Page 31 - Telebrasil - Junho/Julho 2002
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conhecimento faz a diferença entre pobreza e riqueza.   perCebida como urna = ^ ^ ie\ por natureza.
            A  estratégia da economia do conhecimento varia de país para   • O tempo *    dependendo da^tl'íp ! tuação afeta o
                                      .   ,  .  .                ora mais rapiao,   e   e urna area ae a
            país. Não se trata só de tecnologia da informação, mas da co-   . 0 ritmo dos atore   de outra   ta os
                                                                     nrtamento oos   , Drectsa levai em
            ordenação entre governo, iniciativa privada e sociedade civil.   c°QUPa°q. ,;r análise ir w n® *  eterno.   ^   __ xW inae. mao <*> 3003















                  Cláudio Moura Castro                        Cari Dahlman
                   Consultor (ex-BlD)                    Consultor (ex-Banco Mundial)
                 Recuperando,                                Um  Raio-X
              mas não o Bastante                            da Situação


     Nossa educação recupera um atraso de 490 anos. Mas ainda   De  1995 a 2000,  o Brasil  melhorou sua  infra-estrutura de
     há  o  que fazer.  Falta  autonomia  na  universidade  pública,   informação (densidade de telefones, computadores e acesso
     que  é  "vítima  da  Esplanada  dos  Ministérios".  A  pesquisa   a  Internet) e os incentivos á economia (barreiras tarifárias,
     está  fragmentada  e  não  há  massa  crítica.  Não  se  deve   regulação e propriedade intelectual). Contudo, estagnou na
     publicar o que pode ser patenteado ou vendido. Temos que   educação e na inovação (pesquisadores em P&D, percentual
     aprender a compartilhar a informação entre quem sabe usar   da indústria no PIB e cientistas por milhão de pessoas).
     a cabeça e quem sabe usar a mão.

     Nem todos podem fazer pesquisa e é possível ter pesquisa   O Brasil investe apenas 1 % do PIB em P&D (a média mundial
     sem  mestrado.  É  preciso separar  o  ensino da  pesquisa.  O   é 2,2%),  a  produtividade da economia tem  decrescido e o
     melhor  ensino,  contata-se,  é  onde  ele  não  sofre  a   déficit  fiscal  é alto  São  baixos  a  eficiência  do  Governo,  o
     concorrência da pesquisa.                 controle  da  corrupção,  o  acesso  a  educação  superior,  o
                                               percentual de técnicos na força de trabalho, o desempenho
                                               da  educação  em  matemática  e  ciência  e  o  percentual  do
                                               investimento em telecomunicações em relação ao PIB é baixo.

     Devemos optar pelo decoreba ou exercitar o cérebro? Deve   Apesar  do  espírito  empreendedor  do  brasileiro  (economia
     se  ensinar  pouco,  o  essencial  e  bem.  É  possível  importar   informal),  a grande fraqueza do Brasil está na inovação:  há
     uma  universidade,  porém  teremos  que  gerar  um  modelo   poucas patentes geradas (os royalties pagos são altos) e as
     híbrido adaptando o que nos vem de fora.  exportações high-tech são baixas (déficit no comércio externo).
                                               Também há o lado positivo, como o sucesso da Embraer, da
                                               tecnologia de águas profundas e do estudo do genoma.


     Nosso ensino tem como base um planejamento central. O que   A economia do conhecimento compreende quatro pilares:
     se quer agora é o professor e o pesquisador compartilhando   ambiente institucional, população instruída e treinada, infra-
     boas experiências.  No Projeto Genoma  isto foi fundamental.   estrutura de informação e sistema de inovação nacional.
     Precisamos ter uma pedagogia compartilhada.


     Dez passos necessários: Instituto da Propriedade Intelectual
     (reforçar),  menos  burocracia  (reduzindo-a),  exportação de
     qualidade (estimular), transferência de tecnologia (facilitar),
     universidade-indústria  (interagir  mais),  PMEs  (assisti-las
     porque  são  fontes  de  inovação),  cultura  tecnológica
     (promover),  conhecimento  técnico  (democratizar)  e
     agregados  (c/usters)  de  tecnologia  (promover)  (Jean-Eric
     Aubert - Banco Mundial).
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