Page 27 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1988
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da sociedade brasileira decidir, a longo que a título de gastos para defesa ou ati dores de manutenção e diagnóstico, ên
prazo, que setores serão prioritários, vidades espaciais”, afirmou Fábio Er- fase em especialistas em comunicação e
que relacionamento manterá o País com ber, do MCT. maior participação de "quem faz” na
as multinacionais, que posições seràp — O impacto da microeletrónica cor gestão da produção. Mas não haverá
defendidas nos foros internacionais. "E respondeu ao da máquina a vapor no sé milagres, sem legislação mcentivadora
todo sistema produtivo que está agora culo XIX, ao melhorar todo sistema pro da modernização empresarial para ob
em questão e será preciso optar entre fa dutivo e ao aumentar a riqueza da socie ter maior produtividade a ser transfor
bricar tudo aqui (substituição de impor dade. A biotecnologia, pelo menos nos mada em maiores lucros e maiores salá
tações! ou grupar esforços ao redor do próximos dez anos, terá grande impacto rios.
que sabemos fazer melhor (integração mas não será comparável ao da microe Para o economista francês, a moder
competitiva)”, explicou o economista. letrónica — insinuou David Goodman, nização liberal-dualista se processa em
da London University. Mesmo assim, ilhas, atuando em setores de ponta bem
Tecnologia ela afetará segmentos importantes da definidos, com distribuição seletiva dos
economia, criando nova onda verde do benefícios gerados. Já o enfoque social-
A tecnologia é hoje em dia vista como tada de plantas ultra-resistentes, sem democrático privilegia modernização
fator de impacto sobre o sistema produ uso de herbicidas ou pesticidas, sinteti mais lenta e a instituição de salários di
tivo. Por longos anos este foi assunto zará a insulina, melhorará as fermenta ferenciados, favorecendo a paz interna.
que pouco interessou às elites brasilei ções dos açúcares e permitirá até a fa Finalm ente, a utopia-realista, como
ras e só mais modernamente nasceram bricação de alimentos sintéticos, a par praticada na Suécia e no Japão, a ênfase
órgãos como o 1NP1 (propriedade indus tir de fontes não naturais. é na modernização com trabalho coo
trial), Finep e BNDE e centros tecnoló Novas tecnologias, novas sociolo- perativo.
gicos como o Cepel (energia elétrica), ias. Nos Estados Unidos, a velha linha No caso brasileiro, opina Coriat que o
CPqD (telecomunicações) e CT1 (infor e montagem com divisão do trabalho e parque industrial, conseguido peio es
mática). de tempos e movimentos, como queriam forço da sociedade, está pronto para ab
A visão moderna da industrialização Ford e Taylor, está sendo subtituída por sorção, com sucesso, de novas tecnolo
é ao longo de complexos industriais que fatores organizacionais. No Japão, gas gias se justamente houver política sala
tomam a forma de "espinha de peixe”, tos fantásticos estão sendo efetuados rial razoável para dinamizar uma eco
com uma indústria central e suas subsi com treinamento para fortalecer o tra nomia de mercado. Para José Peludo,
diárias (indústria automobilística) ou balho cooperativo. Está agora muito em que foi da Finep, o negócio é enfatizar as
em "leque” em que uma tecnologia bá moda, junto ao empresariado, a manu atividades de pesquisa e desenvolvi
sica, como eletrônica ou biotecnologia, fatura just-in-t imo, o con-bon (curd or- mento e elevar o nível educacional da
irradia produtos em várias direções. dcr-bnng order notices) o a fabricação população. "A Coréia já investia, há dois
Mas é a presença do Estado, no caso de flexível que são maneiras de melhorura anos, 1 bilhão de dólares em pesquisa e
tecnologia de ponta, fator essencial de eficiência do sistema produtivo. possuía 9 Y/i de coreanos, entre 15 e 19
sucesso, devido aos pesados investimen Benjamin Coriat, da Universidade anos, com curso secundário, contra ape
tos necessários em P&D. "Todo País de de Paris, vê nisto tudo diminuição da nas 30% no Brasil”, lembrou o técnico, v
fende sua indústria de ponta, mesmo mào-de-obra direta, aumento de opera-
A
VOCE PODE CONFIAR NESTAS EMPRESAS
SEICOM ECOTEL RCR EPROTEL
TELEMONT NESIC EMTEL FORTEL
TANDEM TECNOTEL ENGETEL RESET
SIMATEL INTELPLAN ROMATEL BOVIEL-KYOWA
QUEM GARANTE E A ABEPREST
A ABEPREST é uma associação formada por possuem um mínimo de 3 anos de fornecimento
empresas prestadoras de serviços de engenharia ao grupo Telebrás, garantindo assim maior
e instalação de equipamentos de transmissão e qualidade, eficiência e segurança nos serviços
comutação pública. prestados.
Suas associadas, todas com capital nacional,
abeprest
Associação Brasileira de Empresas Prestadoras de Serviços em Telecomunicações
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