Page 15 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro/Março

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TE LE FO N E S DE P Ô R T O A L E G R E tos se d estin am exclu siv a m en te a rea ju sta
E DO B RASIL m ento de s a lá rio d os fu n cion á rip s e em p re
ga d o s. P a ra as e m p re sa s , não s o as te ­
- "O J o r n a l" - 1 4 -3 -1 9 6 2 - le fô n ica s , m as todas as ou tra s de s e r v i ç o
p u b lico, não se cu ida ja m a is de co n so lid a r
E m sua e d içã o de 14 de m a r ç o ul­ a sua e co n o m ia . E sta, p a ra s e r só lid a , e%
tim o , a ssin a d o p e lo jo rn a lis ta A b e rla rd o da p ro p o rc io n a r m e lh or a s s is tê n cia , d eve au­
Cunha, p u b lica o "O J o rn a l", do R io de Janei fe r ir rem u n e ra çã o d os a ssin a n tes que l h e
r o , o seguinte tó p ico : p ro p o rc io n e a co n s e rv a çã o e expansão corr^
tas do sis te m a , um a r e s e r v a p a ra as e —
"E stá r e s o lv id o o p ro b le m a do s e r v iç o de ven tu alidades futuras e ainda um a s o b ra pa
telefon e s em P o rto A le g r e . C om o ? O ra o s d ivid en d os n orm a is a os seu s a c io n is ­
ilu stre G ov ern a d or B riz o la d e sa p ro p rio u a ta s .
C om panhia T e le fô n ica e fixou em cen to e
tantos m ilh õ es de c r u z e ir o s o p r e ç o da en T od a via , o que se tem v is to no B ra s il é
ca m p a çã o . Quanto ao v a lo r re a l de m i­ a a çã o d em a g óg ica con tra as com p an h ias de
lh ões em d ó la r e s isto não v em ao c a s o . E éí s e r v iç o p ú b lico , en g an a n d o-se o p ovo c o m a
tam os no B ra sil e não na A m e r ic a do N o£ fa ls a p ro m e s s a d os d e m a g og os de seu a p e r ­
t e . A qui as le is são ou tra s e lá sã o ou ­ fe iço a m en to s e m ônus p a ra os con trib u in tes.
tra s tan tas. M as, tudo se ju stifica quan­ D is s o m e sm o te re m o s p ro v a em b re v e , se
d o se trata de sa lv a çã o p u b lica . O ra, fa l­ de fa to o E stad o co n s e r v a r a a d m in istra çã o
ta de te le fon e s é ca la m id a d e p u b lica . E da C om panhia T e le fô n ica d e P o rto A le g r e .
o G ov ern a d or v a i extin gu ir de v e z e s sa ca O seu fun cionam en to v a i p io r a r te rrív e lm e n
lam idade d os te le fon e s em P o rto A le g re , te e as ta rifa s vã o s u b ir co m o n u n ca , e
fa cilita n d o a p a relh os p a ra tod os os a s s ir - m e sm o a s s im o E stad o ainda te rá que a r ­
nantes e d a n d o-lh e s ex ce le n te a ssistê n cia . c a r co m o s “ d e fic its " que in e v ita v e lm e n te
E com o não s e r ia a s s im , s i a gora o E sta a d v irã o . "
do é que v a i a d m in istra r a e m p re sa ? Su
p rirá o s " d e fic it s "; em p re g a rá avulta d o s
ca p ita is p a ra a re g u la riz a çã o do fu n cion a ­ A PO G E U E D E C AD ÊN C IA DAS E M P R Ê -
m ento e e ficiê n cia de tod os o s s e to r e s da SAS D E SE R V IÇ O PU B L IC O
com p an h ia. E ntretan to, a rea lid a d e é
m uito ou tra , co m o se d e m on stra a se g u ir: P u b lico u o "O G lo b o ", em sua edi
çã o de 13 de m a r ç o ú ltim o, o seguinte e d i­
E m nada adianta a en cam p a çã o de qual to ria l:
q uer e m p re sa te le fô n ica ou q ualqu er o iir a
de s e r v iç o s p ú b lico s s e m que e s te ja m ela s " O ca s o cr ia d o p ela violen ta en cam p a ç ã o
p roteg id a s p or ta rifa s adequ adas, isto é, da C om panhia T e le fô n ica N a cion a l, de P o r
que o a ssin a n te pague o ju sto v a lo r de um to A le g r e , o fe r e c e op ortunidade a que se
bom s e r v iç o , p ara a s s im u s u fr u í-lo . I m exam in e a situ a çã o das e m p re sa s c o n c e s ­
p õ e -s e , p orta n to, que a c ifr a do p r e ç o s io n á ria s d e s e r v iç o s p ú b lico s, n a cion a is
das a ssin a tu ra s s e ja p e rio d ica m e n te a - ou e s tr a n g e ira s, que o p e ra m em n o s so p a ís
c r e s c id a , tendo em v is ta as con seq u ên cias co b ra n d o ta r ifa s a os co n su m id o re s .
fatais da in fla çã o e a queda de n o ssa m oe
da, que se re p ete no ca m b io v il, p ela d e ­ Não é p r e c is o d iz e r que, c o m ra ra s
p r e c ia ç ã o do círu zeiro. É im p r e s cin d iv d e x c e s s õ e s , tod as as e m p re sa s a tra v e ssa m
que o s b r a s ile ir o s se con ven çam que o gran d es d ificu ld a d e s , seu s s e r v iç o s s ão
telefo n e no B ra sil é de g ra ça , c o m o e m p r e c á r io s e não aten dem à dem anda resul_
nenhum ou tro p a ís do m undo. A qui se a tante do d esen v o lv im en to e c o n ô m ico e do
busa d os te le fo n e s p a ra co n v e rs a s e r e c a ­ c r e s c im e n to d e m o g r á fic o , que seu m a teria l
d os o s m a is s u p é rflu os, p a le s tra s p ro lo n ob so le to , não m a is s e re n o v a .
gadas de donas de ca s a e hom ens de n e g £
c io s , con fid e n cia s de n a m ora d os, se m se D a í o s e r e m tais c o n c e s s io n á r ia s o u
fa la r na se m ce r im ô n ia d os d o m é s tico s e p e rm is s io n á ria s de s e r v iç o s p ú b lico s ge
em p re g a d o s. N unca houve em n o s so p aís ra lm en te antipatizadas p e lo p ov o , que evi_
qualqu er reg u la m en to que fr e a s s e o e x c e s ­ d entem ente não pode a ce ita r que se p r o -
s o de co m u n ica çõ e s te le fô n ica s, m a rca n d o longue indefinidam ente o p re se n te esta d o
a esta s tem p o c e r to , ou a c r é s c im o r e le ­ de c o is a s .
vante no cu sto do te lefon e m a quando f ô r
ele e x ce d id o , p o r m in uto. Enquanto i s ­ Se a cen su ra ao ato do G ov ern a d or
s o , ano a ano, as linhas e e s ta çõ e s s e v a n B riz o la — ato p rep oten te, im p r e v isto e
s o b r e ca rre g a n d o co m o c r e s c im e n to da re a liza d o de m a n eira p ro v o ca d o ra — é
cid a d e, as m a téria s p rim a s im p orta d a s e quase tota l, tal ce n su ra não a b so lv e —
n a cion a is subindo de v a lo r violen ta m en te, p rin cip a lm en te no R io G rande do Sul — a
porq u e a in fla çã o d e s v a lo r iz a o c r u z e ir o . C om panhia T e le fô n ica N a cion a l das dividas
O ra, as ta r ifa s v e m p e rm a n ecen d o as con tra íd a s c o m o p ovo gaúcho, que, co m o
m esm a s e em v ia de re g r a o s a u m e n ­ o c a r io c a , p a d ece p ela in ad equ ação de seu s