Page 15 - Telebrasil - Maio/Junho 1987
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haver grandeza de escala econômica. abertos — a que devem ser acrescenta sica entre os sinais de controle e da co
— Ainda que o conceito genérico das normas específicas para cada si nexão.
RDS1 seja aceito, os novos serviços, as tuação. O que pretendemos fazer corn a
especificações, as interfaces inter-redes, Como destacou Gagliardi, a RDSl en RDSl é um sistema aberto, vulgari
os protocolos de sinalização CCITT n." 7, volve aspectos de serviços, arquiteturas zando a comunicação digital. O proble
ainda necessitam ser melhor especifica de rede, sinalização e protocolos, equi ma metodológico é o de como tratar a
dos — constatou J. Pato, do CCE. Em pamentos terminais e para transmissão chamada e a conexão, podendo até esta
termos técnicos, ele explicou que o aces e multiplexação, que precisam ser tecni belecer caminhos distintos para uma
so RDS1 será a 144 kbit/s (residencial) e camente definidos por consenso entre mesma chamada resumiu Jean Louis
2 Mbit/s (não residencial) e haverá com- operadoras, indústrias e provedores de Dauphin, da CE PT.
patibilidade entre terminais ligados a serviço. Em seguida, ele explicou que
esses acessos ou via PABX. A tarifação basicamente existem dois tipos de Nor Race
não será baseada no conceito de distân mas Européias: a EN cuja aplicação, a
cia, mas sim de transporte e de valor nível nacional, depende da decisão dos O programa avançado de P&D da Co
adicionado. respectivos governos; e a NET, que é ob munidade Européia, chama-se Race.
Em 1993, 5% dos terminais europeus tida através de ampla consulta aos 16 Criado em 1984 deverá se estender até
deverão ser RDS1, com 80% dos usuários pa í ses- mei n b ros, s u fie i e n te men te ge ra 1 1997, e conta com recursos da ordem de
podendo exercer, geograficamente, tal para abrigar as principais variantes in 80 mil homens/ano para investigar mo
opção. Os serviços inicial mente em dustriais A NET é de uso compulsório. delos, tecnologias e viabilidade econô
vista são: os de comunicação comutada A única Norma Européia de Telecomu mica da Rede Integrada de Faixa Larga
(transparente) a 64 kbit/s; telefonia de nicações (NET) existente aplica-se a (RIF), que foi escolhida como vetor dina
3,1 kHz, fac-símile (Grupo IV), teletex, área de terminais o que inclui telefone mizador da pesquisa.
também a 64 kbit/s; facilidades comple digital; modem analógico; fax do grupo () programa e vasto e inclui áreas
mentares, além de adaptadores (X.21), III; teletex e adaptadores RDSl. como micro o optoeletrónica, comutação
(X.25) e para acesso análogo-digital. Trata-se de imenso esforço de pa de banda larga, componentes ópticos
Numa fase subseqüente (88-93) serão dronização, iniciado em 80, e que en passivos, tecnologia para term inais,
acrescentados: serviços no Canal I); volvi* cerca do 800 pessoas, em diversos sothvare. codificação de imagens. Um
vários serviços a 64 kbit/s (telefonia a 7 níveis, representando quase 1.600 reu dos cenários do futuro será chegar ao
kHz,audioconferência, vídeo-texto alfa- niões por ano ressaltou o represen usuário em fibra monomodo, explicou
geométrico, transmissão de imagens o tante do CE PT. Spyros Konidaris, do CCE, o que dará
de dados), além de adaptadores (X.21 Já o Brasil, através da Secretaria de capacidade de informação da ordem de
bis) e (V.24). Num estágio posterior, Assuntos Internacionais do Minicom, 100 Gigabit/s, permitindo distribuição
será a vez de serviços baseados em paco participa ativamente dos organismos de televisão, videofonia e videocon
tes (teletex, vídeo-texto, mensagens internacionais do CCITT/CCIR tendo ferência. A transm issão m ulticanal
X.400, tele-açáo); e baseado em 64 kbit s criado internamento uma estrutura ho será enviada a um acoplador estrela e
(audiografia, videotexto a 1 fafotografico mologa conhecida como CBTTseCBRs. daí via fibra monomodo, a um transcep-
e viewphone). A tele-açáo engloba tele Assim, o ( BTT-l refere-se a serviços de tor sintonizável. "Mas a chave para este
metria, telecomando e sensoriamento comunicações, o CBTT-II comutação, o futuro será o de sua viabilização econó
remoto. CBTT-l8 redes digitais e assim por mica”, disse ele.
"Nos próximos dois anos, por ocasião diante. Além disso, existem o Inmetro, a A propósito, comentou a Delegação
das experiências-piloto na maioria dos ABNT e as especificações próprias do Européia que o elevado custo de desen
países da CE PT, já se poderá contar com sistema Telebrás. volvimento de um novo sistema de co
serviços intra-europeus de telefonia, Afirmando que o conceito RDSl está mutação digital, principalm ente na
teletex e fac-símile”, prognosticou Ga- saindo dos laboratórios para enfrentar a área de software, circunscreverá, até o
gliardi. vida real, disse Roger Gourves da CCE, final do século, os fornecedores a cerca
que a RDSl passou a ser uma escolha de de meia dúzia, o que ensejou comen
Padrões alternativas nos campos econômico, téc tário, vivaz, do lado brasileiro, referin
nico e estratégico referentes a serviços e do-se ao nascente sucesso da Tecnologia
Tornou-se evidente, na reunião, que a aspectos de rede. Segundo ele, é pre Trópico — quem serão, então, os outros
a definição de padrões e de especifica ciso definir coisas tais como princípios cinco?
ções, se já era considerada fator impor de funcionamento, modelos de referên Os fornecedores mundiais para sis
tante no ambiente analógico das teleco cia, topologia, roteamento e sinalização. tema de comutação digital, como se
municações, passa a ser essencial no A respeito desta ultima, ele explicou sabe, são relativam ente poucos, po
ambiente RDSl. Em termos rápidos, na que o CE PT adotará, por ora, a TUP dendo ser citados AT&T (ESS5), Alcatel
base da padronização RDS1 citam-se: as (incluindo sinalização usuário-a-usuário (E10), Ericsson (AXE), Fujitsu (Fetex),
recomendações do CCITT (conhecidas e identificação de quem chama) e depois Italtel GTE (Proteo), Northern Electric
como livro vermelho), o modelo OSI que a ISUP (digital) decidindo, até 89, se (DMSk NEC (Neax), Siemens (EWS),
trata de interconexáo dos sistemas ocorrerá ou não separação funcional e fí- emergindo agora a indústria brasileira
Armando Garcia Arthur Ituassu Lm/ Pellutb l 7/ristum Carrie
(Argent mu) (Brasil) I Uruguai) (MCE)