Page 17 - Telebrasil - Março/Abril 1983

tura) de 14 Kb e uma RAM (memória de computador. O SGRI, que foi desenvol­ opera sob NCP/VTAM (Network Cen­

trabalho) de 12 Kb. vido no Brasil, se destina a controlar e tral Program/Virtual Telecomunica-

A URA é utilizada para interação a sincronizar os múltiplos recursos que tions Acess Method) e vai ligada através

nível do enlace local telefônico, que é as­ são utilizados de forma concorrente na de modems de 2.400 até 9.600 bps aos

síncrono e opera em corrente com uma rede, evitando conflitos, recebendo apli­ concentradores da rede. Estes, por sua

duração prevista de 1 a 2 minutos. Dos cações e desenvolvendo-as para o desti­ vez, podem concentrar até 16 terminais

60 Kb disponíveis na memória RAM, natário correto. Este software zela tam­ e simulam o comportamento de uma

cerca de 90% são utilizados para arma­ bém pela formulação das mensagens, Unidade de Controle 3.271 da IBM, com

zenar 130 blocos-fonéticos e os 5 Kb res­ que devem ser "transparentes” em rela­ protocolo BSC.3 (polling) e interface pa­

tantes para o programa de tratamento ção aos terminais, isto é, devem estar drão RS 232C.

desses blocos. Segundo Vasconcellos, numa linguagem compreensível para

cerca de 2 Kb de memória são neces­ cada terminal em questão. O SGRI é Operação

sários para armazenar um segundo de também o único meio de se ter acesso

conversação útil, isto é (sem pausas, aos arquivos do computador central, o

A filosofia do sistema on-line desen­
nem silêncio). Já a memória Eprom traz que garante a privacidade dos dados. volvido pela Itautec baseia-se no "carre­

permanentemente gravados programas Não sem certo orgulho, diz Ronaldo

de teste e para o carregamento inicial da C. Mello, da Itautec, que o SGRI é um gamento” remoto de programas, onde

unidade. "software moderno que leva em conta a no processo de iniciação do sistema, o
computador central envia para cada mi­

utilização de microprocessadores distri­ croprocessador da rede os programas es­

Lógica buídos ao longo do sistema, permitindo pecíficos que lhe dizem respeito.

a disseminação do ambiente on-line sem No caso da voz sintética, numa fase

A arquitetura do sistema utiliza um a necessidade da utilização de especia­ inicial de aprendizado, um operador

software de gerenciamento de redes listas, como antigamente”. dita ao microfone os 130 blocos fonéti­

SGR1, que opera dentro do ambiente for­ A Unidade de ('ontrole de Comunica­ cos, que serão armazenados sob formato

necido pelo Sistema Operacional do ção 3705, que e um minicomputador,
digital no computador central. Na fase

de "carregamento”, estes blocos e os pro­

gramas necessários são enviados para
URA
as memórias RAM das Unidades de Res­
Legenda:

CHIP I I - interface com a rède telefônica posta Audível-URA.
1 8085 Ao computador
II - interpretador de pulsos Em termos práticos, explica Vascon­
Rède 1 IP RAM URA - unidade de resposta audível cellos, isto significa que uma rede de

Telefônica Porto
RAM - memória de acesso aleatório URAS, ensinada a dizer born dia, poderá

EPROM I EPROM - Memória só para leitura ser remotamente "carregada” para pas­

sar a dizer boa noite, sem ter que agir

em cada unidade localmente, o que seria
Fig. 3 — A memória RAM armazena 130 blocos-fonemas diferentes, num total de (54 x 8) mil
extremamente trabalhoso numa rede
bits de informação; uma unidade demoduladora do tipo "delta” transforma os sinais digitais
extensa.
(bits) em sinais análogos (fonemas audíveis).
Acrescentou que durante uma tran­

sação, o computador central vê a URA

Unidade de Resposta Audível — URA como um terminal comum e envia-lhe

uma série de bits em código ASCII ou

— " i” interfaces com a rede telefônica; equivalente, que este transforma em

— "p" portas de acesso a computadores;

— interpretação de dados de entrada.- sinalização decádica ou MFC; mensagem audível para o usuário.

— síntese de fonemas;

— vocalização das mensagens: o sistema armazena unidades parecidas com sílabas. Pouco mais de 100 blocos fecham o Futuro

universo de mensagens;

— diálogo homem-máquina: deve proporcionar um ambiente claro e amigo para com o usuário,
O desenvolvimento da URA e do con­
— grau de serviço que é função de: "c" chamadas, “ i” interfaces e “ p” portas;
centrador prossegue na Itautec e está

Fig. 4 — Existem 8 parâmetros principais para se projetar uma Unidade de Resposta Audível. previsto que estes poderão operar debai­

xo de outros ambientes que o software

SGRI como por exemplo o CICS da IBM,

URA além de poder reconhecer automatica­

mente pulsos MFC ou decádicos corres­

pondentes a telefones a teclado ou a

disco.

As URAS poderão ser previstas para

operar com o protocolo X-25, quando a

rede de pacotes for mais definida, bas­

tando acrescentar-lhes mais um cartão,

disse Eduardo Vasconcellos durante o

Seminário de Teleprocessamento, pro­

movido pela Sucesu, no Rio de Janeiro.

Existem ainda pequenos problemas

práticos a serem contornados tais como

Legenda:
oriundos da má qualidade dos pulsos de

• Unidade e Controle discagem que ocorrem em certos casos.

A - Análogo de Terminais A URA está em fase de homologação

D - Digital SGRI - Software de gerenciamento 7 pela Telebrás, através dos laboratórios

URA - Unidade de Resposta de Rède da Embratel e de testes de campo sob

Audível APU - Software de Aplicador

CC - Concentrador M - Modem coordenação da Telesp e tudo leva a crer
que deverá se constituir em mais um su­

Fig. 5- Um sistema real de resposta audível. cesso da engenharia nacional. (JCF) Tjf