Page 16 - Telebrasil - Maio/Junho 1987
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com o Trópico. Citando C. Garric, "é ne para este serviço, com cobertura do tipo peso (hand held), para uso móvel, a real
cessário deter um mínimo de 8% do mer celular, a ter início comercial em 1991, limitação ainda é o consumo de energia
cado mundial para amortizar custos de esperando alcançar, em 1995, densida cuja solução ele a vê baseada no tripé-
desenvolvimento de ordem de 1 milhão des entre 2 a 40 estações móveis/100 ha microeletrônica, digitalização e proces
de dólares”. Tal conjuntura poderia ex bitantes. O serviço móvel se estenderá a samento de sinais.
plicar, de certa maneira, alianças ocor estradas, trens e aeronaves (em coo Argentina e Uruguai ainda que "es
ridas na Europa, como as da AT&T com peração com o Inmarsat) e para a aplica tudando o assunto” não têm planos fir
a Philips (fora dos EUA); a aquisição ção já conhecida de busca e chamada. mes para serviços móveis. Quanto ao
das empresas da ITT (SESA, CIT, BTM, O sistema celular permite acomodar Brasil, Mário Marsiaj da Telebrás expli
SEL, FACE) pela CGE Alcatel; a asso uma ou mais estações-base numa cou que, atualmente, só o Distrito Fe- i
ciação da Bull/Honneywell com a NEC; mesma área de serviço, transferir cha deral possui 160 terminais móveis (ori- j
o consórcio Ericsson/Matra adquirindo a madas (muito importante) e reutilizar a ginados em 1972), mas frente às pres- I
CGT; a empresa mista Olivetti-Canon; mesma rádio-freqüência em mais de sões de demanda foi decidido implantar I
ou a cooperação Siemens e Philips para uma estação-base ou mensagem. Do até 89, a parte fixa da telefonia móvel J
o Megachip. ponto de vista técnico, o sistem a destinada à dar suporte até 20 mil usuá-1
A propósito, afirmando o ponto de Pan-Europeu investiga o acesso em téc rios em São Paulo, 10 mil no Rio de Ja-1
vista brasileiro, assim se expressou o nicas FDMA (acesso multifreqüência) e neiro e 2 mil em Brasília. Baseado nos
Primeiro-Secretário, Mesquita de Si TDMA (multitemporal). Enquanto que padrões americanos AMPS, o sistema 1
queira, da Divisão de Transporte e Co o FDMA facultará um canal por rádio operará na faixa 800-900 MHz, será do 1
municação do Itamaraty: a RDSI é, sem portadora, o TDMA permitirá 10 a 63 tipo celular, com até 800 canais por *
dúvida, baseada em estratégias políti canais, nas versões faixa estreita ou fai célula, cada canal suportando de 30 até '
cas. Neste contexto, o Brasil objetiva de xa larga. A codificação de voz será do 40 usuários, não simultâneos. Em para
senvolver sua própria tecnologia e for tipo de predição linear. lelo, iniciará o CPqD um programa de
talecer a empresa brasileira, ainda que Quanto aos tele-serviços móveis, pre comunicações móveis digitais.
não negue a cooperação internacional. vê-se os de telefonia digital, emergên
cia, caixa postal, difusão e transmissão Conclusão
Serviço Móvel de mensagens, dados, vídeo-texto, fac-
símile II e III e teletex, canal de pacotes Ao final da Reunião firmaram as
O serviço móvel digital que deverá a 9600bp/s, além de serviços de alarme, Delegações documento identificando
operar junto aos ambientes RDI e RDSI, diversão, uso de cartões de crédito. So como áreas de possíveis cooperação:
na Europa, dá origem a um modelo com bre o satélite para uso móvel — explicou estudos estratégicos, padronização e
interfaces a serem definidas entre: B. Mallinder, da British Telecom — que metodologias para gerenciamento de
usuário, terminal móvel, estação-base, existem experiências, em caminhões projetos, com a recomendação de que se j
nó de comutação e rede digital. A admi com o Terminal C do Inm arsat, aprofunde, previamente, o nível de in
nistração da CEPT reservou as faixas de operando por jatos de informação. formações intercambiadas entre as par- i
freqüência de 905/915 e 950/960 MHz Quanto ao uso de terminais de pequeno tes. v
I n d ú s t r i a s d a R i o t e c s e p r e p a r a m p a r a R D S I
A Riotec, que impulsiona o pólo tec Jacarepaguá, alumínio e fundição de Dentre o leque de possibilidades aber
nológico do Rio de Janeiro, criou grupo de Santa Cruz e de biotecnologia do Fundão. tas à atuação da Riotec, vê seu presidente
trabalho destinado a capacitar a indús Só no pólo de Tecnologia 1 prevê-se 1.200 o de sensibilizar as autoridades esta
tria para atender os segmentos do Sis terminais, com 600 LPs, representando duais, do Minicom e da Telebrás, no sen
tema Telebrás, no tocante à Rede Digital investimentos da ordem de 3 milhões de tido de estabelecer no Rio, um campus
de Serviços Integrados-RDSI. Segundo dólares, a serem providos, segundo Ru avançado de P&D voltado para a área de
Flávio Grynszpan, presidente da Riotec, bim, com 800f de participação da Riotec. software "uma das vocações naturais do
a idéia é enfatizar a especialização tec uióm do autofmanciumento dos usuários. ambiente carioca". Além das universida
nológica de Recursos Humanos, que irão, Outro lado da questão do pólo tecnoló des e das empresas de eletrónica filiadas
posteriormente, para o meio industrial gico foi abordado por Grynszpan ao for* à Riot ec, que inclui indústrias do porte de
formando núcleos interessados em RDSI. mulur que "o Grande Rio se caracteriza uma Sesa, Modatta, Microlab, ABC
Doze empresas que participaram de pola existência de poderosa estrutura Teleinformática, Conpart, trariam re
Seminário sobre o estado da arte RDSI no universitária, onde dentre outras citam- forço ao ambiente tecnológico do campus
Brasil, apresentado por especialistas do se a UFRJ. UERJ, UFF. 1ME, PUC, entidades como os laboratórios da Teleij,
CPqD, constituirão o núcleo inicial da Ri (lama Filho, o que lhe dá condições, sem Copei e NCE.
otec que absorvorá treinamento inten dúvida, de ser um centro de P&I), em di Segundo Grynszpan, existe a idéia de
sivo paru seus engenheiros o técnicos em versas áreas de ponta, incluindo teleco reservar uma área de 20 mil mJ, em Ja
eletrónica c telecomunicações. Além municações’*. carepaguá, só para esta finalidade.
disto, está previsto para setembro « reali A Riotec tem como acionistas 74 em
zação de seminário internacional sobre presas de alta tecnologia nas áreas de
RDSI, com u presença gurantida da N'IT TCs, Informática, Mecânica e Instru
(Japão) e da EI D (Portugal), a que se se mentação e conta com o apoio de José Pel
guirá, em dezembro, visita técnica aos la lúcio Ferreira e Victorio Cabral, respecti
boratórios de desenvolvimento desses vamente Secretários de Estado da Cien
países. A EID firpiou convênio com a Rio cia & Tecnologia e da Indústria & Comér
tec para o desenvolvimento coordenado, cio do RJ. Um dos que expressou gostar
Brasil-Portugal, de interface intercam- da idéia é o engenheiro Karl Walter, vice-
presidente de tecnologia da Standar
biável para RDSI.
A propósito da Riotec, o presidente da Eletrônica S/A, para quem o software e
Cetel, Amaury da Costa Rubim, garante hoje um dos elementos mais importam
que não faltarão comunicações para os Mnquete do Pólo Rio de Tecnologia, hoje. em qualquer sistema de telecomunica
pólos de tecnologia, confecções e vídeo de tornando-se realidade. ções. (JCF)
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