Page 16 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro/Março
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         s e r v iç o s   te le fô n ico s   às  atuais  co n d iç õ e s    de   que  ainda  nos  en co n tra m o s,  coin cid in d o  co m
         p r o g r e s s o   do  grande  E sta d o.  um   su rto  in fla cio n á rio   que  em   p o u cos   m e ­
                                                 se s   torna  e n e x p re ss iv o s   o s  v a lo r e s   s a la r i­
            Q uem   condena  o  G overn a d or  B riz o la   não   a is  e  exa g era   os  cu sto s  o p e ra cio n a is,  pro_
         o  in crim in a   p or  te r  q u erid o  (é   o   que  alega)   vocan d o  n ovas  r e v is õ e s   d os  p r im e ir o s .
         d a r  te le fo n e s   a  seu s  g ov ern a d os,  m as  p e la    Quanto  à  co b ertu ra   d os  segun dos  d e u -s e , po
         inoportun idade  de  seu  d e cre to ,  b aixado  s e m    ré m ,  um a  p a ra lis ia   to ta L    P a ra   não   en­
         as  d evid a s  p r e c a u ç õ e s ,  se m   e n te n d im e n to s    fre n ta r  o  d escon ten tam en to  pop u lar  -   m u i­
         p r é v io s   co m   o  G ov ern o  F e d e ra l,  sem   a  m e   to  ju stifica d o ,  p ois  a  vid a   se  tornou  in su ­
         n or  p reo cu p a çã o   co m   as  con v en iên cia s  n a cio   p orta velm en te  ca ra ,  —  o s   g o v ê rn o s,  qu er  o
         n a is,   c o m   o  c la r o   intuito  de  in trig a r-n o s    da  U nião,   quer  os  estad u ais  e  o s   m u n ici -
         c o m   o s   E sta d os  U n id o s  e  sa b ota r  a  A lia n ç a    p a is,  p a ssa ra m   a  s ó   a u to riza r  m a jo ra çõ e s
         p a ra   o  P r o g r e s s o .         ta r ifá ria s   p a ra   p o s s ib ilita r  aum entos  s a la ­
                                                 r ia is   d os  em p rega d os  das  c o n ce s s io n á ria s ,
            N ão  fo ra   isto   ta lv ez  o  S r.  L e o n el  B riz o    e,  isto   m e sm o ,  após  esta r  o  p ovo  b em   in ­
         la  t iv e s s e   até  r e c e b id o   a p la u sos,  p o is   o  dje   form a d o  de  que  havia  g re v e   ou  p e rig o    de
         s e jo   que  p red om in a   no  povo  é  o  de  v e r  re    g re v e ,  d is s íd io s   co le tiv o s   e  a co rd o s   h o m o­
         s o lv id o s   ou  no  ca m in h o  da  so lu çã o   o s   p r o ­  loga d os  p ela   J u stiça   do  T ra b a lh o.
         b lem a s  lig a d os  a os  s e r v iç o s   co n ce d id o s .
         B asta  notar  co m o   a  p op u la çã o  c a r io c a   a co m    E m   tais  circu n sta n cia s  é  evidente  que  os
         panha  c o m   in te re s s e   o s  e s fo r ç o s   do  s r .  C ar   s e r v iç o s   p ú b licos  tinham   que  d e t e r io r a r -s e .
         lo s   L a ce rd a   p a ra   fo r m a r   um a  nova  co m p a ­  A s  e m p rê sa s   co n ce ss io n á ria s    —   co m   pou^
         nhia  de  te lefo n es  na  Guanabara  e  co m o    o   ca s   e x c e s s õ e s    —   p e rd e ra m   o  estím u lo, de
         p ov o   do  R io  G rande  d o  N orte  a p rovou   a  d £    s is tir a m   de  p r o g r e d ir   e  s e   co n fo rm a ra m
         c is ã o   do  G ov ern a d or  A lu isio   A lv e s   de  d esa    em   v e g e ta r,  à  esp era   de  m e lh o re s   d ia s,  ou
         p r o p r ia r   a  T e le fô n ica   de  N atal,  m ediante   de  um a  so lu çã o   que  lh es  p e rm itis s e   liqu id a r,
         p ré v io   entendim ento  c o m   a  co n ce s s io n á ria ,   se m   gran des  p re ju iz o s   p a ra   seu s  a cio n ista s.
         co m   o  fito   de  a m p lia r  a  re d e  te le fô n ica    de
         seu  E sta d o,  p ela   c r ia ç ã o   de  um a  e m p re sa   o   E sta  é  a  situ a çã o  de  h o je .   Ê  u rg e n te
         fic ia l  e  a  a d oçã o  do  a utofin anciam en to  das   en con tra r  p a ra   ela    um a  pronta  s o lu çã o .
         novas  in s ta la ç õ e s .             Não  é  p o s s ív e l  que  p ro b le m a   de  tal  en verga
                                                 dura,  que  tem   ca u sa s  n a cion a is  e  con seq u ên ­
            F eita s  esta s  co n s id e ra çõ e s   con vém   inda^   cia s   in tern a cion a is,  fiqu e  entregue  ao  a r b í­
         ga r  qual  o  m otiv o  que  levou   à  d e c a d ê n c ia ,   trio   e  ao  ju izo  (ou  falta  de  ju izo)  de  govern a
         no  B ra s il,  quase  tod os  o s   s e r v iç o s    p ú b li­  d o re s   estaduais  e  p re fe ito s   m u n icip a is.   A
         c o s ,  e sp e cia lm en te  a q u êlss  e x p lora d o s   p o r    U nião,  cu ja   resp on sa b ilid a d e  p elo  esta d o  em
         com p an h ias  p a rtic u la r e s,  geralm en te  e stra n ­  que  ch eg a ra m   as  e m p rê sa s  de  s e r v iç o s   pú­
         g e ir a s .   N ão  está   m u ito  distante  aquela  épo   b lic o s   não  pode  s e r   ocu ltad a,  p o is  fo ra m   p ro
         ca   em   que  ê ste s  s e r v iç o s   fun cionavam   p r i-   v id ên cia s  de  ca rá te r  fe d e ra l  (a  a b o liç ã o    da
         m o ro sa m e n te ,  d ota d os,  quase  s e m p re ,  d o  m £   "clá u su la   o u r o ",  a  le g is la ç ã o   so b r e   im p orta   -
         lh or  equipam ento  (a  antiga  C a n ta reira  é  um    çã o ,  s o b r e   ca m b io,  s o b r e   a  tra n s fe rê n cia    de
         ex e m p lo  que  m e r e c e   s e r   citad o)  e  co b rin d o ,   fundos  p ara  o  e x te rio r  e tc.*   as  e le v a çõ e s
         am p la m en te,  as  s o lic ita ç õ e s   d e co rr e n te s    do   con secu tiv a s   do  s a lá rio -m ín im o )  que,   em
         aum ento  do  con su m o  ou  do  u s o .  grande  p a rte,  m otiv a ra m   a  d eca d ên cia , n e ces
                                                 sita   tom a r  p o siç ã o   nesta  m a té ria ,  p rin cip a l
            P od e m o s  lo c a liz a r   o  in ício   da  d eca d ên cia    m ente  quando  aqu elas  em p rêsa s  são  conce,s
         no  d e c r e to   do  G ovêrrio  P r o v is ó r io   que  a bo­  s io n á ria s  e s tra n g e ira s,  cu jo s  d ire ito s   e  p a­
         liu  a  "clá u su la   o u r o ",  que  garantia  as  concejs   trim ô n io   d evem   s e r   re s p e ita d o s,  p a ra    que
         sio n á ria s   con tra   o s   r is c o s   oriu n d os  da  desi   p o ss a m o s   con tinu ar  a  r e c e b e r   os  financia*-
         v a lo r iz a ç ã o   da  m oe d a .   V e rd a d e ira   reiv in d i   m entos  de  que  n e c e ss ita m o s,  em b ora   p a ra   ou
         ca çã o   do  p ovo  b r a s ile ir o ,  ê s s e   d e c r e to   que   tro s   tip os  de  em p reen d im en tos.
         extinguiu  a  "c lá u s u la -o u r o "  não  fo i,  e n tre ­
         tanto,  acom pan hado,  nos  anos  que  se   se g u i­  S eja  a trav és  d os  p o d e re s   im p lícito s   que  a
         ra m ,  p e la s  p ro v id ê n cia s   gov ern a m en ta is  n e­  C on stitu içã o  lhe  re c o n h e ce ,  s e ja   p or  m e io   de
         c e s s á r ia s   p a ra   que  as  e m p rê sa s  m a n tiv es­  um a  re fo rm a   co n stitu cio n a l,   é  im p r e s cin d í­
         se m   a  ren ta b ilid a d e .   E m   ou tra s  p a la v ra s :   v e l  que  a  U nião  e x e r ça   um   papel  n orm ati -
         a  m oed a   continuou  a  p e rd e r  o  seu  v a l o r ,   v o   n êste  assunto,  ou  ainda  te re m o s   m uitos
         o  P o d e r  P u b lico   nãío  com p en sou   esta   d e£    ch oqu es  e  a b o r re cim e n to s   co m   o s   in v estid o­
         v a lo r iz a ç ã o   co m   aum entos  ta r ifá r io s   p r o ­  r e s   e s tra n g e iro s ,  o  que  de  m od o  algum   nos
         p o rcio n a is   e  as  e m p rê sa s ,  então, p a ssa ra m    con v é m .   D is se   o  s r .  J u scelin o  K u bitschek  ,
         a  r e s tr in g ir   os  seu s  s e r v iç o s ,  a  não  m a is    nos  E sta d os  U nidos,  que  a  ten d ên cia  é  p ara
         su b stitu ir  o  m a te ria l  su p era d o,  a  não  e sten ­  a  en cam p a çã o,  em   todo  o  B ra s il,  das  e m p re ­
         d e r  as  suas  linhas  e  rê d e s .  sas  de  s e r v iç o s   p ú b lico s.   Se  é  a s s im ,   s e
                                                 esta m os  em   fa ce   de  um   p rob lem a   n a c io ­
            C om   o  p a ss a r  do  tem po  a  situ a çã o  foi   nal,   é  ob rig a tó ria   a  p a rticip a çã o   do  C on gree-
         a gra v an d o.   P rin cip a lm en te  de  1950   p ara   so   em   sua  so lu çã o ,  a  fim   de  que  e s s a   trans
         cá ,   quando  o  p aís  entrou  nesta  fa se   de  d e ­  fo rm a çã o   no  re g im e   até  a gora   p red om in a n ­
         m ag ogia   e  de  in cita m en to  das  m a ssa s   e m  te  em   m a té ria   de  s e r v iç o s   p ú b licos  s e ja   fe i­
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