Page 38 - Telebrasil - Março/Abril 1984

mento à meta governamental de criar “ somente o desenvolvimento tecnoló­ “ O ano de 1984 tem dupla importân­

uma indústria de TCs com tecnologia gico e cultura! pode aliviar as incompre­ cia para a Ericsson, pois além dos 60 anos

própria e controlada por acionistas bra­ ensões sobre o papel do capital estran­ de Brasil, nosso Centro de Treinamento

sileiros, a L.M. Ericsson transferiu 51 por geiro e as suspeitas das joint ventures. O comemora seu 25.° aniversário e é mo­

cento do capital votante da Ericsson do radicalismo impulsionado pela imaturi­ tivo de grande orgulho para nós: não há

Brasil para a Matei S.A.. holding formada dade e pouco conhecimento dos negó­ hoje no Brasil nenhuma empresa de tele­

pelos grupos Monteiro Aranha S.A. e cios termina naturalmente sendo substi­ comunicações, fabricante ou operadora,

Bradesco Seguros S.A. Esta participação tuído pela racionalidade, pelo conheci­ que não tenha em seus quadros pessoal

foi aumentada em 1980, através da aqui­ mento das relações culturais e comer­ formado pelo Centro de Treinamento da

sição de ações preferenciais da Ericsson ciais, enfim, pela vivência’’. Ericsson” , afirma José Frederico Falcão

pela Matei e pelo grupo Monteiro Atualmente com 5.500 empregados, Nesses 25 anos, o centro já treinou

Aranha. a Ericsson tem sua administração central 22.500 engenheiros e técnicos, número

A nacionalização não afastou, entre­ em São Paulo, no Centro Ericsson, e filiais que corresponde a um total de 3 milhões

tanto, o interesse da L.M. Ericsson na ex­ em São Paulo, Campinas. Rio de Janeiro, de alunos/hora, 50 por cento dos quais

pansão da empresa no Brasil. Segundo Belo Horizonte. Porto Alegre, Recife, constituído por pessoal próprio e o res­

José Frederico Falcão, “ o sócio estran­ Fortaleza. Brasília, Salvador e Curitiba. O tante por clientes. Apenas nos progra­

geiro tem o máximo interesse no pro­ capital social da empresa é hoje de CrS mas de tecnologia AXE-10 foram treina­

gresso e nõs bons resultados da em­ 18.162.144.000.00. dos, até dezembro do ano passado, 260

presa” . mil alunos/hora, entre pessoa! próprto e

“ Para atingir esse objetivo, há a coo­ O papel do treinamento clientes, proporcionando uma economia

peração plena e a transferência de tec­ de L'SS 12,5 milhões de divisas para o

nologia se processa tranquilamente. A Detentora do maior parque industrial país.

L.M. Ericsson está consciente de que o especializado em telecomunicações na A tecnologia eletromecânica foi a res­

fortalecimento da Ericsson do Brasil do América Latina e com instalações que so­ ponsável pelo primeiro programa de trei­

ponto de vista comercial e tecnológico dá mam 163 mil metros quadrados de área namento especializado em telefonia no

maior potencial ao grupo no mercado total construída em terrenos que se ele­ Centro de Treinamento, que hoje minis-

mundial e abre perspectivas de projetos vam a 842 mil metros quadrados, a Erics­ tra cursos desde eletricidade básica até

conjuntos e complementação de produ­ son se orgulha hoje de ser a única indús­ os mais sofisticados como criação de soft­

tos. O que se procura evitar é desenvol­ tria brasileira a produzir CPAs. ware para centrais CPA, Com capaci­

ver produtos já existentes. Procuramos Mas para chegar à fabricação das cen­ dade para atender até 700 alunos simul­

na Ericsson coordenar o desenvolvi­ trais AXE-10, hoje já com um índice de taneamente, o centro tem um quadro

mento de produtos com a L.M Ericsson nacionalização de mais de 80 por cento, a permanente de 59 pessoas. Além disso,

para cobrir faixas ou aplicações não dis­ Ericsson investiu não só em recursos, profissionais da empresa são periódica

poníveis nos mercados em que a Ericsson mas também em treinamento. E foi jus­ mente deslocados para dar cursos.

do Brasil atua sozinha ou em associação tamente por saber a importância do trei­ As atividades do Centro de Treina­

com a L.M. Ericsson**. namento para o desenvolvimento de pro­ mento não se limitam, entretanto, aos

O desenvolvimento do país também dutos e para a expansão dos negócios cursos locais. Em cooperação com o Cen­

desperta as atenções da L.M. Ericsson, e que a Ericsson criou, em 1959, seu pró­ tro Internacional de Treinamento da

não apenas o tecnológico, mas também o prio Centro de Treinamento, hoje ins­ L.M. Ericsson, em Estocolmo, instrutores

econômico e o cultural. talado no bairro de Santo Amaro, São brasileiros fazem estágios naquela ci­

Como explica o diretor comercial, Paulo, dade. como professores assistentes, em$

Máquinas a controle numérico para fiação automática.

Complexo Industrial de Eugênio de Melo.

Nos programas de tecnologia CAP/AXE foram treina­

dos, até dezembro de 83, 260.000 alunos/hora, entre

pessoal próprio e clientes.

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