Page 34 - Telebrasil - Maio/Junho 1988

XVIII PAINEL TELEBRASIL
Salvador — Bahia
9 a 12 de abril de 1988
A PEQUENA E MEDIA
EMPRESA NAS TCs
L “
(E -D ) O sw aldo M artins (Cook E lectric), Roberto Pinheiro (Editei), Mareio Lacerda
(R atik), patrocinadores do XVIII Patriot
Depois das palestras da manha do dia
1 1 /0 4 /8 8 , no auditório do Hotel 4 Rodas,
em Salvador, BA, seguiram se, como de
costume nos eventos Telebrasil, os deba­
tes entre representantes das diversas em
presas ali presentes e os palestrantes.
Francisco de Paula (B a tik)
maiores esclarecimentos sobre a proposi
ção de apoio aos produtos preferenciais.
Marco Aurélio (M onytel)
duto p re fe re n c ia l é criar um m ercado
ativo, onde as pequenas e médias em pre­
sas possam se desenvolver de uma forma
mais significativa e uma das maneiras de
se criar esse mercado é escolhendo alguns
produtos. Por exemplo, pequenas centrais
abaixo de 3 0 0 ou 6 0 0 term inais. Seria
criar determ inado segmento de mercado,
dando preferência às PMEs, daí a denomi
nação preferencial, mas jam ais acom pa­
nhado de reserva de mercado.
Telebrasil — O Sistema Telebrás deve in­
tervir em tudo para a pequena e média em
presas, ou, por exem plo, estas deveriam
procurar firm as de consultoria de planeja
mento estratégico para treinar seu próprio
pessoal?
W alter Schause (S chause S .A .) — Quando
eu digo plano estratégico, na verdade es­
tou definindo a linha de produtos. 0 pe­
queno empresário na sua prim eira fase se
atém m uito ao produto, depois vem a tec­
nologia e a qualidade. A fase seguinte é a
de vendas e de m arketing, além da aloca­
ção de recursos de m ão-de-obra. Quanto à
empresa de consultoria, a Schause contra­
tou uma e estamos indo m uito bem.
J.C. Fonseca 0 Sistem a Telebrás pre­
tende fazer algum a coisa no sentido de d i­
nam izara idéia de divulgar um plano estra­
tégico para as PMEs?
Lamoglia (Telebrás)
DEBATE I
- « - o H A S I L
PMEs é estratégico e elas sabem disso.
Elas sabem perfeitam ente as datas e as
formas de como vamos fazer as aquisições.
0 próprio Dr. Alm ir falou hoje que para
atender as empresas são necessárias US$
2 bilhões e 2 0 0 milhões e não apenas US$
Gostaria de 1 bilhão e 9 0 0 milhões que nos foram alo­
cados pela Seplan.
Márcio Lacerda (A becortel)
A idéia do pro­ está nos devendo há algum tempo um Se­
minário para que possamos debater, com
maior profundidade, a questão das PMEs
na área de prestação de serviços de rede
telefônica. Nós tivemos a oportunidade de
assistir, em B rasília, a hom enagem de
mais de 70 empresas de TCs à Telebrás, na
pessoa do Dr. Almir. Eu pergunto ao Lamo-
glia com ele vè a possibilidade de estender
apoio financeiro às empresas prestadoras
de serviços, aí incluindo as áreas de trans­
missão e comutação, nos mesmos moldes
vem sendo feito para a área industrial?
L am o g lia D evíam o s e s te n d e r esse
apoio. Se fizerm os cum prir os 2 5 % que
existem para transmissão e com utação e
criarmos uma regra mais específica para
as empresas do setor de serviços de rede
externa, podem os atender até vocês da
Abecortel. Mas quem deve decidir isso é a
diretoria da Telebrás.
Octávio Jardim (M o d d a ta ) — Nós temos
dificuldades de obtenção de programação
de empresas como Em bratel, Telerj, etc.
Não seria possível termos essa programa­
ção, como no caso de modems, logo no iní­
cio do ano?
Lamoglia — É possível. No início do ano,
liberamos verba substancial para a compra
de modems às PMEs. Agora, a Em bratel,
por exemplo, não é uma empresa de com ­
prar m uito às PMEs, até mesmo por causa
O cronograma das de suas próprias características.
(Acim a E-D) M u rillo
Alves (S ul Am erica),
O ctávio Jardim
(M oddata); (abaixo)
Bandeira M aia (Zetax).
M urillo Alves (S u l A m érica) — Existem no
Brasil algum as industrias que eu chamaria
de “ indústrias Peter Pan” . São aquelas
que se recusam a crescer e, por isso, se di­
videm em pequenas e médias empresas.
Como tam bém poderiamos tirar vantagem
disso, sendo a Sul América Teleinforma
tica uma empresa que não é considerada
A Telebrasil pequena, nem média e nem tão grande?
Lam oglia Não gostaríamos que a Sul
Am érica se tornasse também “Peter Pan"
e começasse a criar um monte de empresi-
nhas. Quando as empresas começam a se
diversificar m uito, pode ser até falta de
com petência. Lembro que existem empre­
sas pequenas e médias que são ligadas a
grupos fabulosos. Por exemplo: uma in­
dústria que seja ligada ao City Bank. Ela
pode ser até pequena, porque o capital
m ajoritário não está com o City Bank.
Bandeira M aia (Z e ta x)— Se um grupo fa­
turar m ais de 11 milhões de dólaresecom­
pete no mercado com produtos da área das
PMEs, seria tratado como tal?
Lam oglia — Esta proposta encontra-se no
M inistério das Comunicações, mas ainda
não é uma decisão.
Bandeira M aia — Dentro do programadas
P M E s, para este ano, existem produtos
como centrais CPA de pequeno porte No
entanto, grandes empresas fabricam esse
mesmo produto. Como é tratada pela Tele­
brás a concorrência ou licitação para esse
tipo de equipam ento?
L a m o g lia — Nós é que determinamos
quais são ou não são as empresas dope
queno e m édio portes. São “ batizadas
como tais e todas são chamadas através de
licitação. Mas são as empresas que dizem
se deve se tra ta r de CPAs de pequeno
porte, ou não. (J .P .), f