). A outra rede comutada, expansões de form a rápida, simples
Renpac, ainda é nova e encontra-se em mente através da troca dos equipamen
fase de maturação e expansão. Renato tos term inais — já que a tecnologia de
Guerreiro, à época do seminário chefe aum ento de capacidade está progre
do Dpto. de Gestão de investimentos da dindo rapidam ente. Já foram instala
Telebrás e atual assistente do diretor de dos, até final de 1987, cerca de 800 qui
Coordenação de Operações, assegurou lômetros de cabos e a demanda tem cres
que "a Renpac irá ultrapassar, até 1990, cido explosivam ente, a ponto de haver
a utilização de 7 mil portas”. dificuldades de a indústria fornecera
O momento é de preparação para a quantidade necessária para atender às
implantação futura da RDI (Rede Digi em presas no mercado interno. Dufles
tal Integrada), infra-estrutura técnica enfatizou que ainda existem diversas
de equipam entos digitais necessária dúvidas sobre a tecnologia de lança
para tornar possível o funcionamento m ento destes cabos em termos de se
da RDSJ (Rede Digital de Serviços Inte gurança, por exemplo, no sistema in
grados), suporte que propicia a integra terurbano, e ao lado das rodovias.
ção dos serviços prestados de uma única Quanto à linha de assinantes, a ten
vez (telefonia, telex, fac-símile, dados), dência já verificada é de redução do raio
através de uma só tomada, de onde se médio através da m aior disseminação
faria a conexão dos equipamentos ter de c en tra is de com utação. Até 1995,
minais. 80% das linhas de assinantes nas áreas
Edson Rodrigues Dufles, chefe do de m aior capacidade — com potencial
Dpto. de Planejamento Técnico da Tele- para outros tipos de serviços que não o
mig, explicou que uma RDI não precisa telefônico — deverão ter uma distância
necessariam ente ser telefônica, mas média de 3 quilômetros para se chegar
aqui no B rasil, a RDSI é um a rede até o estabelecim ento do usuário.
evoluída a partir da RDI telefónica. "A Segundo M attos, "esta norma foi
RDSI mais em vista é a de faixa estreita, criada dentro de um objetivo não só eco
obtida através da incorporação de fun nômico, já que a rede custa bastante
ções na rede digital que venha se formar caro, como tam bém olhando em direção
nos próximos anos. Futuramente, par à RDSI, visto que as linhas mais curtas
tiremos para a de banda larga que per tornam -se tecnicam ente mais fáceis e
mite serviços de vídeo e dados a alta de melhor qualidade na transmissão dos
velocidade e que demandarão a utiliza sin ais d ig itais na rede”. No setor de
ção mais intensa de fibras ópticas”. longa d istâ n c ia , prevê-se gradativa
O objetivo do Minicom é que no ano substituição dos sistem as analógicos
2000 dois terços da rede na parte de ter por digitais, da mesma forma que a ex
m inais sejam ern tecnologia digital, e pansão do equipamento com tecnologia
que no ano 2015 já se tenha a rede total digital.
mente digitalizada. A fim de que estas metas se consoli
De acordo com a exposição de Luiz Teste térmico de módulos de equipam entos dem ad eq u ad am en te, atendendo às
Teixeira de Mattos, chefe do Dpto. de (Grupo A B C ). reais necessidades porque foram cria-