Page 37 - Telebrasil - Maio/Junho 1988
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incentivou a abrir uma empresa — afir
mou José Motta, que juntamente com
Jorge Ramos, partiriam para criar a
Mira.
Logo de saída, a organização adotou o
MS DOS monousuário, multitarefa
como base para seu software de redes.
Passado um ano e meio de desenvolvi
mento, a empresa lançaria a versão NT-
DOS ficando de posse de todo um ferra-
mental de engenharia de software que
passou a utilizar para criar, agora com
mais rapidez, módulos específicos para
impressão, correio eletrônico e para o
Mira-Fone. É a Mira quem fornece, sob
contrato, software de redes, para empre
sas como Amplus, Eden, Saga e NCT.
Voltando ao Cepel, o coordenador do
projeto de sistemas distribuídos, Anto-
nio Bogado, deixou o centro e iria para a
Elebra trabalhar na área de controle de
E-D) Cilineu P. Nunes e Mana Cristina Azevedo, sócios e diretores da Amplus. processos. Três outros pesquisadores:
Maria Cristina M. de Azevedo, Jones
Garcia e Inabe Cruz de Souza, fun
na e brotando daí placas padrão Ether que como originador de toda uma gera dariam, em 83, a Cetus que contou, na
net. a 10 Mibt/s, CSMA.CD, apropria ção de especialistas em redes locais. ocasião, com o apoio como sócio capi
das para ligar computadores da Elebra — No Cepel fazíamos nossos próprios talista de G ilberto Job, ex-dono da
I tipo VAX ) e dar suporte aos padrões "de sistemas, desde 70, tanto a nível de Coencisa (hoje Moddata). A situação
fato’ da General Motors, M A P V.21 hardware quanto o de soílware, princi acionária da Cetus se alteraria, em 85,
Manufacturing Automation Protocol) e palmente para aquisição de dados para com a entrada de Max de Oliveira Jr.,
da Boeing, TOP V. 10 ( Technical and Of redes de energia. Vimos a Microlab, de passando a sócio no lugar de Job e final
fice Protocol), sancionados pelo IEEE Didier Vianna (irmão de Paulo Didier mente com a SPA, unja empresa de soft
norte-americano. da C BV), produzir e vender sistemas de ware nacional (Open Access II), adqui
O Cepel, centro de pesquisa e desen aquisição de dados que havíamos desen rindo o controle da empresa. Como fato
volvimento para o setor de engenharia volvidos para Furnas e o Cepel faturar adicional, demonstrando a grande mo
elétrica, sediado no Rio, merece desta- os royalties correspondentes. Isto nos bilidade do mercado, Maria Cristina e
Márcio D. de Souza se aliariam ao grupo
ACEL (empilhadeiras Amase) de ven-
ture-capital para fundar a Amplus, es
Evolução da tecnologia pecializada em produtos para redes lo
cais.
A tecnologia de redes locais foi vista A tecnologia de redes evoluiu com o
iniciaimente como um mecanismo de in- advento dos computadores pessoais (PC). Empresas
terconexáo entre elementos computacio Estes, dotados de comandos poderosos, fi
nais formando uma única organização. zeram com que o servidor clássico de Win A Amplus tinha, em 87, mais de 100
Em torno da década de 70 surgiria o con chester compartilhado, passasse a ser clientes com rede instalada, dentre os
ceito de Sistema Operacional de rede, com substituído pelo próprio PC ou seja a esta quais, Petrobrás, Fininvest, Ford, Pro
base no que acontece num micro traba ção de trabalho passou a ser um serv idor
lhando isoladamente. Como se sabe, não-dedicado. Enquanto isto, do lado dos ceda, Microtec. Por ocasião da Feira da
neste caso, o programa de aplicação não sistemas operacionais, a introdução de es Sucesu em S. Paulo a Amplus instalou
opera diretamente os circuitos eletrôni truturas como o MS DOS versáo 3.1 (IBM/ uma rede de mais de 100 nós, num total
cos da máquina. Antes, ele passa por duas Microsoft) criou padrões de acesso múlti de 2000 m de cabo coaxial, conectada a
camadas intermediárias de estruturas ló plo à rede de dados. Finalmente, como úl diversos ambientes informáticos, desde
gicas, respectivamente, Son (Sistema timo fator o lançamento do IBM/PC Net main-frames IBM e Unysis até redes
Operacional Nativo) e Bios (Basic ínput/ Work (IBM/Citec) viabilizou o mercado do com protocolos X.25 (Renpac) e X.28. A
output system) ou sistema básico de en servidor não-dedicado Importante neste placa da Amplus tem como base o chip
trada e saída. contexto, é o fato de que a rede local pas
No caso da operação em rede, o micro, sou a se identificar com o modelo OSI, com Intel 82588 além de software homolo
que passa a ser chamado de estação de os níveis 5, 6 e 7, respectivamente repre gado na SEI como classe A ' tecnologia
trabalho, possui uma camada lógica adi sentados pelo NetBios, redirecionador e própria). Sua rede é compatível com o
cional denominada Redirecionador de processo servidor. sistema Unix, o que resolve de maneira
Entrada e Saida (RedBios) cuja finali A introdução do modelo OSI permite à pioneira, segundo Cilineu Nunes, o
dade è decidir se o programa de aplicação rede local acomodar arquiteturas de for "dilema supermini versus rede local".
requer funções do próprio micro ou de ou necedores distintos abrindo caminho Característica da Amplinet, que é o
tro elemento da rede. O ingresso de infor para todo o tipo de software multiusuário, nome comercial da rede Amplus, é o fato
mação na rede de interconexáo se dá atra além de propiciar coisas como correio ele de que qualquer estação de trabalho
vés de um Sistema de E/S da rede ou Net- trônico, processamento de texto e banco
Bios (Net de network ou rede) que vai as de dados. A rede local passou então a ser pode ou não fazer papel de servidor.
sociado a um hardware de comunicação vista, modernamente, como um conjunto Já a Itautec oferece produtos para
correspondente. A aplicação pode por constituído de um cerne multitarefa, sis micros de 8 e 16 bits, com placas digitais
exemplo necessitar de acesso a um arqui tema operacional natural, redirecionador para o PC Itautec 1-700. Sua rede opera
vo, via NetBios. O servidor de arquivo de rede (transparente), servidores de ar a 2,5 Mbit/s, CSMA CA, em distâncias
nada mais será do que um disco ou outro quivo e de impressão além do Bios da Re de até 1000 m e implementa os très pri
tipo de memória, dotado de hardware e de e do subsistema de transporte da infor meiros níveis OSI por intermédio de
soílware adequados, que será interligado mação (níveis de 1 a 3 do modelo OSI). hardware. O sistema Operacional para
à rede.
PCs é o Sim DOS e Multi DOS e existem t
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