Page 34 - Telebrasil - Março/Abril 1984
P. 34
e c o n o m i a
soai), ou diminuir os encargos financei Orçamento Simplificado das Estatais para 84
ros (como?),
D — paralisar o investimento, o que (trilhões de Cr$)
significa que as obras em andamento não
irão gerar a receita esperada. A diminui Fontes Aplicações
ção drástica dos "outros custeios” e dos 61.30 Investimentos
investimentos afetaria grandemente a Recursos próprios ...................................................... ....................... .................... 12.3
Despesas Correntes ....... ...................... . 40,80 Amortizações ........................... ¦ ¦ ¦ ¦ . . . - , , t u 5,3
empresa privada aqui instalada gerando
10.47 S ÍÍ ¦ 1 ¦ « i fc ¦ ¦ a ¦ ¦ m ¦ » .**¦!¦- 1 l* ..........17( 60
mais desemprego. O mesmo acontece P 0 LJ p 3 5 ru t â ¦ ................................ »¦ ................
com a redução drástica dos salários que Encargos Financeiros . ........................ 8.10
diminui o poder de compra. Poupança Liquida ........................... 2.37
15.23
© — recorrer ao crédito interno — 0 h B 1 « ¦ » * í ¦ 1 r 4 , t i » ^ í ¦ * • 1 ¦ « 1 • § 1 > t • • r • I ! 1 » « S W ¦
^ ^
Ijl CJ 1^5
para 84 estes serão 2,26 trilhões, ibem 17 60
abaixo do total necessário.
Recursos Disponíveis:
® — injetar recursos do Tesouro, Poupança Líquida ................................ 2,37
que deverá buscá-los através de maior Tesouro ........................................................................ 6.04
tributação, empréstimo público (que Empréstimo Interno ............................................... 2,31
terá de ser devolvido) ou geração de Empréstimo Externo ............................................... 12,67
moeda (que é inflacionário). Para 84 es 23.39
tão previstos 6 trilhões de cruzeiros do
Tesouro. ^ ^ â' ^6 ^ S 1 ¦* i » •* # 4 4 R i- + ¦ b - É » ¦ * * • i ¦¦ » a . g '• t | 1 f t ¦ I 4- ¦ ? ¦ * * 11 i, 1 1 k 4 I v m m 4 1| , > a ¦ I 4.29» Variações ............. .. 1,49
© — recorrer ao crédito externo, ou 19 10 19.10
seja, pedir recursos emprestados, au
mentando os encargos assumidos, para
tgar a própria dívida. O orç.miftntO da >erá coberto pelo somatário de poupança ti ilh õ e s d e \ ec ur so s e 1 5 . 2 3 trilh õ e s di
84 prevê CrS 11,79 trilhões do operações pioprwt líquida (2,37 trilhões de cruzei necessidades a cobrir é compensado do
de crédito externo, dos quais 9,7 trilhõe*. ros). dos ro< ur sos do FosoutO (6 ti ilhòes) I.ido dos rec ui sos por urna diminuição de
em moeda e 2,1 tr ilhões em bens físicos. das operações de crédito interno (2,3 tri 4.3 trilhões e do lado das necessidades
Retomando as contas, com.t.ii.vse lhões) " » xtern.is (12,67 itilhões), tudo por um acréscimo de 1.49 trilhões, que
que o "furo” de 15,23 trilhões de cruzei totalizando 23,39 trilhões de cruzeiros. levam em c onta variações monetárias de
ros do Orçamento das Estatais para 84 a p . u * * m i ¦ d i i j m l i l > t u > * n i i r 2 l . í ú operações a curto prazo.
Brasil - conjuntura 84
Nos últimos 30 anos, o País registrou nada a questão dos juros poderá o país seus (grandes) acionistas e acalmar seus
um déficit acumulado na balança comer amortizar o principal, ou seja, efetiva (pequenos) correntistas. E cobrar por
cial de US$ 11.67 bilhões e, em apenas mente pensar em saldar a sua dívida. É seus serviços.
um ano, o de 1983. apresentou um su bom também recordar que os emprésti Dos quase 110 bilhões de dólares da
perávit de 6,49 bilhões de dólar es, um re mos externos, hoje. já não são emprega dívida externa acumulada pelo Brasil,
cord em todos os sentidos. dos, como no passado, em grandes proje
Mesmo assim, amargamente, se cons tos de infra-estrutura cuja rentabilidade,
tata que esta quantia não dá sequer para demonstrada cartesianamente em "pro
pagar os juros que o Brasil hoje deve a jetos de viabilidade", permitiria pagar a
seus credores externos. A meta para a dívida e ainda geraria lucro.
*
balança comercial deste ano é a de um o dólar, hoje. não entra. E dinheiro
excedente de 9 bilhões de dólares, mas a contábil que troca de mãos. via telex, en
conta de juros deverá por sua vez se si tre os diversos agentes do mundo finan
tuar em torno de 11 bilhões e. assim ceiro internacional, para acertar juros e
#
-I
mesmo, caso permaneçam estáveis as ta comissões e "rolar" as parcelas do princi
xas de juros do mercado internacional. pal à medida que vão vencendo. Rolar a
Tendo como pano dc fundo esta situa dívida é portanto jogar para frente o pa
ção, a estratégia dos planejadores do go gamento do principal e aumentar os en
verno é a de pagar os juros com o superá cargos financeiros correspondentes.
vit comercial e estancar o crescimento da Rolar a dívida, porém, adia mas não
dívida para que o problema não se agrave soluciona o problema básico do país,
ainda mais. visto que no campo da escassez econô
Para avaliar-se a seriedade da pre mica. infelizmente nada c gratuito. O ne
sente conjuntura é suficiente relembrar gócio do banqueiro é vender sua merca
que só passados 3 ou 4 anos e solucio doria — o dinheiro — além de contentar
32 eleb'ostl.Morco Abr fUt