Page 42 - Telebrasil - Março/Abril 1984
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nente, teste do componente na placa de participar da concorrência de centrais monstrará quanto custa desenvolver um
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circuito impresso e teste do componente CPA para Belo Horizonte, cidade que. se equipamento comutador”.
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dentro do magazine. gundo a Portaria 215 do Ministério das Posição no mercado
Em seguida, são realizados os testes Comunicações, que dividiu o mercado
de pré instalação A Ericsson tem hoje para as centrais CPA do tipo temporal Graças à sua grande capacidade de
duas plantas de pré-instalação, permi entre a Ericsson (São Paulo). NEC (Rio de desenvolvimento de produtos, tanto
tindo que duas centrais AXE-10 e 12 mil Janeiro) e Equitel (Curitiba), é objeto de para telefonia pública como privada, a
terminais cada uma sejam testadas si licitação, e não de divisão de mercado. Ericsson detém hoje importantes fatias
multaneamente. Depois de concluídos do mercado brasileiro de TCs. No setor
os testes de pré-instalação, o que leva em O Projeto Trópico, do Centro de Pes de mesas telefônicas, a empresa tem 90
média dois meses, a central é desmon quisa e Desenvolvimento (CPqD), da por cento do mercado de PBX, para co
tada e levada até o local de instalação. Lá Telebrás, que prevê a colocação no mer municações internas, e 45 por cento do
é feito o teste final, com a central já inte cado de uma família de equipamentos de mercado de PABX,
grada à rede telefônica. comutação telefônica do tipo CPA-T, Além disso, a Ericsson possui 50 por
Além das 13 centrais AXE* 10 já entre tem despertado o interesse da Ericsson cento do mercado de centrais públicas e,
gues, a Ericsson tem mais 14 desses equi Para José Frederico Falcão, “a experiên na telefonia privada. 15 por cento do
pamentos já contratados, o que elevará cia é inteiramente válida, pois proporcio mercado de KS e 35 por cento do mer
para 300 mil o número de terminais CPA nará ao país aumentar o corpo de enge cado de aparelhos telefônicos.
em São Paulo. As centrais entrarão pro nheiros experientes em desenvolvi José Frederico Falcão frisou que a
gressivamente em operação até o início mento*'. Portaria 203. do Minicom, que pratica
de 1986. "Compreendendo a importância do mente reseivou o mercado de aparelhos
Com a tecnologia das centrais AXE- Projeto Trópico para o Brasil, a Ericsson, a disco e teclado para um único fabri
10 totalmente dominada — segundo o em várias oportunidades, se propôs a cante até setembro deste ano. não che
diretor comercial, os engenheiros da colaborar em seu desenvolvimento. No gou a criar maiores problemas para a em
Ericsson são hoje capazes de desenvolver contrato de transferência de tecnologia presa.
tanto o hardware quanto o software— a AXE foi previsto, inclusive, uma cláusula "A Ericsson tem se saido relativa
empresa parte agora em busca de novos permitindo ceder parte de sua tecnologia mente bem apesar da Portaria 203; ven
mercados internos. José Frederico Fal para uso no Trópico. caso o CPqD assim o demos de 300 a 400 mil aparelhos por
cão revelou que a Ericsson entrou numa desejasse. Outro fator muito positivo no ano e estamos com toda uma linha de
concorrência para a fabricação de uma Projeto Trópico será o estabelecimento produtos pronta para lançar no mer
central CPA de trânsito internacional da de um referencial de custo: os níveis de cado", afirmou.
Embratel para São Paulo, em fevereiro preços praticados no Brasil sáo frequen As dificuldades enfrentadas pelo se
último. Além disso, a empresa pretende temente julgados altos e o Trópico de* tor das TCs. em conseqüência da crise
S é r g i o A l b e r t o :
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“ Acreditamos no liitun do 1 * V- IVM % Cl 1 i » t f da crise
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A Ericsson do Brasil tem como pre investiram na nacionalização de seus
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sidente e membro do seu Conselho de produtos, entre outros itens impor
Administração o jovem empresário tantes. Apesar disto, temos obser
Sérgio Alberto Monteiro de Carvalho. vado. a cada ano, diminuírem os in
Além da Diretoria da Ericsson, Sérgio vestimentos governamentais para a
Alberto, carioca de 39 anos. com cur área de telecomunicações. E o que é
so de Engenharia Mecânica pela Te mais giavc: o desaquecimento da in
chnische H ochschula M ü n ch en - dústria, nas atuais circunstâncias, le
Alemanha, ocupa cargos de diretoria vará o setor a uma situação de fragili
em diversas empresas das quais parti dade. que tornará a possibilidade da
cipa o Grupo Monteiro Aranha, onde retomada do ritmo normal das ativi
ele também é vice-presidente e mem dades tarefa das mais difíceis e
bro do Conselho de Administração. onerosas".
Na opinião do presidente da Erics Apesar do atual quadro. Sérgio Al
son do Brasil "1983 representou um berto acredita no futuro do setor:
ano dos mais difíceis para o setor, "Quando, em i 979. nacionalizamos o
tanto para o mercado público quanto capital da Ericsson do Brasil, através
para o privado. Para 1984 da holding Matei, formada pelo Grupo
tivas não são de uma grande inversão Monteiro Aranha e Bradesco Seguros,
de tendências. Considerando a poten autoridades governamentais, nos in acreditávamos, como continuamos
cialidade do mercado de telecomuni vestimentos destinados ao setor. acreditando, no futuro das telecomu
cações, acreditamos no início de uma "Para dotar o Brasil de um moderno e nicações Como prova desta con
recuperação” . eficiente sistema de telecomunica fiança. o Grupo Monteiro Aranha con
Segundo Sérgio Alberto Monteiro ções, as indústrias, e este também foi tinuou adquirindo, a partir de 1980,
de Carvalho, para que se dê a partida o caso da Ericsson do Brasil, aumen ações da Ericsson do Brasil, aumen
no processo de recuperação, torna-se taram seu potencial de absorção de tando. assim, consideravelmente, sua
necessário urna revisão, por parte das novas tecnologias, se modernizaram. participaçao acionaria na empresa .
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