Page 32 - Telebrasil - Maio/Junho 1988
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XVIII PAINEL TELEBRASIL
Salvador — Bahia
9 a 12 de abril de 1988
A PEQUENA E MÉDIA
EMPRESA NAS TCs
Lamoglia:
Apoio à pequena e média empresas
tos em seus laboratórios, como também na
O diretor de Assuntos Industriais da
Telebrás, Roberto Lamoglia de Carvalho, Vlll PAINEL TELEBRi aceitação em fábrica.
falou sobre “Apoio à Pequena e Média Em Lamoglia alertou às PMEs para a neces
presas” , nas áreas industrial, de P&De ou ENA E MEDIA EMPRESAS NAS TELECOMUNIC/ sidade de reciclagem de pessoal, em face
tros setores como o econômico, além de fa da atual conjuntura e das perspectivas de
zer recomendações, entre as quais a mo digitação do setor. A evolução tecnológica
dernização e a automatização das em caminha para a compactação, ou seja. a
presas. necessidade de adoção de novas tecnolo
Ele acha que o parque industrial de gias de componentes, novas técnicas de
telecomunicações no País está consoli produção (SM D, film e espesso, etc.); au
dado ainda que “ não da forma que gostarí tomação (CAD/CAM , futuramente), me
amos que fosse” . Lamoglia citou algumas lhorando a qualidade com testes automáti
grandes empresas na área de transmissão cos e redução de custos.
que, de repente, resolveram deixar a área, Segundo o palestrante, a competição
em contraposição as de comutação como (E-D) - Marco Aurélio (Monytel), R. Lamoglia (Tele será d i f í c i l , p o r q u e a crise sócio-
Ericsson, Siemens e Nec. O palestrante brás). M. Hamers (Telebrasil). econômica que o Brasil ora atravessa obri
lembrou também a entrada no mercado gará ao Sistema Telebrás reduzir seus cus
das pequenas indústrias como de forma TCs, de iniciativa das PMEs, com a finali- * tos de implantação e de operação/manu-
bastante ordenada. dade de lhes propiciar o acesso às inova tenção. A qualidade dos produtos é funda
— Durante os últimos dez anos não ti ções tecnológicas. Com essa finalidade, a mental e aconselhou à PMEs que também
vemos outro instrumento, além da Portaria Telebrás destinou em 1988 a quantia de optassem pela conquista de mercadosex
622, que propusesse a consolidação desse Cz$ 124 milhões, correspondendo a 3% ternos.
parque industrial de pequenas e médias de seu orçamento anual. Os 2% restantes A Telebrás atualm ente está incenti
empresas enfatizou Lamoglia. Ele lam serão destinados a universidades e centros vando outras industrias para que venham
bém acha que a Telebrás não deve tratar as de pesquisas. participar do segmento de transmissão.
PMEs de forma paternalista. "Em qual Por ocasião das assinaturas dos contra Lamoglia lamentou que “as grandes in
quer país capitalista a indústria tem que tos para aquisição de equipamentos/ma dústrias têm mama de querer fazer de A a
correr seu próprio risco. Se não der certo, teriais de TCs, as PMEs receberão 20% de /, istoé, desde o parafuso até a placa mais
da mesma maneira que apareceu, desa sinal. Quanto à homologação (Sauf), as complexa, quando poderiam fomentarás
parece . empresas do Sistema Telebrás, inteira- PMEs para atendê-las nos produtos de me
O conferencista, auxiliado por trans mente voltadas à capacitação tecnológica nor complexidade.
paréncias, mostrou o apoio que o Sistema nacional, apoiam as pequenas e médias O diretor de Assuntos Industriais da
Telebrás deu e vem dando as PMEs. Eleci empresas no desenvolvimento dos produ Telebrás informou que o CPqD já desenvol
tou a Portaria 0 5 3 , de 3 de março de veu ou está desenvolvendo 4 circuitos inte
1988, onde em seus vários itens se m grados dedicados, que vão baratear subs-
cluem outras áreas como pesquisa e de tancialm ente os custos do nosso aparelho
senvolvimento, nas quais se destacam: um telefônico.
mínimo de 5% do orçamento da Telebrás E para finalizar disse Lamoglia: “Acon-
em P&D deve ser destinado ao apoio a pro quista do mercado externo é um trabalho
jetos de iniciativa de universidades, de en
tidadesde pesquisa, ou de pequenase mé- político. Conquistar o mercado externo não
é querer vender lá na Suécia, na Itália ou
diasempresas nacionaisde TCs, estas últi na Alemanha. A América Latina é um mer
mas tendo a prioridade de participação nos cado muito grande, porém não temos con
projetos realizados pelas empresas opera dições de oferecer — como aconteceu no
doras do Sistema Telebrás.
Segundo Lam oglia, os objetivos do Equador, quando uma indústria japonesa
ofereceu 15 anos para pagar com 15 de
apoio da Telebrás às PMEs são os seguin carência — prazos muito longos para paga
tes: estímulo à competição; inicialmente mento. Porém, não podemos perder o mer
produtos sim ples; hoje produtos com cado latino-americano como um todo, por
maior grau de complexidade, como cen Parte da Platéia ouvindo atentam ente os conferen
cistas. falta de uma política dinâmica e coerente.
trais de pequeno porte; estímulo à horizon-
tizaçáo das grandes indústrias, diversifi
cando subfornecedores para as empresas PME X GRANDES EMPRESAS
do Sistema Telebrás; estímulo à evolução
tecnológica, dando impulso à busca de no Item PMEs GRANDES
vas técnicas; melhor qualidade dos produ
tos; e redução dos custos. 84 5 86 84 8 5 86
Para o conferencista, o que caracteriza Distribuição p/ Fornecedores % 71,9 72.5 78,1 28,1 27.5 2 1 9
a pequena e média empresas é ter um pa Faturamento Total O/ 10,4 10.5 10,5 89,6 89.5 89.5
/o'O
trimômo líquido de 8 0 0 .0 0 0 OTNs e um Faturamento c / Telebrás 19,7 82,0 75,0 80,3
faturamento líquido de 1 .4 0 0 .0 0 0 OTNs. % 18,0 25,0
Outro objetivo do Sistema Telebrás é fo Programa PMEs Cz$ 10l) 5,89 7,45 13,6*
mentar as atividades de P&D na área de * Previsão-, Cz$. base março 8 8 UNIDAtf
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