Page 19 - Telebrasil - Junho/Julho 1961
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gra e com destaque, para o conhecimento                  A primeira e única lnterven—
de nossos le ito r e s :                 ção da União nas telecomunicações tem -
                                         dç ser a extinção degsas conces§ões de
   "0 Projeto do Codigo de Telecomuni­   radio e televisã o , toda3 elas Ja caduca
   cações estabelece, em principio, o    das. E que a União nos deixe a lib erd a­
   monopolio estatal delas, extinguin­   de de comunicar essa n otícia aos a tin g i
   do as concessões em vigor.            dos por telegra fo e telefon e, que fun-“
                                         c ionamV
  , Telecomunicações? O^leigo,talvez
so pensa, ao ouvir o termo bárbaro,           PODERÁ SER DISSOLVIDA A CMTC DS
                                                             S&0 PAULO
em teletip os e outrasinvenções 4o
                                         ("0 Globo” - 8-7-1961)
diabo dç progresso. Hão §abe, porem,
que o termo in clu i o telegra fo. ,£                     0 P re fe ito Prestes Haia, de -
certamente não se_lenbra que também      São Paulo, depois de conferenciar longa
tem telecomunicações em casa: o te­      mente com o Governador do Estado, com õ
lefone.                                  qual discutiu a necessidade da conces­
                                         são de um empréstimo a municipalidade -
Agora, o assunto Ja mudou de as­         para o atendimento das reivindicações -
pecto. Pois aquele,leigo sabe por­       s a la ria is dos empregados da Companhia -
que prefere, onde e possível, os -       Metropolitana de_Transportes Coletivos,
serviços da Westeçn, Italca b lç e -     prestou declarações a imprensa paulista
outras concessionárias ao telegrafo      na, relatando as dificuldades em_que sê
nacional, que costuma comunicar a -      encontra para contornar a situaçãg, a
notícia de um,falecimento so depois      cada dia mais agravada pela ocorrência
da missa do sétimo 41a » esperando -     dos " d é fic it s ” acumulados daquela autar
em outros casos ate a ressurreição       quia.
dos nortes. 2 o te le fo n e ? Não se -
pense sc na situação do Rio de Ja—
neiro,  Paulo e Belo Horizonte,
que a monopolização não chagaria a
modificar. Pensa- se nas inúmeras ci
dades do in te rio r, servidas por com   Na opqrtunidade, retratandox-
penhl&s particulares em franca ex-“      fielm ente. a caótica situação da empre­
                                         sa esta ta l que opera o serviço de trans
pansão das s-as redes.                   portes c o le tiv o s da c a p ita l pau lista, -

     Tudo isso vai ca ir. conforme o     afirmqu o Sr. Prestes Maia que ” a CMTC
projeto, nas sãos,do Departamento -      poderá v ir a ser dissolvida se não fo r
de Coqreles % Telegrafes. Desse DCT      auxiliada pelo Governo do Estado* v is to
que ja hoje e incapaz para remeter       como a P refeitu ra não suporta o onus -
em tempo uma carta cu um telegrama:      que acuela auta;  _ ___
e nunca seria capaz de fazer uma l i
ga~io telegrá fica . Vasos entregar ã    mente, da ordem de um bilhão de cruzel-
rede le telecomunicações aos vende­      portãncia desviada de obras fun­
dores de selo? Aos m ilitares que -      damentais para a população” ,
oest-man çair do quartel para conan
dar os exercites de p ostalistas? "      NOVAS TARIFAS POSTAIS TELEGRÁFICAS

  _ São e nunca. Depois da esta tiza -   ( ”0 Globo - de 17-7-61)
çao das telecomunicações, todos os
cidadãos ficariam tão isolados cada                       0 "D iá rio O fic ia l» de l õ do -
um úo outro comc B rasília fic a is o ­  corrente publicou portaria do Departa -
lada do B rasil. Hão e nunca.            mento dos Correios e T elégrafos, aprova
                                         da pelo Ministro_da fia ç ã o e Obras* Pu-“
     Mais uma prova da incapacidade -    b lic a s , que dispõ§ sobre as novas t a r i­
do Sstadc^de 4 ir lg ir e,usar as te le  fas de preços, prêmios e serviços pos­
comunicações a uma #especie especia-     ta is e de telecomunicações, que entrará
L-ssiofci,delas: o radio. ,Pois nesse
setor Ja existe o monopólio estatal      em v ig o r no dia 1 Q de agosto do corrente
Mas q-e fe z e que faz a União? Da c
uso, de graça, & concessionários -       ano.
                                         Assim, serão cobradas para expedição, -
3ue nao ofereeqm garantia nenhuma -      por v ia de s u p e rfíc ie, as seguintes ta­
  e uso bem, ^alen do lu crativo use     r if a s pelo franqueamento simples:
comercial. 3ao verdadeiros cartó- •
rio s nc ar, dados de presente aos -     - Cartas - 3 10,00 pelo primeiro porte

            tao incertos que convem fe-      e 5»00 por porte excedente;
char-ihes, pelo presente, a boca,         - Cartas-bilhetes - 3 10,00;
p-a-ra a.es a abrirem, transni tindo •
sambas e novelas e deseducando o          - Cartões postais simples - 3 5,00;
vo.
                                          - Cartões postais com resnostas pagas -
     C nege c^c e tão bom que esses -
concessionários nem ousam defender-          3 10,00;
se quando se lhes restrin ge a lib e r
daáe da transmissão de n o ticia s. -     - Correspondência s o c ia l - 3 5, 00;
rreferem que os outros, os desinte­       ~ F°rmopostais - 3 5,00 e 3 2,00 pelo

ressados, 4®fendam a liberdade, pa-           porte excedente;

ra eles proprlos flcar^n coo a l i ­      - Manuscritos - 3 10,00 pelo primeiro
berdade de divulgar anúncios.                 perte e 21 5*00 pelos excedentes;

                                          - O s t r a s - 3 20,00 e 3 5,00 peles

                                              excedentes;

                                          - Impressos em g e ra l - 3 5, 00;
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