Page 41 - Telebrasil - Março/Abril 1984
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1979, que surgiu a oportunidade real de Mas, já a partir dessa primeira central, desenvolvimento e para a difusão dos
a Ericsson iniciar, objetivam ente, a o aumento do índice de nacionalização seus circuitos específicos .
transferência de tecnologia. tornou-se prioritário. A política adotada “ No Brasil, teremos, seguratnente,
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O programa de reciclagem dos recur foi a de dar maior importância aos itens que dominar no futuro a 1ase de desen
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sos humanos para a tecnologia AXE-10 de maior participaçao no preço do equi volvimento de circuitos integrados e hí
representou um papel decisivo no pro pamento, tendo os índices de nacionali bridos e contratar a difusão e encapsula
jeto. í rês anos antes da definição da polí zação para os primeiros quatro anos de mento nas empresas que aqui se capaci
tica das CPA's no Brasil, um grupo pio fabricação sido estabelecidos em acordo tarem para as telecomunicações. Não há
neiro foi enviado ao Centro Internacional com a Telebrás. interesse, na atual conjuntura, de mudar
de Treinamento da LM . Ericsson, em Es Segundo José Frederico Falcão, é im os objetivos comerciais da empresa,
tocolmo, e depois do treinamento formal portante também destacar o atuai con- transformando-o em fornecedora de
seus integrantes permaneceram no Cen ceito de nacionaltzaçao de um equipa componentes. Portanto, para o abasteci
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tro na Suécia como professores assisten mento. Anteriormente, nacionalização mento de componentes standârd iremos
tes. Além do grupo pioneiro, um núcleo significava produzir no pais uma peça ou continuar a comprar nas empresas do
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especializado em instalação e teste e uma componente idêntico ao importado. Ho ;etor .
equipe de engenheiros projetistas tam je se pratica uma política de nacionaliza O diretor comercial adianta que o ín
bém seguiram para o exterior para um ção adaptativa, onde o objetivo é obter dice de nacionalização sempre esteve
estágio de treinamento. uma peça ou componente substituto da acima do estabelecido pela Telebrás.
Durante o primeiro ano de fabricação,
esse índice era de 37 por cento e já no ter
ceiro ano subia para 80 por cento, en
quanto que a meta estabelecida era de 73
por cento. Hoje, o índice alcança 85 por
cento, já havendo diversos componentes
totalmente nacionalizados: superestru
tura, estrutura e elementos de acaba
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mento, equipamentos de força, mim-
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relés, cartões de circuito impresso versão
analógica (os de versão digital serão na
cionalizados ainda este ano), parte dos
magazines onde são colocadas as placas
de circuitos impressos e três tipos de
periféricos — impressora, teleimpressora
e unidade de vídeo.
As centrais que serão entregues a par
tir deste ano já terão nacionalizadas a
unidade de fita magnética, onde são re
gistrados os pulsos, entre outros dados.
Mas, segundo José :rederico Falcão,
uma das etapas mais problemáticas no
processo de nacionalização é a dos com
ponentes eletrônicos, principalmente
dos circuitos integrados, que dependem
Já em 1976, a Ericsson estava pre mesma confiabilidade e dimensões com da implantação da política nacional de
parada para ministrar, em seu Centro de patíveis. Para isso, torna-se necessária a microeletrônica.
Treinamento em Santo Amaro, os pri pesquisa de matérias-primas e processos “ Nosso maior interesse — afirma —
meiros cursos de AXE-10, com material adequados à escala de produção e às con está em acompanhar continuamente o
didático produzido localmente. Nesse dições de desenvolvimento de subforne- desenvolvimento dos fornecedores locais
primeiro ano, 52 alunos receberam trei cedores locais. para substituir as importações. Isto tam
namento para cursos básicos da AXE-10, "A Ericsson tem por filosofia adquirir bém é tarefa a que nos habituamos desde
número que hoje já se eleva a mais de no mercado os componentes padroniza que implantamos nossas fábricas no Bra
2.500 pessoas, entre clientes e pessoal da dos. Assim, mesmo na tecnologia con sil: a nacionalização dos insumos”.
Ericsson. vencional, todo componente não especí Existem instaladas na cidade de São
A implantação da metodologia de fico é adquirido de sub ornecedores. Es Paulo 13 centrais AXE-10, com um total
treinamento prático em A X E-10 exigiu se princípio é cambém adotado na micro- de 110.406 terminais. Extremamente
investimentos de aproximadamente USS eletrônica. Os circuitos monolíticos e hí versáteis, essas centrais oferecem uma
1 milhão para a instalação de uma central bridos de uso geral podem ser adquiridos série de facilidades aos assinantes, como
de treinamento e sala com múltiplos con em condições mais favoráveis das em atendimento simultâneo, linha direta,
soles de operador. No final de 1980, foi presas que os produzem em larga escala. bloqueador DDD/DD1, consulta e con-
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inaugurada a central de treinamento Não temos interesse nessa área, a não ser ferencia, discagem abreviada, nao per
prático, por onde já passaram dezenas de nos equiparmos convencionalmente turbe, que bloqueia o recebimento de
operadores da Ericsson e clientes. para qualificar os processos e executar o chamadas, e transferência automática de
Apesar de toda a fase preparatória controle de qualidade nos lotes adqui chamadas para outro número.
para a introdução da tecnologia CPA no ridos”. O índice de qualidade das AXE-10 é
Brasil, a primeira central AXE-10 a entrar Como explica, “os circuitos dedicados considerado ótimo em relação ao padrão
em operação na área da Telesp, na Esta (customized) são hoje a sol ução para a estabelecido. Para tanto, cada compo
ção de Vila Mariana, em 12 de abril de competição em preço e dimensão dos nente da central passa por três rigorosos
1982, tinha um índice de nacionalização equipamentos. No exterior, o grupo testes antes de sua montagem nos basti
ainda bastante reduzido. Ericsson se equipou para executar seu dores: teste de confiabilidade do compo-è
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