Page 24 - Telebrasil - Maio/Junho 1979
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riais, desde que a organização crie Portanto, se creio como válido o trutura de poder, etc. E, dependeu,
um ambiente favorável a essa inte Modelo da acepção do Homem do do sistema cliente, poderemos
gração. A u to -R e a liza d o r, a c re d ito , aplicar a estratégia estruturalist
também, que em muitas realida ou aplicar transitoriamente a es
3.2. Filosofia Integraciohista: esta des empresariais nós vamos en tratégia integracionalista. Esta
escola se fundamenta na acepção contrar, em termos comportamen- transitoriedade, depedendo ainda
filosófica do homem complexo, tais, o Modelo do Homem Comple do sistema cliente, poderá ser a
que é uma hipótese acerca da na xo. Parece-me crítico utilizar uma longo, médio ou curto prazo, a|{
tureza do homem, mais complexa estratégica estruturalista sem apli que haja clima para se aplicar os
que as hipóteses anteriores. Se car um diagnóstico situacional, instrumentais estruturalistas.
gundo Edgard H. Schein (1), “ o ho como também utilizar o diagnós
mem é uma individualidade mais tico situacional sem considerar a 3. Estrutura
complexa do que o Ecônomico Ra dimensão “ pessoas” . Parece-me i
cional, o social, ou o auto- mais válido utilizar a intervenção Uma das estruturas que pode set
realizador. Ele não só é complexo educacional fundamentada no usada como alternativa à estrutura
dentro de si mesmo, por possuir diagnóstico situacional. Portanto, burocrática é a estrutura mistabu-
aspirações e potenciais, mas o primeiro passo é o diagnóstico rocrática/matricial, em queasroti-,
também difere de seu companhei do sistema cliente, isto é, como as nas são atendidas pela estrutura
ro no tipo dè compexidade” . O ho pessoas agem, como tomam deci burocrática e o que é novo neces
mem complexo é instável, é capaz sões, qual o sistema de comuni sita criatividade pela estrutura ma-'
de adquirir novas causas motiva cação, de controle, qual o estilo tricial (verfigurai).
doras através de sua experiência gerencial predominante, qual a es
na organização — as causas que
motivam o homem em organi
zações distintas ou em partes dis
tintas da mesma organização po
dem se r d ife re n te s —
compromete-se com a organi
zação baseando-se em causas mo
tivadoras de muitas espécies, e é
capaz de corresponder a es
tratégias diretivas de vários tipos.
3.3. Sugestões para uma filosofia
de Recursos Humanos: a validade
de um sistema de Recursos Huma
nos não está tanto nas técnicas
empregadas, mas principalmente
nos valores que estão por trás, co
mo suporte destas técnicas. E,
portanto, é de suma Importância
não apenas o modelo referente à Legendas: ram atingir os objetivos da tarefae
acepção filosófica da natureza do DRH — Departamento de Recur ser eficazes. Na dimensão pes
homem, como também estabele sos Humanos soas, procuram aumentar a com
cer o modelo comportamental do ASS — Assessoria petência interpessoal, isto é, a ca
homem em determinado momento DRS — Divisão de Recrutamento e pacidade de lidar com pessoas e
histórico e numa realidade empre Seleção melhorar a competência da equipe
sarial objetiva. Quero dizer é que o DTR — Divisão de Treinamento como equipe. No final de cada reu
homem possui ímpeto psicológico DA — Divisão de Avaliação nião, a equipe faz a auto-avaliação
de usar seu talento e capacidade a DSBB — Divisão de Saúde e Bem- facilitada pelo coordenador das
fim de realizar coisas que conside Estar equipes. Nesta avaliação procu
ra relevantes num sentido produti DDG — Divisão de Desenvolvimen ram verificar se atingiram osobje
vo e maduro; o homem procura to Gerencial tivos propostos quanto à tareia e
agir de maneira madura e é capaz
avaliam a atuação da equipe come
de tal; o homem é autocontrolável, A estrutura burocrática é consti equipe, dando feedback positivoe
automotivável; o homem é capaz tuída pelas várias Divisões e negativo para os participantes. Es
de integrar os seus objetivos de Seções com a sua hierarquia tradi te processo, além de facilitar a in
crescimento profissional e de de cional. A estrutura matricial é tegração, possibilita a troca de in
senvolvimento humano aos objeti constituída pelas equipes interfun- formações entre os técnicos daí
vos organizacionais. Entretanto, a cionais que são compostas de várias áreas e, consequentemente
experiência do homem em organi técnicos dos vários órgãos. As o crescimento profissional e pes
zações tem impedido que este equipes interfuncionais têm como soai, além de minimizar a tendên
atinja um processo de maturidade. objetivo as dimensões pessoas e cia burocrática para a dicotomií
produtividade. Na dimensão pro “ nós x eles” em que cada órgá<
(1) Schein, F.dgard H. — "A Psicologia Organi
zação", Clássica L C .E Edilora, pág. I45 dutividade, as pessoas procu tende a criar visõe6 estereotipa