Page 41 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1984

General José Antomo de Alencastro c Silva, presidente da Telebrás "Um dos objetivos maiores das telecomunicações e

alcançara universalização dos serviços”

(Arthur Holcombe. 1893) e do monopólio análogas, desejarem facilidades digitais, (Western Eletric), hoje A T & T T e c h n o lo ­

e do serviço universal (Théodore VaiI, uma reconversão cujos vultuosos investi g ie s, perdeu seu monopólio Entre 75 e

1934). mentos só o monopólio justificaria” . 83, os Estados Unidos importaram 3% a

Legalmente, a Comissão Federal de Após dizer que a política de redes esta 11 % de equipamentos de TCs, o que levou
mais ligada à política regional, e pouco a o Governo e o Congresso a se preocuparem
Comunicação pode retornar as TCs para o

regime de monopolio, apesar do desregra aspectos tecnológicos, o conferencista de­ com o fechamento de certos mercados na­

mento da AT&T, mas o fato é que hoje finiu seus terminais como mais um eletro­ cionais à importação dos equipamentos

existe uma competição regulamentada. doméstico, oriundo hoje de diversas fontes americanos. E a seguir veio uma observa­

e não necessariamente da industria de ção sobre o Brasil:
Segundo o conferencista, o aspecto mais

•mportante da questão não é técnico ou TCs. Nao existe também uma clara defini — a política protecionista brasileira,

econômico e sim político e pode ser resu- çâo do que seja a interface entre terminal e não apenas para os equipamentos de TCs,

m'do na simples frase “ quem e que paga, o rede “ e o que hoje e definido arbitraria­ mas para todo o conjunto de produtos e

que?” . mente pela tradição, amanhá será objeto serviços de comunicações, não passou de­

Assim, apesar de estudos técnicos ou de discussão política entre os diversos sapercebida nos Estados Unidos.

econômicos, o universo das TCs como um membros da c o m p u n ic a ç ã o ". “ O Senado Americano está estudando

todo é determinado pela ótica das partes Para o cientista de Harwàrd, as TCs nos legislação para dar autoridade ao Execu­

mteressadas sobre custos e sobre quem Estados Unidos são em regime de mercado tivo, a fim de negociar uma maior abertura

Paga a conta. “ Em realidade o desregra­ na área de terminais em regime parcial de para o comércio mundial de equipamentos

mento da AT&T foi causado pela influência mercado (todavia mais aparente do que de TCs, através de negociações multi e

P0,|tica dos grandes usuários, que pu- real) da rede. mas a concorrência em qual­ bilaterais e poderá se não for bem suce

oeram ver economias de milhões de dóla- quer lugar das áreas é muito grande. dido retaliar com tarifas de ate 35% nas

res' se o monopólio do sistema Bell (com importações americanas — algo possível,

eus subsídios cruzados entre tarifas in Comércio externo mas não provável” , segundo o conferen­

erurbanas e locais) pudesse ser substitui cista. Ele também revelou que “ as pres­

0 pela economia de mercado” explicou A parte final da palestra de Anthony sões causadoras de mudanças na política

d. | ttmger. afirmando ainda que “ o pên- Oettinger foi dedicada aos reflexos que o de informação nos Estados Unidos estão

desregramento da AT&T trouxe para o co­ agindo para tornar o mercado de equipa­
Bim w llVre mercado poderá voltar ao re mentos e o fluxo de serviços internacionais

e do monopólio nacional, quando pe- mércio externo dos Estados Unidos. Com

M enos usuários, hoje usando facilidades esse desregramento, seu braço industrial mais abertos” . ir