Page 12 - Telebrasil - Maio/Junho 1986
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País e pelo Fundo Monetário Interna
A TV Executiva da Embratel trans cional (FMI). fatizou Sayad — espelha principal
mente o endividamento a que o Estado
mitiu para os auditórios da empre
sa em 11 cidades brasileiras as pales Na avaliação de Funaro, nos próxi se obriga para converter em cruzados os
tras e os debates dos Ministros Dílson mos três a cinco anos, o Brasil vai ex repetidos saldos comerciais com o ex
Funaro, da Fazenda; João Sayad, do perimentar um novo importante perío terior, necessários ao pagamento dos
Planejamento; e Almir Pazzianotto, do do de desenvolvimento,, com uma nova juros da dívida externa.
Trabalho, aproveitando o seminário mentalidade, "em que será respeitada a A uma pergunta sobre a privatização
"Brasil em Exame”, promovido por uma cidadania do brasileiro”. das estatais, Sayad comentou que
revista paulista no auditório "Petrônio Mais adiante, ele garantiu que, no US$ 70 milhões da dívida brasileira
Portela”, do Senado. Durante três ho momento, não se observa nenhuma pertencem às cinco grandes holdings do
ras, eles responderam às perguntas de pressão inflacionária significativa na Governo — Telebrás, Petrobrás, Eletro-
dezenas de empresários, especialmente economia, comprovando o sucesso do brás, Siderbrás e Embraer —, o que
do Rio, São Paulo, Minas Gerais, Porto programa de estabilização. E advertiu: torna mais complicada a transferência
Alegre e Brasília. — Em vez de ficar batendo na porta dessas empresas para o setor privado.
Os empresários presentes ao audi do CIP, pedindo descongelamento de — O que o Governo vai fazer é vender
tório "Petrônio Portela” divergiram so preços ou reposição em termos seme ações dessas empresas e de suas conces
bre o programa de estabilização. En lhantes aos da inflação passada, os em sionárias, democratizando seu capital,
quanto o presidente da Associação dos presários devem adotar pianos de mo como foi feito com a Petrobrás, mas
Exportadores Brasileiros, Laerte Setú dernização de suas empresas, conquis mantendo consigo as decisões políticas
bal, advertia que o programa poderá ter tando maior eficiência e menor custo de todas elas.
efeito recéssivo a médio prazo, o presi para seus produtos. O Ministro do Planejamento acen
dente da Federação do Comércio de São tuou que os investimentos públicos
Paulo, Abram Szajman, afirmou o con Déficit público darão prioridade a programas de cunho
trário: "as empresas como as da área social, como os de irrigação, recupera
têxtil, por exemplo, confiam de tal O déficit previsto no orçamento geral ção de estradas, saúde e educação. Disse
forma no programa que estão reali da União, depois da conversão para a também que o Governo dará ênfase à
zando investimentos para obtenção de nova moeda, é de Cz$ 160 bilhões, dos modernização dos setores de adminis
retomo somente em dois anos e meio”. quais a metade refere-se ao pagamento tração pública e colocará em prática a
da dívida pública. A revelação foi do Mi política de acabar com a situação de mi
Modernizar indústria nistro João Sayad no seminário "Brasil séria que atinge a 40# da população do
em Exame”, promovido pela Editora País. 'V
O Ministro Dílson Funaro afirmou Abril. Segundo o Ministro do Planeja
que a maioria dos problemas nacionais mento, o déficit público no Brasil é uma Descontentamento
está sendo resolvido com o crescimento decorrência do ajuste externo da econo
econômico e não com a recessão, que era mia, que se deu muito rapidamente. Por sua vez, o Ministro do Trabalho,
preconizada pelos bancos credores do — O déficit público brasileiro — en- Almir Pazzianotto, disse que o plano de’ |
estabilização econômica inclui mudan- ;
ças nas relações trabalhistas, com á i
criação de comissões nas empresas para ^
arbitrar pendências entre empregados
empregadores. Pazzianotto defendeu a
necessidade de mudança na leÉPWj||’ |
alegando que hoje a sorte do trabalh . a
dor está inteiramente entregue n I
mãos do empregador.
Em Porto Alegre, o diretor da r £ |
deração das Indústrias do Estado do f
Grande do Sul (Fiergs) e presidente aa
Ughini S. A., Alécio Ughini, apóspart
cipar do debate "Brasil em Exame ,
Embratel pela TV Executiva, fez
protesto: . .. uá
Inquanto os empresários es
jses sofrendo os ônus daá m
ote econômico”, os Ministro
i falando apenas em estute P^.
Ministro Dílson Funaro no telão da TV Executiva da Embratel, no Rio
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