Page 35 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1988
P. 35

Furtado












                                                                                                0 ensinamento da história














                  O presidente da T ele R ed es e d ire to r d a A b e -                                                         e n fa tiz o u   o  orador.                                                                                               m ais c a n d e n te : a p e la m o s  para q u e  os responsá­

           cortel,  M auro  V illa r  F u rta d o ,  in ic ia lm e n te   fe z                                                            Para  M au ro   F u rtad o ,  “ o ano d e  1 9 8 7   rep re­                                                    veis re a ja m   às  pressões,  q u e  e v ite m   e  im p e ç a m


           um  histórico  do  d e s e m p e n h o   d a s   e m p re s a s                                                        s e n to u   u m   p erío d o   d e  re c u p e ra ç ã o   e  d e  reto ­                                                m e d id a s  q u e  p ro m ovam   a  p u lverização  do  m e r­

           construtoras  d e  re d e s   te le fô n ic a s ,  d e n tro   da                                                      m a d a   g ra d a tiv a   do  c re s c im e n to ,  e m b o ra   so ­                                                  cad o ,  a  co n co rrên cia  p re d a tó ria ,  o  preço  v il,  a


           evolução da P olítica N acio n al d e  T e le c o m u n ic a ­                                                         fre n d o   as  c o n s e q ü ê n c ia s   dos  g ran d es  atrasos                                                      perda  d e  m ã o -d e -o b ra   q u a lific a d a ,  a  d e c a d ê n ­

           ções, desde a época em  q u e  o setor era  e x p lo ra ­                                                              nos fo rn e c im e n to s  de cabos e m a te ria is  d e rede,                                                          cia das em p resas n a cio n a is d e e n g e n h a ria  d e  re­

           do  por  em presas  e stran g eiras.  S e g u n d o   o  e m ­                                                         fru to   a in d a   da  retração   d e  1 9 8 6 ,  ano  do  Plano                                                       d e  extern a e a d eterio ra ção  d a q u a lid a d e  dos tra ­


            presário,  “ até m eados da  d é c a d a   d e  6 0  as co n ­                                                        C ru za d o ” .                                                                                                          b alh os execu tad o s.

           cessões  eram   d ad as  p e la s   c â m a ra s   d e   v e re a ­
                                                                                                                                          C o n to u   o  p a le s tr a n te   q u e   " o s   D e c re to s                                                       A n tes d e c o n c lu ir a  p ales tra,  M a u ro   F u rtad o

           dores e,  por isso os serviços  m a n tin h a m -s e   d e ­                                                           2 . 3 0 0   e  2 .3 4 8 ,  q u e  reg u lam   as  lic ita ç õ e s   de                                                   falo u   sobre ó  S is te m a   N a c io n a l  d e T e le c o m u n i­

           gradados e d eficitário s” .                                                                                           u m   m odo g eral,  são  in stru m en to s  legais,  justos                                                             cações:  “ N ão  se  pode n eg ar q u e  este é u m  setor


                  —  Acho  que  ch eg o u   o  m o m e n to   —   fris o u                                                        e   necessários,  q u e  p e rm ite m   ao  ad m in istrad o r                                                           q u e  d eu  certo .  E  isso se d eve ao  d is c e rn im e n to ,

            Mauro  Furtado  —   d e   b u s c a rm o s ,  no  e n s in a ­                                                         p ú b lic o  c o n tra ta r obras d e aco rdo com  o cresci­                                                            a  visão   do  fu tu ro   sem   d is to rç õ e s ,  e  ao   p a trio ­

            mento da história,  as d ire trize s   p ara  nossas d e ­                                                             m e n to   da  p la n ta .  S ervem   a in d a  de  valioso  ins­                                                       tism o   dos  h o m en s  q u e   fo rm u la ra m   e  vem   co n ­


            cisões futuras:  as  ta rifa s   dos  serviços  p ú b lic o s                                                         tru m e n to  para  q u e o a d m in is tra d o r sensato não                                                            d u zin d o   a  P o lític a   N a c io n a l  d e  T e le c o m u n ic a ­

            quando contidas a rtific ia lm e n te   por fa to re s  q u e
                                                                                                                                  a c e ite   pressões externas te n ta n d o   in tro d u zir  no                                                         ções.  H á  pouco  m ais d e  1 5   anos  im p o rtávam o s

            não sejam  resultantes  da  p ró p ria  e c o n o m ia   do                                                            m e rc a d o  novas e m p re ite ira s  sem  a m enor q u a li­                                                         quase  tu d o .  H o je  im p o rta m o s m u ito   pouco.  T e­

            mercado acarretam  a d e g rad ação  dos serviços e                                                                    fic a ç ã o  té c n ic a   e c a p a c ita ç ã o  eco n ô m ic a’1 .                                                    m os  a  in d ú stria  n acio n al  d e  T C s e  as  em p resas

            a  perda  substancial  dos  in v e s tim e n to s   já  re a li­


            zados.

                   Mauro Furtado co ntinu ou   le m b ran d o  o p erío­


            do no qual foram   im p la n ta d o s  os tro n co s n a c io ­

            nais  de  TCs  e  a  c ria ç ã o   d a s   e m p re s a s -p ó lo ,

            sendo prom ovida a p a u la tin a  s u b s titu iç ã o  e a m ­


            pliação da  planta  e xisten te.  “ As  ta rifa s   m e lh o ­

            raram e  passaram   a  ser c o n c e d id a s   p elo   M in is ­


            tério das C om unicações,  b asead as  e m   estu d o s

            econômicos.  B uscava-se a s u b s titu iç ã o  e  o c re s ­

            cimento  acelerad o   da  p la n ta ,  a  in tro d u ç ã o   d e


            novos conceitos d e d is trib u iç ã o  d e  red es, a d ifu ­

            são da  rede flexível  e  d a  re d e   s e m i-ríg id a   e ,  ao


            mesmo tem po,  esperava-se q u e  a s  e m p re ite ira s

            que  fossem   s u rg in d o   p u d e s s e m   a c e le r a d a ­

            mente form ar  pessoal  e  c o n s tru ir.”


                   —  M ais um a vez a h istó ria nos e n s in a  —  d is ­


            se mais ad ian te M au ro   F u rtad o  — :  N ão  se  pode

            improvisar m ão -de-o bra q u a lific a d a , su a fo rm a ­

            ção exige um   período  longo,  cerca  d e  trê s  an o s,


            no m ínim o;  não  se  pode  tra b a lh a r  co m   e m p re ­

            sas desequipadas, sem  in s tru m e n ta l, sem  fe rra -

            mental e sem  viaturas a d e q u a d a s ,  e e m   n ú m ero


            insuficiente; não se p o d e d e s c u id a r d a fis c a liz a ­

            ção das obras;  não se  p o d e  p e rm itir o  em p reg o


            de m ateriais e d e p ro c e d im e n to s  fo ra  d e   p ad ro ­

            nização;  não se pode p e rm itir a d e g ra d a ç ã o  dos


             jreços dos serviços n em   dos salário s dos tra b a -

             hadores;  não  se  d eve  e s tim u la r  c o n c o rrê n c ia

            predatória  para  a  o b ten ção   d e  p reço s vis.


                   —  A fin al  d e  c o n ta s   —   c o n tin u o u   o  p a le s ­                                               (E-D )  M auro  v illa r F urtado  (A b e c o rte U ,  Lázaro J.  B rito   (T e le b ra s il),  E dw aldo  S arm ento  (A b e ri-

            trante — ,  o  tra b a lh o   q u e   e x e c u ta m o s   é  p a ra                                                    m esU  e R u i Alvarenga (A b ep rest).


            durar por m ais 2 0  anos; é u m  tra b a lh o  a rte s a n a l

            e realizado em  co n d içõ es d ifíc e is  e  p e rm a n e n te -


            mente exposto a  toda  so rte  d e   agressões  e x te r­                                                                       —   A   p ré -q u a lific a ç ã o   d e   e m p re ite ira s   nas                                              b ra s ile ira s   d e   e n g e n h a ria   d e  re d e ,  to d a s   s u fi­

            nas. Contudo, é um  elo  da c a d e ia  q u e  se p a rtid o                                                            m o d a lid a d e s  d e seleção  a m p la  e restrita para os                                                          c ie n te s   p ara  g a ra n tire m   nosso  c re s c im e n to   e

            interrompe o  trab alh o   dos  poderosos  c o m p u ta ­                                                               an o s  d e   1 9 8 8   e  1 9 8 9   é  outra  in icia tiva  im p o r­                                                  c o m   c a p a c id a d e   e x c e d e n te   p a ra   a s   e x p o rta ­


           dores  das  c e n tra is   C P A s,  dos  m o d ern o s  lasers                                                          ta n te  d a T eleb rás e q u e rep resen ta um   p rim eiro                                                            ç õ e s .”

           das  co m u n icaçõ es  ó p tic a s   e  d o s  s o fis tic a d o s                                                      p asso   p ara  a  d e fin itiv a   c o n s o lid a ç ã o   do  m e r­                                                          —  E  preciso q u e  nos u n a m o s  to d o s,  h o m en s


           sistemas de co m u n icaçõ es  e s p e c ia is .                                                                         c ad o .  P recisa,  co n tu d o ,  ser c o m p le ta d a   u rg en ­                                                   d e   T C s,  e m p re g a d o s   e  d irig e n te s ,  associações


                   "E m   1 9 7 5 ,  as  in ic ia tiv a s  d a  T e le b rá s   re a li­                                            te m e n te  co m  m e d id a s  q u e restab ele çam  os pro­                                                          d e   classe,  e m p re s á rio   da  in ic ia tiv a   p riv a d a ,  no

           zando  o  l.°  S em in ário   d e   R ed es  E xtern as  e   da                                                          c e d im e n to s   d e  a v a lia ç ã o   d e   d e s e m p e n h o   que                                              s e n tid o   d e ,  a tra v é s   d e   u m a   a ç ã o   p o lític a   bem


           Telebrasil,  com   o  3.°  P a in e l,  re a liza d o   e m   Ita ­                                                      la m e n ta v e lm e n te   estão  sendo  d eixado s  à  m a r­                                                         c o o rd e n a d a ,  possam os  d e m o c ra tic a m e n te   nos

           pema,  SC,  prom overam   a  im p la n ta ç ã o   dos  es­                                                               g em   dos  processos  d e  seleção .  Os  arg u m en to s                                                              o p o r a  p rá tic a s  lesivas aos in teresses do seto r.  E

           forço nacional  de redes,  com  os s e g u in te s  o b je ­                                                             d e  q u e  os citad o s d ecreto s restrig em  ou lim ita m                                                             assim   u n id o s vam o s lu ta r  para  fa z e r re to rn a r às


           tivos  principais:  m e lh o ra r  o  c o n tro le   d e   q u a li­                                                     as  exig ên cias  d e  c a p a c ita ç ã o   té c n ic a   e  eco n ô ­                                                  T C s  os  recu rs o s   p or  e la s   g e ra d o s   e  d esviad o s

           dade  dos  m ateriais  d e  red e;  a  n o rm a liza ç ã o   e                                                           m ic a   nos  p ro cesso s  s e le tiv o s   são  v e rd a d e ira ­                                                     para  o u tras áreas,  a lé m  d e  a p o ia r os a tu a is  d iri­


           padronização  das  té c n ic a s   co n stru tivas;  a  fo r­                                                            m e n te   ab su rd o s,  a g rid e m   a  in te lig ê n c ia   do  le ­                                                 g e n te s   nos  s e u s   p le ito s   ju n to   à s   a u to rid a d e s

           mação  de  q uadros  té c n ic o s ;  p ro m o v er  d e n tro                                                           g islad o r e tra ze m  consigo a c e rte za  d a d e g ra d a ­                                                         e c o n ô m ic a s   para  q u e   lib e rte m   nosso  setor,  e fi­


           das em presas-pólo o c re s c im e n to  social dos tra ­                                                                ç ã o  d a   q u a lid a d e .                                                                                           c ie n te  e a u to -s u s te n ta d o ,  d as te n a ze s  q u e  o es­

           balhadores  em   rede  extern a;  e  e s tim u la r  o  d e ­                                                                   —   Para  fin a liz a r —  d isse o  p a le s tra n te  — ,  a                                                    tã o  c o n d u zin d o  ao  c o n g e s tio n a m e n to  e à  estag ­

           senvolvim ento eco nô m ico, a lé m  d a c a p a c ita ç ã o                                                            p re o c u p a ç ã o   m a io r,  p o rq u e  d eco rre  d e   co n sta­                                                  n ação  —  fin a liz o u   M a u ro   F u rta d o .                                                         |


           tecnológica  das co nstrutoras d e   re d e   e x te rn a ”                                                             ta ç ã o  h istó rica q u e  é v e rd a d e  d e fin itiv a , o ap elo
   30   31   32   33   34   35   36   37   38   39   40