Page 17 - Telebrasil - Junho/Julho 1961
P. 17
ANO II DIVULGADO PELA N.# 18
FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE EMPRESAS DE TELECOMUNICAÇÕES DO BRASIL -------------- ¦
RIO DE JANEIRO JULHO DE 1961 DISTRIBUIÇÃO INTERNA
Diretor responsável : Hugo P. Soares
BILHETE AO LSITOE
Parece ter tomado novo alento a campanha que vem qendo alimentada, u l-
^isaoente, em todo o terri£ ó rlo nacional,_desde 9 Rio Grande ate o Amazonas, visando
a estatização do serviço de telecomunicações, ate aqui explorado pela in ic ia tiv a par
ticu la r, por concessão dos msta^os e dosAMuniciplos. Percebendo os lideres^do chama
do bloco '’n iciçr.aiista'' a e lo g ia vel tendencia do atual Governo para a adoção de medi
da3 ie ordem técnica, estçltamente, com o ob jetivo de d irim ir a c ris e , deixando dê
lado os grecoolzados c rité r io s que se assentam na tenta t i va^de aniquilamento da l i -
v r« ^tpresa, procuram, agora, certas correntes, dar novas forçap a lu ta que vem sen
do na tanto teaipo travada, fellzm ejjte sem sucesso, atirando-se a l i ç a , firmemente
dispôs tas - i-s c llí-la s "na raça" 1 a valentona, -sen maiores delongas e sen qualquer -
proposito de resguardo aos interesses do povo»
bs todos os grandes centros dç país tornaram-se mais vigorosos os ata-
q-es sssfarlsos cor.tr? as atuais concessionárias - grandes 9 pequenas - e muita gen
te çue se conservava a scmbra de qma preconcebida apatia ja se anima a d e sa fiv e la r-
a Basear*, à ir e sentando-se voluntária na campanha de extermínio intentada contra a i
n ic ia tira privada, coao novos profetas da estatização. Alguns dos chajgados conserva-
dores ia enteo nos ,ar are cem, hoje, com novas roupagens, dissertando sobre as supostas
yamtag«as,do nc^.opollo e s ta ta l, a sugerir a criação de um novo organismo, semelhante
i .--rtrotr -3 cu a L letrotras, para operar diretamente o serviço de telecomunicações -
int-rrestt iu a l. misturados, assim, aos mais extremados defensores da p o lític a de esta
tiração ou, diriamos melhor, de sovietização.
Procuram os novos profetas aquele mesmo caminho que o ilu s tr ç Governa-
mer do Estado ia ioar.abara, d efin ia , coa muita propriedade, ao se d ir ig ir as Classes
Produtoras per ocasiãc das comemorações^da Semana da Indu stria, como o ude so cla liza -
-o :r =carla e numa çler.cla econômica fe it a de manchetes e f,31ogans". contra a
~ul_tos tem gorarem de reagir porque julgam aue is to e ser reaçlonario e ou-
sao reacion ários"»
, a todo c^sto, matar defuma so cajadada todos os coelhos, meten
para^aalha-los de uma só vez» E, para fa z ê - lo , conceituam^como”
interestaduais tolas as redes municipais ou estaduais que tenham conexãç coa rede de
outro ustaio - atin girdç, assi_9, as pequenas eaprèsas^do in te r io r que tem os seus
sistemas ligados, em trafego mutuo, ao de outras eçjpresas. Seu o b jetivo primordial é
0 de *11 mina-la3, em d e fin itiv o e seç qualquer apreço para com os seus a cio n ista s,en
tregamio ao Governo as respectivas redes para serem operadas por ê le , oi-etaaente.
aá casos de estarrecer: em Minas Gerais, por exemplo, cujo Governo se
v i - ODçlgado a^congelar o pagamento do funcionalismo. que absorve y0% da arrecadação
tribujar ia do Estado, quere** alguns que o poder publico assuma o controle do serviço
teleion ico ^xediante a er.campaçao do acervo ou a desapropriaçãq çie ações das empresas
concessionárias, apesar de saberes que o tesouro estadual esta a olngua de recursos
para ^atender, siquer, aos compromissos fundamentais do estado. Fazendo v is ta grossa
ac cues financeiro anunciado publicamente pelas autoridades, que confessam a situação
de quase insolvência do era riq , bouens de a lto gabarito nos surpreendes, misturados
a_demagcgos e p olitiq u eiro^ Ja muito conhecidos, fazendo-se pregoeiros da esta tiza —
ção dc serviço - come se fosse possível ao Soverno, que não pode nem mesmo pagar os
vencimentos -e seus servidores, su bstitu ir, com mais vantagens para o povo, a liv r e
empresa naquele campo de atividade, desembolsando, para tanto, muitas centenas de mi
lhoes de cruzeiros.