Page 16 - Telebrasil - Junho/Julho 2002

Luiz Schym ura:
a universalização
sem pre será um
dos focos da Agência

que distribuem o ônus da univer­
salização a todas as operadoras. Já o
Chile trata a universalização das
telecomunicações como sendo um
problema de Governo.
- Nos EUA, a política é dar te­
lefonia básica a todos os domi­
cílios, a um custo mensal entre US$
20 e US$ 25. O programa life Une
para o pessoal de baixa renda tem
US$ 600 milhões previstos. O data
access para escolas e bibliotecas,
US$ 2,25 bilhões. O rural health
care, US$ 400 milhões - disse Jon
Garcia da McKinsey, acrescentan­
do que o essencial é equilibrar os
riscos entre as diversas operadoras.
A Argentina, com ou sem crise, para que se preconize a volta de uma bilhões de objetos/ano, têm mais de
instalou 1.400 telecentros em todo o política industrial, afirmando ser contra 42 mil carteiros e atingem 42 milhões
País para a população de menor renda o monopólio ou oligopólio privados. de domicílios - contabilizou Borges.
e pode servir de exemplo ao Brasil. - Um exemplo de universalização Através de parceria com os Correios,
Roberto Zubieta, ex-coordenador- dos serviços é dado pela ECT - a Brasil Telecom oferece mais 10 mil
geral do programa para a Sociedade analisou Roberval Corrêa Borges, pontos de atendimento.
de Informação, na Argentina, obser­ diretor comercial da empresa. Pela - Outro exemplo de universa­
vou que em 40% desses telecentros nova Lei Postal 1.491/ lização é dado pelo
ocorreram atividades de apoio à 99, os Correios se "Não é o Fust Governo Eletrônico -
sociedade, utilizando US$ 100 mi­ obrigam a ter em todos que resolve disse Sérgio Barcellos,
lhões de multas que as operadoras os 5.561 municípios do a má do Ministério do Plane­
deviam ao Estado. País (a meta foi distribuição jamento. O programa
cum prida em 29 de de renda visa facilitar o acesso
Críticas janeiro de 2001) distri­ no País" público do cidadão às
O deputado federal Jorge Bittar buição domiciliar ou Jorge Bittar diversas informações
(PT-RJ) criticou a má distribuição caixa postal comunitá­ Deputado federal (PT-RJ) que o Executivo pos­
“territorial e social” dos telefones ria ou ainda posta sui. Um primeiro passo
no País, apesar dos R$ 60 bilhões restante. A ECT implanta quiosques está sendo unificar a rede e compar­
investidos na privatização. A den­ para Internet e serviços bancários em tilhar recursos entre os diversos
sidade de 68 telefones/100 habi­ agências. órgãos do Governo.
tantes da cidade do Rio de Janeiro Todo cidadão pode ser “acessa­ Em termos numéricos, prevê-se 3,8
cai para nove, no m unicípio de do” pelos Correios. A carta social mil terminais para acesso à Internet em
Caxias (RJ). “A alta inadimplência custa apenas R$ 0,01 e a comercial, 2,7 mil localidades (em fase de edital),
nos serviços de telecomunicações R$ 0,55. A ECT cobre 50 mil pontos a informatização de 13 mil escolas
revela o problema social do País e de atendimento, 12 mil agências, 26 (paralisada pelo imbróglio do Fust) e
não será o Fust que vai resolver a mil pontos de coleta e 6 mil pontos a aquisição de 290 mil computadores
má distribuição de renda do Brasil”. de vendas de selos. São mais de 4 no projeto telecomunidade.
Bittar é a favor de um ministério mil agências comunitárias e outras
Quem perde com o atraso do Fust são os que poderiam
para infra-estrutura; de uma política tantas caixas postais. receber benefícios de seus program as nas áreas de
tarifária viável para as classes D e E; e - Os Correios movimentam 10 educação, saúde, telecom unicações, segurança,
fronteiras, dos deficientes e das bibliotecas públicas