Page 13 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro/Março
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                                      DIVULGADO  PELA
        ANO  III FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE EMPRÊSAS DE TELECOMUNICAÇÕES DO BRASIL N.°’25-26
          RIO  DE* JANEIRO      FEVEREIRO  E  MARÇO  DE  1962     DISTRIBUIÇÃO INTERNA
                                Diretor  responsável:  H ugo  P.  Soares


                                      BILHETE  AO  LEITOR


                             O  p roblcxn a  re la cio n a d o   co m   a  te le co m u n ica çã o   no  B ra sil,  que  tan­
         tas  e  tam anhas  p re o cu p a çõ e s   tem   cau sa do  a  quantos  tra zem   s o b r e   o s   o m b r o s   a  re sp on sa ­
         bilid ad e  de  o p e r a -la   —   e  o  le ito r   v e r ific a r á   em   cada  um a  d a s  vin te  e  cin c o   e d içõ e s    d o
         TE L E B R A S IL   N OTICIÁRIO,  re ite ra d a s   m a n ifesta çõ e s  n e s se    sen tid o   —   está   s e m p re ,  a g ora ,
         nas  m a n ch etes  da  im p ren sa   n a cion a l.   R elegad o  à  questão  de  m en or  im p ortâ n cia ,  p o sto   in ­
         teiram en te  a  m a rg em ,   ate  bem   p ou co,  o  p ro b le m a   em   a p re ço   p a sso u   a  s e r   co n sid era d o  a -
         gora ,   co m   o  d evid o  in te re s s e ,  m e re ce n d o   das  au torid ad es  fe d e ra is   a  co n ceitu a çã o  adequada
         sem p re   recla m a d a   e  p erm anentem ente  re cu sa d a ,  co m o   in d ú stria  b á s ica ,  de  in te re s se   p a ra   o
         fom en to  de  econ om ia   do  p a ís  e  de  relev an te  s ig n ifica çã o   p a ra   a  segu ran ça   n a cion a l.
                             A   F e d e ra çã o   das  A s s o c ia ç õ e s   de  E m p re sa s  de  T e le co m u n ica çõ e s
         do  B ra sil   —   T E L E B R A S IL ,  que  re ite ra d a s  v e z e s   re c la m a r a   das  au torid ad es  aqu ele  c o n c è i—
         to  para  as  atividades  co r re la c io n a d a s   co m   a  te lecom u n ica çã o  no  p a ís,  a caba  de  con qu istar  u
         m a  nova  v itó ria   co m   a  p ro v id e n cia   que  v e m   de  s e r   tom ada  p e lo   C on selh o  de  M in istros,
         co n form e   D e cre to   n?  640,  de  2  de  m a r ço   ú ltim o,  p u blicado  no  "D iá rio   O fic ia l",  S eção  I,  Par
         te  I,  naquela  m esm a   data.
                             P rocu ra n d o   co n te r,  segu ram en te,  a  atord oad a  e x tre m ista   e  a   onda
         d em a g ógica   que  se  con du zia  p ara  o  su m á rio   c o n fis c o   da  p rop ried a d e  p riva d a ,  co m o   fo rm u ­
         la  de  fa lsa   so lu çã o  p ara  o  p ro b lem a ,  o  G overn o  F e d e ra l,   cien te  de  que  a  grav e  c r is e   e x is ­
         tente  e   que  tendia  a  a p ro fu n d a r-se   e ra   devida,  p rin cip a lm en te,   à  d e ficiê n cia   das em p resa s
         p riva d a s  que  executam   o  s e r v iç o ,  p rem id a s  da  falta  de  flex ib ilid a d e   d os  p r o c e s s o s   finan­
         c e ir o s   a  seu  a lca n ce ,   que  p o ssa m   s e r   u tiliza d os  se m   m a io re s   em b a rg os  p o r  p arte  d os  u—
         su á rios  e  da  p ró p ria   opinião  p ú b lica ,  tom a  a  p ro v id e n cia   ce r ta ,  equacionando  o  p rob lem a
         ate  então  d esp reza d o  e  dando  p a ra   a  c r is e   o  re m é d io   adequado.
                             A   sim p les  en cam p a çã o  de  um   s e r v iç o   p ú b lico  d e ficitá rio   ou  não, não
         rep re se n ta   so lu çã o  do  p ro b le m a   —  tra zen d o,  apenas,  p ro v e ito   e le ito r a l  p a ra   a  autoridade  en -
         ca m p ad ora,  m as  nunca  o  resu ltad o  esp era d o  p a ra   a  m elh o ria   do  s e r v iç o .   F o i  o  que  bem   en
         tendeu  o  G overn o,  baixando  o  já  aludido  D e cre to   n?  640,  cu ja   ín tegra  tra n s cre v e m o s ,  a  fim
         de  que  as  e m p re sa s  filia d a s  à  T E L E B R A S IL   fiqu em   d esd e  lo g o   inteirad& 3  de  que  nova  fonte
         de  r e c u r s o s   s e   a b re  a  todas  e la s,  a gora   que  tem   co n d içõ e s   p a ra   p le itea r  e  ob te r  do  B anco
         N acional  do  D esen v olv im en to  E co n ô m ico ,  em   o p e ra çã o   p r io r itá r ia ,  financiam ento  adequado   aos
         in v estim en tos  que  se  fiz e r e fn   n e c e s s á r io s   ao  d esen volvim en to  e  rea p a relh a m en to  dos  s e r v iç o s
         ex isten tes.
                             E sta  a  ín tegra   do  D e cre to    —  p r im e ir o   ato  p o sitiv o   baixado  p e l o
         govern o  co m   v ista s  à  so lu çã o   efetiva   do  p rob le m a ,  digno  do  aplauso  das  era p résas  op era d o
         ra s  e.;  do  a p re ço   da  com un idade  b en eficia d a :
           "D e cre to   n?  640  -   de  2 -3 -1 9 6 2
                D efin e  o s  s e r v iç o s   de  te le co m u n ica çõ e s   co m o  indústria  b á s ica   e  dá  o T ra s  p ro v id e n cia s .
                O  P re sid en te   do  C on selh o  de  M in istro s,  usando  da  a trib u içã o  que  lhe  co n fe re   o  a rtig o
          18,  item   III,  do  A to  A d icion a l  à  C on stitu ição  F e d e ra l,
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