Page 14 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro/Março
P. 14

-  2

                              C on sid eran do  que  a  grave  c r is e   de  te le co m u n ica çõ e s   está  afetando
          a  boa  m arch a   d os  n e g ó cio s   p ú b lico s,  a  segu ran ça   n a cion a l  e  a  n orm a lida d e  do  d esen volví
          m en to  e co n ô m ico   no  p a is;
                              C on sid eran do  que  tal  c r is e   tende  a  a p ro fu n d a r-s e ,  p o r  d e ficiê n cia
          das  em p resa s  p riva d a s  que  execu tam   o  s e r v iç o   e,  p rin cip a lm en te,  p ela   falta  de  fle x ib ilid a
          de  d os  p r o c e s s o s   de  fin an ciam en to  ao  seu  a lca n ce ,   que  p o ssa m   s e r   u tiliza d o s  se m   m a io ­
          r e s   em b a rg os  d os  u su á rios  e  da  p ró p ria   opinião  p ú b lica ;
                              C on sid era n do  que  o  C on g re sso  N a cion a l,  em   p ro je to s   que  exam ina,
          já   re con h e ce u   a  m agnitude  do  p ro b lem a   e  o  seu  in te re s se   n a cion a l  e  que  n orm a s  m ais  p r£
          c is a s   estã o  em   cu r s o   p a ra   d isc ip lin a r  o  a ssunto;
                              C on sid era n do  que  se   im p õe,  p or  tudo  is s o ,  p r e s s e r v a r   os  s e r v iç o s
          existen tes  e  estim u la r  o  seu   d esen volvim en to  para  que  s e ja   p o s s ív e l  a  im p la n ta çã o  no  m e
          n or  p ra z o ,  de  um   plano  de  te le c o m u n ica çõ e s ,  estru tu rad o  na  b a se  de  d ir e tr iz e s   n a cion a is
          o rg â n ica s,  já   em   fa se   fin a l  d e  e la b o ra çã o .

                              D e cre ta ;
          A rt.  1?  —  Os  s e r v iç o s   de  te le c o m u n ica çõ e s ,  p ara  tod os  o s  efe ito s   le g a is,   são  con sid era d o s
          in d ú stria   b á s ica ,  de  in te re s se   p a ra   o  fom en to  da  econ om ia   do  p a ís  e  de  relev a n te  sig n ifi­
          c a çã o   p a ra   a  segu ran ça   n a cion a l.
          §  19   —   O  B an co  N a cion a l  do  D esen v olv im en to  E co n ô m ico   fic a   a u torizad o  a  in clu ir  entre  suas
          o p e r a ç õ e s   p r io r itá r ia s   as  que  v is a m   ao  d esen volvim en to  e  rea p a relh a m en to  d e ss a   in d ú stria.
          §  2?   —   P a ra   o  fim   m en cion a d o  no  p a rá g ra fo  a n te rio r,   o  B an co  N acion al  do  D esen v o lv im en ­
          to  E co n o m ico   p o d erá   a d q u irir  títu los  ou  a çõ e s   de  e m p resa s  c o n ce s s io n á ria s ,  ou  de  su b rog a r
          n os  d ir e ito s   d o s  em itid os  em   seu  fa v o r,  bem   co m o   ad otar  p ro v id ê n cia s   de  ca rá te r  b an cá ­
          r io .
          §  39   —   S em p re  que  s e   tra ta r  de  fin an ciam en to  ou  in v estim en to  resu ltan te  de  p ro v o ca çã o
          d o  G ov ern o,  p o r  in icia tiv a   do  P re sid e n te   do  C on selh o  de  M in is tro s,  o  B an co  N a cion a l   do
          D esen v olv im en to  E co n ô m ico ,  p od e rá ,  in clu s iv e ,  a g ir  na  qualidade  que  lhe  é  atribu ida  p elo  a r
          tig o   8?  da  L e i  n9  1 .6 2 8 ,  de  29  de  junho  de  1952.
          A r t .  2?   —   Ê ste  d e cre to   entra  em   v ig o r   na  data  de  sua  p u b lica çã o ,  rev oga d a s  as  d is p o s i­
          ç õ e s   em   co n tr á r io .
                B r a s ília ,   2  de  m a r ço   de  1962.
              1419  da  Independência  e  74?  da  R ep ú b lica .

                T A N C R E D O   N EVES
                A lfre d o   N a sse r
                W a lter  M o r e ir a   S a lles
                V ir g ílio   T á v ora
                Â n gelo  N o la s co   de  A lm eid a
                João  de  Segadas  V ianna
                C lo v is  M .  T ra v a s so s
                U ly s se s   G u im a rã e s.''
                              O  a rtig o   8?  da  L e i  n?  1 .6 2 8 ,  de  29  de  junho  de  1952,  citad o   no
          D e c re to   do  C on selh o  de  M in is tro s,  d iz  o  seguinte:
           " P a r a   d a r  e x e cu çã o   a os  objetivojs  d esta   L e i,  bem   com o  da  le i  n9  1 .5 1 8 ,  de  2 4 -1 2 -1 9 5 1 ,  e
            do  a rtig o   3?  da  L e i  n ?  1 .4 7 4 ,  de  2 6 -1 1 -1 9 5 1 ,  ê  cr ia d o ,   sob   a  ju ris d içã o   do  M in isté rio   da
            da  Fazenda,  o  B anco  N a cion a l  do  D esen v olv im en to  E co n ô m ico ,  que  tam bém   atuará,   co m o
            A gente  do  G ov êrn o,  nas  o p e r a ç õ e s   fin a n ce ira s  que  s e   r e fe r e m   ao  rea p a relh a m en to  e  ao
            fom en to  da  econ o m ia   n a c io n a l."
                             Na  e d içã o  de  h oje  p u b lica m os  a  ín tegra   de  d ois  a rtig o s   divu lgad os
          res p e ctiv a m e n te   p elo  "O   G lo b o "  e  p e lo   "O   J o rn a l",  a m b os  do  R io  de  J a n eiro .   A m b os  apon­
         tam   a  v e rd a d e ira   cau sa  da  c r is e   existen te   —   exatam ente  aqu ela  que  fundam entou  o  d e c r e ­
         to  do  G ov êrn o  F e d era l:  a  falta  de  r e c u r s o s   a sse g u ra d os  às  co n ce s s io n á ria s   p ara  a  a m p lia ­
          çã o   d os  s e r v iç o s   e x isten te s.
   9   10   11   12   13   14   15   16   17   18   19