Page 70 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1981
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Os congestionamentos no grupo primário são obtidos exata É conveniente ressaltar que o congestionamento em chama
mente como especificado no caso (a), correspondente a rotas das, na rota final, pode ser visto como a probabilidade de blo
com tráfego de Poisson. Os congestionamentos em tempo queio observada nos instantes de tempo em que ocorre trans
P2(N) e em chamadas Q2(N), no grupo secundário, são cal bordo em algum grupo primário, isto é, condicionada à ocor
culados segundo l4l, utilizando-se as expressões abaixo: rência de uma chamada proveniente do transbordo de uma
qualquer das rotas primárias. Este critério de dimensiona
mento é conhecido na literatura como perda na rota.
P2(N) = A . E(L + N,A) . S(L'N + !) , onde:
S(L,N) Uma alternativa frequentemente utilizada para dimensionar
rotas finais consiste em estabelecer limites máximos para o
A m - i congestionamento médio global nesta rota. O congestiona
S(m,r) 2 ( mento médio global Qg(N) é definido como a probabilidade de
i - 0
(m - i)! bloqueio na rota final, observado nos instantes de tempo em
que ocorre uma chamada, em qualquer das rotas primárias
que têm acesso à rota final em exame. No caso da figura 3, tem-
) = número de combinações de j tomadas i a i
se que:
E(N* + N,A*)
Q2(N) = E(L + N-A)
E(L,A) Ai *f A2 + A3 + A4
O congestionamento em chamadas no grupo secundário po
deria ser obtido, também, dividindo-se a média do tráfego Obviamente, o congestionamento médio global pode ser visto
perdido no sistema Mpela média do tráfego oferecido ao gru também como relação entre a média do tráfego perdido na rota
po secundário M, onde: final pela soma das médias dos tráfegos oferecidos às rotas pri
márias que têm acesso a esta rota final. Este critério de dimen
M = A . E(L + N,A) sionamento é conhecido na literatura como perda média glo
M = A . E(L,A) bal. Em muitos casos práticos, o requisito de dimensiona
mento estabelece limites máximos para a probabilidade de
O segundo resultado necessário para se obter congestiona bloqueio na rota final, condicionada à ocorrência de uma cha
mentos em rotas finais, tais como a da figura 3, deve-se a Wil- mada em uma dada rota primária.
kinson 151. A idéia básica de Wilkinson é que, para fins práti
cos, um conjunto de fluxos de tráfego, transbordando de rotas Naturalmente, quando há composições de tráfegos em uma
de primeira escolha independentes, pode ser substituído por rota final, tal como na figura 3, cada rota primária observará
um único fluxo equivalente, de tal forma que este fluxo fictí uma probabilidade de bloqueio diferente e, então, o cálculo
cio, com um tráfego tipo Poisson de média A4, oferecido a N4 destas probabilidades só poderá ser feito se for possível cal
canais, reproduza a média M e a variância Vdo tráfego trans cular que parcela do tráfego perdido na rota final é correspon
bordado do conjunto de rotas de primeira escolha. A figura 5 dente a cada rota de primeira escolha.
ilustra a idéia de Wilkinson, aplicada ao caso da figura 3.
Uma solução aproximada para esta questão é proposta em (6).
Basicamente, admite-se que a média do tráfego perdido na ro
ROTA EQUIVALENTE ROTA FINAL ta final se divide em partes proporcionais às contribuições das
N* N médias dos transbordos das rotas primárias. Assim, no caso da
figura 3, se Mj é a parcela da média do tráfego perdido na rota
final correspondente à i-ésima rota primária, tem-se:
Fig. 5 - Sistema equivalente ao da figura 3.
Naturalm ente, se os canais equivalentes e o tráfego equi
valente reproduzem o tráfego de transbordo total de média M
Mj = M . —' , onde:
e a variância V podem ser aplicados os resultados apresenta M
dos no caso (a) para se obter A4 e N4, isto é:
M = A4 E(N4 + N,A4)
A4 . E(N4,A 4) = M
M = A4 E(N4,A4)
Mj = Aj E(Nj,Aj)
M(1 - M + ------------— ----------- ) = V
N4 + 1 . A4 + M Portanto, o bloqueio na rota final, observado em instantes de
tempo em que ocorre uma chamada na i-ésima rota primária
Com os resultados de Wilkinson, conseguiu-se reduzir um Q2i(N), é dado por:
sistema com várias rotas primárias a um sistema equivalente
com uma única rota primária. Considerando-se que, para este Mj E(N4 + N,A4) E(Nj,Aj)
sistema, se aplicam os resultados de Brockmeyer, pode-se, en Aj E(N4,A4)
tão, avaliar o congestionamento em tempo P2(N) e em chama
das Q2(N) para a rotá final, ou seja:
No caso de uma rota primária que tem o seu tráfego do tipo
Poisson oferecido diretamente à rota final, a probabilidade de
bloqueio observado em instantes de tempo em que ocorre
Q2(N) = — , onde: uma chamada nesta rota pode ser obtida de forma direta. De
M fato, nestas condições a probabilidade de bloqueio, quando
ocorre uma chamada, é igual à probabilidade de bloqueio em
M = A4E(N4 + N,A4) um instante arbitrário de tempo. Assim, no caso da rota 4 da
M = A4E(N4,A 4) figura 3, tem-se que a probabilidade de bloqueio observada, }