Page 36 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1984

C O N C IN

CONGRESSO NACIONAL DE
COMUNICAÇÃO li INFORMAÇÃO

dos por intelectuais, que são os que deci­ * «

dem que idéias devem ou não ser transmi­

tidas. E o que se tem visto, no campo in­

telectual, e um intenso e persistente es­

forço. em mais de dois séculos de vigência

de Revolução Industrial, ao retorno, com

vestes modernas, à ordem concreta da so­

ciedade primitiva, na qual todos se conhe­

ciam e serviam à determinados fins co­

muns".

Ainda, segundo o orador, “ é esse re­

torno que apagará os vestígios institucio

nais de uma sociedade aberta e abstrata,

na qual cada um usa seu esforço e conhe­

cimento na busca de seus proprios objeti

vos, o que deu origem e sustentou o pro

gresso acelerado da era industrial”

E quanto ao futuro da Sociedade da

Informação? Maksoud adverte contra os

perigos da concretização dos sonhos socia­

listas dos “ intelectuais” :

— Não se pode menosprezar a trágica

possibilidade de que os intelectuais per

sistam, por mais algum tempo, usando a Embaixadora Dianna Dougan: " Temos otimismo de fronteira"

nova tecnologia, pedindo a concretização

de seus sonhos socialistas, pedindo um

Estado mais poderoso, clamando por mais do caráter americano sao a liberdade de gias e ás oportunidades do futuro, e tem

governo, mais ação coletivista e menos li expressão, o otimismo de fronteira, a des­ raizes no pioneirismo da colonização dos

berdade pessoal. confiança inata de um governo centraliza Estados Unidos a nova fronteira agora e

dor e a fe na iniciativa privada. a da tecnologia” . A desconfiança de um

Diana Dougan Nos Estados Unidos a liberdade de ex governo centralizador também tem as

pressão nasceu com Thomas Jefferson e mesmas origens pioneiras e a fe na empre

A embaixadora Diana Lady Dougan, suplantou obstáculos como permitir a pu sa privada decorre do fato de que esta foi a

coordenadora da política internacional de blicaçao de material pornográfico, de do­ criadora do progresso e do bem estar ma

comunicação e informação do Governo Re cumentos sensíveis de governo e preservou terial dos Estados Unidos.

agan, formada em administração de em o direito do autor quanto ao sigilo de suas Referindo se as telecomunicações, dis­

presas pela Universidade de Harward. uma fontes. se a embaixadora de Reagan que estas

charmosa americana de Salt Lake City Quanto a mentalidade de fronteira, re foram influenciadas pelas ja citadascarac

(Utah), foi direto ao assunto: flete hoje, segundo Diana Dougan, “ o oti terísticas do povo americano e que so

— As quatro facetas mais importantes mismo americano frente as novas tecnolo­ mente em 1934 (Communications Act) o

governo interferiu, concedendo monopolio

às iniciativas privadas existentes (Telefo­

nia e Telegrafia), mas fixando-lhes objeti­

vos sociais de “ estabelecer um sistema na

cional e internacional rapidoe eficiente de

comunicações” Mostrou a seguir que ha

via então a necessidade do monopolio para

garantir o investimento em regiões populo­

sas que financiariam as comunicações em

locais de baixa densidade populaciona'

criando se assim a filosofia de subsídios

cruzados da AT&T

O Congresso estabeleceu um órgão

coordenador dessa política, a Comissão

Federal de Comunicação FCC. mas não

outorgou monopolio das comunicações ao

governo, visto a confiança que deposita na

competência inovadora do setor privado. A

FCC não é um ministério e as tarifas sâore-

guladas por comissões estaduais. “0obje­

tivo final disse Diana Dougan eom-

teresse publico, sua conveniência eneces

sidade de comunicações” .

Tais premissas explicam o recente des­

Empresário Olavo Setúbal. "A maioria ainda não chegou a informática" regramento da AT&T, iniciado na década