Page 2 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1966
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B ilhete ao Leitor
Seja Acionista de Emprêsas Telefônicas
HUGO P. SOARES
O Telebrasil Noticiário — produto de vas e órfãos, dada sua segurança e sua
trabalho voluntário, não remunerado —
é um boletim que se destina, principal - quase imutabilidade no que concerne à
mente, aos que labutam no serviço de te
lecomunicações do Brasil. Éste boletim, to percentagem de rendimento. j
davia. atinge a outros setores de alta im
portância, além dos de telecomunicações, No Brasil, até agora, só foi possível
tais como sejam os membros dos poderes
da República e dos Estados — legislativo, levantar capital popular para investimen
executivo e judiciário, assim como a clu
bes d e . serviço, associações de classe e ou tos em empresas telefônicas ,adotando-se o
tros agrupamentos, aos quais a Telebrasil
o remete graciosamente apenas como mo autofinanciamento, isto é, captando a co
desto órgão informativo.
laboração econômica e cívica do candida
Nosso apèlo de hoje, assim, não é di
rigido somente aos colegas de ofício; êle to a telefone que se torna, assim, um as
é estendido a todos os que vivem em
nosso país, no desejo sincero de prestar sinante-acionista. Êsse processo vai ainda
ajuda ao desenvolvimento das telecomu
nicações no Brasil: Tom e-se um acionista continuar por muitos anos e o próprio
voluntário de emprêsas de telecomunica
ções do país; dê preferência às ações da Governo Federal, que vem de adquirir
empresa que serve à sua cidade se dela
houver ações na Bolsa, mas se não as en por intermédio da EMBRATEL, o contro
contrar à venda na Bolsa ou com os Cor
retores, compre ações de outras emprè- le acionário do maior grupo operador de
sas de telecomunicações de outras cidades
brasileiras que s^iam notoriamente bem serviço telefônico do Brasil, vai adotar o
administradas. Aplique, com segurança,
suas economias em emprêsas telefônicas, autofinanciamento para atingir o duplo
colaborando eficientemente na solução de efeito de levantar os trilhões de cruzeiros
um dos mais graves problemas nacionais.
necessários à regularização e expansão dos
Até bem pouco tempo, de um modo
geral, a telecomunicação, manietada pe serviços e o de democratizar o seu próprio
los demagogos, não era um bom negócio-
Com o advento do Código Brasileiro de capital, pondo nas mãos dos assinantes
Telecomunicações; com a criação do Con
tei e, principalmente, graças à realística e uma quota de ações no valor aproximada
sensata política em boa hora adotada pe
lo Govêrao, as telecomunicações passa mente igual ao custo unitário de seu te
ram a representar um negócio sólido, está
lefone, tal como já fizera antes, em Bra
vel e capaz de garantir remuneração ade
quada e constante, sem as incertezas que sília.
normalmente preocupam os inversores Isso, todavia, não é. ainda, bastante.
em outros negócios.
As rêdes interurbanas de cada emprêsa
Nos Estados Unidos as ações de em
prêsas telefônicas, tanto as do Sistema precisam ser ampliadas, duplicadas algu
Bell como as das emprêsas independentes
— que são cêrca de 2.500 — são conside mas e multiplicadas muitas. O emprêgo de
radas como o investimento ideal para viu- capital em emprêsas telefônicas pode e
deve tornar-se um ótimo investimento.
Uma das emprêsas associadas da Telebra
sil declara em seu relatório anual corres
pondente ao exercício de 1965 o seguinte:
“ O acionista mie, em 1953, investiu
nesta Companhia CrS 50.000 em ações or
dinárias e Cr$ 50.000 em ações preferen
ciais recebeu anroximadamente até fins de
1965 Cr$ 150.000 em dinheiro, como divi
dendos, e possui hoje Cr$ 2.250.000 em
ações, sem ter feito nenhuma despesa adi
cional, a não ser 0 pagamento do imnôsto
de renda à nação; isto é: — recuperou
uma vez e meia seu capital ím cal e mul
tiplicou seu investimento por 22 e meia
vezes
Estamos certos de que o exemplo da
do acima poderá frutificar e estender-se a
outras emprêsas do país.
As emprêsas telefônicas do Brasil
precisam de sua colaboração como acionis-