Page 22 - Telebrasil - Março/Abril 1983

Guerra M undial. A cultura porém é
milenar.
P esq u isa : A s empresas reservam
4% de sua receita para investir em pes­
quisas.
D esem prego: A seleção para ingres­
sar numa grande corporação japonesa é
grande. O empregado no entanto tem,
em tese, o emprego garantido para toda
vida. Em caso de crise a empresa pro­
curará remanejar o empregado, dimi­
nuir as horas de trabalho e promover a
sua aposentadoria antecipada.
Sindicato: O sindicato opera dentro
da própria empresa. Seu interesse é o de
se contrapor a administração e não à
empresa. A sobrevivência desta última
deve vir em primeiro lugar. Alguns sin­
dicatos são muito influentes como o dos
ferroviários.
Carreira: Nos dez primeiros anos de
ingresso numa empresa, todos sobem
igualmente; as diferenças salariais não
excederão em média trinta por cento en­
tre membros de uma mesma turma.
D esafio: Para queles que julgam o
sistema de acesso nas grandes corpora­
ções japoneses muito lento, as pequenas
e médias empresas oferecem maiores
ganhos e maior risco também.
Lutas: Nem sempre houve paz e har­
monia no Japão. A luta entre o Capital e
o Trabalho ocorreram- algumas vezes de
maneira violenta envolvendo as classes
dos Samurais e dos trabalhadores agrí­
colas.
D E S D E 1 9 7 3 , A T E L E S P
P A L A V R A N A C O N V E R S A
Algumas das idéias expressas por
Masayuki Ikeda, vice-presidente da
Mitsui Brasileira Imp. e Exp. Ltda,
por ocasião do ciclo de conferências pa­
trocinado pela ADESG e consulado
Geral do Japão:
• Depois da Guerra ocorreu a recons­
trução do Japão que utilizando a tec­
nologia americana modificou sua es­
trutura industrial que passou do ramo
leve (alimentos e têxteis) para o da in­
dústria pesada (siderúrgica e quí­
mica). Hoje porém já pensa o Japão em
reorientar sua produção, encontrando-
se num período de transição em que a
ênfase será dada ao desenvolvimento
de novas idéias, novos produtos e me­
lhoria de qualidade em geral. A mu­
dança foi precipitada pelo aumento do
custo de matérias primas, o decrés­
cimo dos preços internacionais dos
produtos industrializados e a satura­
ção no ramo da indústria pesada.
-• Ainda que alguns sejam favoráveis à
idéia de auto-suficiência nacional em
todos os ramos de atividade, deve-se
•pensar também na possibilidade das
vantagens da aplicação da divisão do
trabalho entre as nações: cada um fa­
zendo o que sabe ou pode produzir me­
lhor. A idéia de importar ou exportar
produtos semi-acabados vigora dentro
deste contexto. Para isto será neces­
sário abandonar alguns conceitos tra­
dicionais, tais como: o de quem é ou
V E M T R A B A L H A N D O P A R A C O L O C A R E S T A
D E M I L H Õ E S E M I L H Õ E S D E P A U L I S T A S :
A B O
Estamos contentes e orgulhosos por ajudar
nesse importante trabalho,
f o n e
y t o
INDUSTRIA PARA TELECOMUNICAÇÕES
EM HOMENAGEM AOS
10 ANOS DA TELESP
E x p o r t a ç ã o
não é superior ou inferior porque faz
isto ou aquilo;
• No comércio internacional náo
existe o bloco comunista ou capi­
talista existem tão somente bons ou
maus negócios.
• O Japão tem produtos sofisticados
para uso militar que no entanto nâo
são exportados por proibição do go­
verno japonês. B r
• Para aumentar as exportações náo
existe receita mágica: basta diminuir
os custos de produção (investindo em
modernização), produzir o que o consu­
midor deseja e não o fabricante e in­
vestigar e pesquisar o mercado inter­
nacional num esforço c o n t í n u o para
exportar. Como toda boa receita esta é
teoricamente simples, o real problema
é a prática.
• As grandes t r a d i n g s vivem do acú­
mulo de experiências e são principal­
mente necessárias para o comércio,
envolvendo grandes negócios e gran­
des volumes, como no caso de produtos
primários. ; -! j
• A Mitsui tem uma força de trabalho
de 13 mil funcionários, sendo que dos 6
mil empregados masculinos cerca de
10% operam fora do Japão. A rotativi­
dade média fora do país é de aproxima­
damente 4 anos, aos fins dos quais por
motivos diversos ocorrem substitui-
ções.
• Exportar é v i t a l para o Japão! Tf
- m a t s .a .