Page 36 - Telebrasil - Maio/Junho 1988

Rede local: mercado em expansão

João Carlos P. da Fonseca

O assunto de Rede Locais todo dia das operadoras de telecomunicações, a tam-se: Tapestry (Brasoft), NetWare

introdução de centrais C P A T s — em re­ (N o ve ll), Orchid, M SN et (Microsoft).
tem uma novidade. A medida que
alidade computadores extremamente Triplus.

cresce a base instalada de micros sofisticados operando on-line — levou — Uma rede local para ser bem suce­

o mercado de redes se amplia. O inevitavelmente aos conceitos de PABX dida requer boa administração com se­

assunto já foi tratado na Revista voz/dados e de Rede Digital de Serviços nhas, direitos de acesso e autorizações

Integrados — RDSI, um pináculo a ser para com partilham ento de recursos
Telebrasil, MJJ 87, no artigo 'Re­
atingido em termos de distribuição de bem definidos. E preciso localizar fa­
de Locais: A união faz a força”. informações. lhas, liberar recursos e monitorar coli­
Aqui focalizamos outros aspectos, O mercado brasileiro de redes locais sões — afirm a o diretor comercial da

não abordados no artigo anterior. deverá movimentar neste ano cerca de Amplus, Cilineu J. P. Nunes, acrescen­

36 milhões de dólares. Lutando para tando que "n ovos desenvolvimentos

abocanhar fatias deste total incluem-se
A época do computador trabalhando empresas de hardware e software (com ocorrem , a nível internacional, para

baratear e melhorar a eficiência de re­
sozinho acaoou. Máquinas tro­

cando informações revelaram-se ex­ ou sem desenvolvimento próprio) sem de. Dentre eles: discos Winchester mais

celente negócio ao se conectarem termi­ falar da parcela devido ao contrabando

nais mais ou menos inteligentes a um ilegal de produtos para redes locais,

computador central. Em tal configura­ que, segundo Ivan Ribeiro, diretor da

ção os recursos da máquina podem ser Prisma, deve oscilar em torno de 30%. No Mundo as instalações de rede local

atribuídos ciclicamente aos diversos Na prática, a integração de um PC cresceram de 54 m il em 84 para 220 mil.

terminais (time-sharing)\ ou então exe­ (computador pessoal), antes isolado, a Nos E l A. ao final de 86, eram cerca do 10

milhões de PCs, dos quais 10 estavam co­
cutar tarefas que serão vistas como si­ uma rede local exige software e hard­
nectados em rede. Espera-se que ate o fi­
multâneas pelo usuário í mui ti tarefa); ware adicionais. Este último se materi­
nal da década o total de PC's chegue n 30
ou ainda atender a vários usuários si­ aliza sob forma de uma placa com chips m ilhões. com 23% deste total operando

multaneamente (multi usuário). que é conectada ao barramento do mi­ em rede. Em presas como N ovell. IBM,

Outra alternativa foi a do estabeleci­ cro, além do software correspondente 3Com, Ungerm an-Pass foram responsá­

mento de "uma estrada comum” á qual que pode vir armazenado em disquetes veis por este boom. () netware da Novell,

se conecta uma série de dispositivos. (vide box). Dentre as redes mais conhe­ empresa surgida em 83, dotem 88% do

Esta é a configuração de Rede Local, na cidas no exterior destacam-se; IB M P ( ' mercado am ericano, com faturamento,

qual PCs, periféricos e unidades espe­ Network (Topologia barra, CSMA-C1), em 87. de 200 milhões de dólares. No Bra­

sil a t 'etus possui acordo de absorção de
cializadas (ou servidores) trocam fa­ 2Mhit/s, coaxial, Netbios o processador
tecnologia com a C'étus americana.
vores, democraticamente, sob comando na placa suportando até nível 4 OS1);

de um software adequado. Finalmente, Token RingCanel em estrela, par tran­

a nível mais abrangente, formando re­ çado, Netbios em disco, processador em

des de diversos tamanhos e tipos, os placa); A T& T Starlnn (1 Mbit/s, par rápido (floa tin g coils), memórias cache

computadores podem ser ligados por in­ trançado); Arcnet (estrela distribuída, 2 R A M , servid o res de impressão com

termédio de canais de comunicação. Por Mibt/s, passagem de mando). Do ponto m ais in teligên cia (administraçãode

outro lado, e visualizando o problema de vista de software para redes locais ci­ filas), sistemas operacionais mais mo­

dernos (a versão 3.3 do MS DOS permite

gerenciar até 85 em vez de 32 Mbytes).

estações satélites sem disco (diskless

PCs), servidores de comunicação para

adm in istrar interligação de redes lo­

cais, via modems, conveniência de di­

versos sistemas operacionais naturais

na mesma rede.

B r a s il

No Brasil diversas empresas se dedi­

cam ao florescente mercado de redes lo­

cais. E o caso da Amplus, CetusúSPA

Itautec, Scopus (em regime de OEM com

Am plus), Prism a, PCL, NCT, Telsist.

S a ga , E d en . A M ira e a Microbase

(Telist) ocupam lugar à parte, como em­

presas nacionais dedicadas ao desenvol­

vim ento de software para redes.

Na origem de muitas destas empn

sas encontram -se técnicos que resol­

veram se tornar empresários. Foi o ca-1

de F. Bastos e F. J . de Oliveira (PUC \v

que desde 80 operavam com comunica­

ções de dados e 5 anos depois criaram-

Eden. Mais tarde eles se associariam
Urde Local Saga por ocasião da 2: Fenasofl
CBV, do industrial Paulo D id ie r Viam